Mundial Interclubes
1951
Campeonato Paulista – 2024
Depois de perder o jogo de ida da final por 1 a 0, na Vila Belmiro, o Palmeiras venceu o Santos no duelo de volta por 2 a 0, no Allianz Parque, e conquistou seu quarto título de Campeonato Paulista em cinco anos, o terceiro consecutivo, igualando o feito de 1932/33/34. Curiosamente, em 2022 e 2023, quando foi campeão diante do São Paulo e do Água Santa, respectivamente, o Verdão também foi superado na primeira partida e precisou reverter os resultados negativos em casa na volta. Os gols da vitória palestrina contra o Santos foram marcados por Raphael Veiga, convertendo pênalti sofrido por Endrick no primeiro tempo, e Aníbal Moreno, após bela jogada de Piquerez pela esquerda e assistência precisa de Flaco López.
Disputando sua quinta final seguida de Paulista (série recorde na história do clube e segunda maior no geral, atrás apenas das oito finais seguidas do Santos entre 2009 a 2016), o Palmeiras protagonizou sua 17ª decisão estadual, incluindo jogos-desempate de edições em pontos corridos, e chegou a dez títulos e sete vices. Contra o Santos, foi a terceira final, com dois títulos e um vice.
Até o primeiro jogo da decisão, o Verdão estava invicto no torneio. Na primeira fase, foi sorteado no Grupo B, junto com Ponte Preta, Água Santa e Guarani, e somou oito vitórias, quatro empates, 20 gols marcados e nove sofridos nas partidas contra os 12 times que formaram os outros três grupos. Nas quartas de final, o time de Abel Ferreira goleou a Ponte Preta por 5 a 1, placar mais elástico da campanha, com três gols de Flaco López, um de Murilo e um de Piquerez.
Na semifinal, o adversário foi o Novorizontino, que batera o São Paulo em pleno Morumbi. O duelo marcou o retorno ao Allianz Parque após dois meses – o estádio tinha sido interditado para reforma do gramado no começo de fevereiro e não era usado desde a 3ª rodada. Em um jogo equilibrado, Endrick resolveu para o Maior Campeão do Brasil no segundo tempo, após cruzamento de Mayke e passe de Flaco López, garantindo a vaga na final.
López foi o artilheiro do Palmeiras e da competição, com dez gols marcados em 15 jogos. Além do camisa 42, outros dois jogadores do elenco alviverde entraram na seleção do campeonato: o zagueiro Murilo e o atacante Endrick, que ainda foi eleito o craque do Paulistão.
Abel Ferreira ganhou o prêmio de melhor treinador do estadual pela primeira vez. O português se tornou o único técnico da história do Palmeiras a conquistar títulos em cinco temporadas seguidas, alcançando Oswaldo Brandão no topo da lista de treinadores mais vezes campeão pelo clube, ambos com 10 taças. Abel também entrou para o seleto grupo dos técnicos tricampeões paulistas, ao lado de Guido Giacominelli (pelo Corinthians em 1922/23/24), Humberto Cabelli (pelo Palestra Italia em 1932/33/34), Lula (pelo Santos em 1960/61/62), Antoninho Fernandes (pelo Santos em 1967/68/69) e Fabio Carille (pelo Corinthians em 2017/18/19).
Campanha
16 jogos (11 vitórias, 4 empates e 1 derrota)
28 gols marcados
11 gols sofridos
Jogo decisivo
Palmeiras 2×0 Santos
Campeonato Paulista 2024 (Final – volta)
Data: 07 de abril de 2024 (domingo)
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Horário: 18h00
Público: 41.446
Renda: R$ 5.244.701,37
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Cartões amarelos: Abel Ferreira, Endrick, Zé Rafael e Mayke (Palmeiras); Aderlan, Gil e Morelos (Santos)
Gols: Raphael Veiga (33′ do 1ºT-PAL) e Aníbal Moreno (22′ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Mayke, Gustavo Gómez (Luan), Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Ríos) e Raphael Veiga; Lázaro (Luis Guilherme), Endrick (Marcos Rocha) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
Santos: João Paulo; Aderlan (JP Chermont), Gil, Joaquim e Felipe Jonatan (Hayner); João Schmidt, Diego Pituca (Patati) e Giuliano; Otero (Pedrinho), Guilherme e Morelos (Furch). Técnico: Fábio Carille.
Campeonato Brasileiro – 2023
Assim como aconteceu em 2022, o Palmeiras conquistou em 2023 o principal título do futebol nacional, desta vez o 12ª de sua história, ampliando a hegemonia que o faz ser o Maior Campeão do Brasil. A confirmação de mais uma façanha alviverde veio com o empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, no Mineirão, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A trajetória do campeão ficará marcada como uma das reviravoltas mais incríveis de todos os tempos no país. Líder por 31 rodadas, o Botafogo encerrou o primeiro turno com 13 pontos de vantagem sobre o Palmeiras, então terceiro colocado. E o time carioca ainda chegou a abrir 14 pontos da equipe paulista, na 15ª e na 27ª rodada (o Verdão estava, respectivamente, em sexto e em quinto lugar). Àquela altura, faltando 11 rodadas para o fim, o Palmeiras perdeu o meio-campista titular Gabriel Menino por grave lesão no tornozelo direito, e desde a 21ª rodada não contava mais com o atacante Dudu, ídolo e referência do time, que rompera os ligamentos do joelho direito.
A Virada Histórica começou a ganhar força na 29ª rodada, quando o Palmeiras atropelou o São Paulo por 5 a 0 (repetindo a maior goleada já aplicada sobre o rival, registrada pela Primeira Academia de 1965) e diminuiu a diferença para nove pontos em relação ao Botafogo, que tinha uma partida a menos. Na 30ª, ainda com um jogo a mais que os cariocas, a desvantagem caiu para seis pontos.
O jogo-chave para o título aconteceu na 31ª rodada. Era o confronto com o próprio Botafogo, no Estádio Nilton Santos lotado. Empolgados, os donos da casa partiram para cima desde os primeiros minutos e foram para o intervalo com 3 a 0 no placar. Foi quando começou a brilhar a estrela de Endrick. A Cria da Academia, com apenas 17 anos, fez o que se acostumou a fazer nos campeonatos de base, quando jogava sempre nas categorias acima da sua idade: chamou o jogo para si, pediu a bola e comandou a remontada alviverde.
Mas ainda havia drama pela frente. Após Endrick marcar o primeiro gol do Verdão, o Botafogo teve um pênalti a seu favor, aos 37 minutos do segundo tempo. Os cariocas, portanto, poderiam fazer 4 a 1 e colocar nove pontos de vantagem na tabela de classificação. E com um jogo a menos! Tiquinho Soares, então artilheiro do campeonato, bateu firme no canto direito, mas Weverton se esticou para fazer uma linda defesa e recolocar o Verdão no jogo. Na sequência, aos 38, Endrick marcou mais um e diminuiu para 3 a 2. Aos 40, o técnico Abel Ferreira abriu mão do esquema com três zagueiros e colocou o atacante Flaco López no lugar de Luan. E foi López, aos 43, quem aproveitou passe de Gustavo Gómez, após cruzamento de Endrick, para deixar tudo igual no placar.
A noite mágica teve seu capítulo final no crepúsculo da partida. Quando o árbitro sinalizou nove minutos de acréscimo, o Palmeiras já não dava mais respiro para o rival. O empate, dada as circunstâncias, poderia parecer bom. Mas o espírito resiliente dos comandados de Abel Ferreira, que se acostumaram a ter cabeça fria e coração quente para brigar até a última bola, levou a equipe a conquistar a maior virada da história do clube. Gol de Murilo, aos 53 minutos, completando uma cobrança de falta de Raphael Veiga.
Mais uma vez, a Terceira Academia alcançava um feito obtido apenas pela Primeira, que no Campeonato Paulista de 1965 bateu a Ferroviária por 4 a 3 depois de ir para o intervalo com três gols de desvantagem. Naquela ocasião, o Verdão também marcou três vezes após os 37 minutos do segundo tempo. O jogo, porém, foi no Parque Antarctica, e não na casa do adversário, por um campeonato estadual, e não nacional. E não contra o líder do campeonato! Líder esse que, agora, tinha apenas três pontos de vantagem na tabela, embora ainda com um jogo a menos.
Na 32ª rodada, o Palmeiras chegou aos mesmos 59 pontos do Botafogo, números que se mantiveram na 33ª. O time carioca, então, disputou o seu jogo atrasado, empatando e indo a 60 pontos. E na 34ª, definitivamente, o Verdão assumiu a ponta com a goleada por 3 a 0 sobre o Internacional e o empate do Botafogo com o RB Bragantino, que também brigava pela liderança. A primeira colocação quase foi parar na mão do Flamengo na 35ª rodada, mas o Palmeiras, mais uma vez, mostrou que não desiste nunca do resultado e buscou um empate contra o Fortaleza mesmo depois de ficar em desvantagem no placar duas vezes, ambas com um jogador a menos.
A goleada por 4 a 0 sobre o América-MG na 36ª e os tropeços de Flamengo (derrota para o Atlético-MG) e Botafogo (empate com o Coritiba) deixaram o Maior Campeão do Brasil com três pontos de vantagem sobre os concorrentes (no caso, Botafogo, Flamengo e agora Atlético-MG, além do Grêmio, com quatro a menos). Diante do Fluminense, na 37ª, nova vitória, mantendo a distância para o Galo e o Rubro-Negro, agora únicos postulantes ao título, e com vantagem no saldo de gols (respectivamente, 8 e 16). Ou seja, na rodada final, só uma tragédia, com derrota alviverde por goleada e vitória de um dos concorrentes também por goleada, tiraria o troféu do Palestra.
Não foi o que aconteceu. Diante do Cruzeiro, a conquista foi sacramentada com um gol de Endrick, num jogo em que o Verdão foi superior, mas terminou empatado por 1 a 1. O Mineirão, assim, tornou-se o sexto palco diferente de um título brasileiro do Palmeiras, juntando-se a Allianz Parque, Morumbi, Pacaembu e Maracanã.
Neste Brasileiro de 2023, o Palmeiras obteve o segundo maior número de vitórias (20, atrás apenas do Grêmio, com 21), o menor número de derrotas (oito), o melhor saldo de gols (31), o melhor ataque (64), a maior pontuação como mandante (44, ao lado do Grêmio) e a melhor defesa como mandante. Com isso, isolou-se como clube que mais vezes terminou o campeonato com mais gols marcados: oito edições (1967, 1993, 1994, 2016, 2017, 2018, 2022 e 2023), superando Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo e Santos, com sete.
Campanha
38 jogos (20 vitórias, 10 empates e 8 derrotas)
64 gols marcados
33 gols sofridos
Jogo decisivo
Cruzeiro 1×1 Palmeiras
Campeonato Brasileiro 2023 (38ª rodada)
Data: 6 de dezembro de 2023 (quarta-feira)
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Horário: 21h30
Público: 44.190
Renda: R$ 1.675.735,00
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Cartões amarelos: Richard Ríos (PAL) e Lucas Silva (CRU)
Gols: Endrick (20′ do 1ºT-PAL) e Nikão (34′ do 2ºT-CRU)
Cruzeiro: Rafael Cabral; William, João Marcelo, Luciano Castán e Marlon (Kaiki Bruno); Ian Luccas (Fernando Henrique), Lucas Silva (Nikão), Japa e Matheus Pereira; Arthur Gomes (Robert) e Bruno Rodrigues. Técnico: Paulo Autuori.
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez e Murilo; Mayke (Estêvão), Zé Rafael (Fabinho), Richard Ríos (Atuesta), Raphael Veiga e Vanderlan; Breno Lopes (Artur) e Endrick (Flaco López). Técnico: Abel Ferreira.
Troféu Clássico da Saudade – 2024
Durante a fase de grupos do Campeonato Paulista de 2024, a Federação Paulista de Futebol e a Sicredi, principal patrocinadora da competição, promoveram a entrega de troféus aos vencedores de cada clássico envolvendo os quatro clubes grandes do estado. O Palmeiras conquistou o Troféu Clássico da Saudade ao bater o Santos por 2 a 1, no Allianz Parque, pela terceira rodada, gols de Raphael Veiga e Flaco López.
Curiosamente, aquela foi a partida de número 350 entre os rivais, e o Verdão abriu uma vantagem de 44 vitórias no confronto (151 a 107, além de 92 empates). Também completou 50 vitórias em 70 jogos de Campeonato Paulista disputados no Allianz Parque.
Com o gol, Veiga chegou a 15 bolas na rede em clássicos e ampliou a liderança como maior artilheiro do Palmeiras contra Santos, São Paulo e Corinthians no século XXI. Já o goleiro Weverton atingiu 100 vitórias atuando no Allianz Parque e entrou para o Top 10 dos maiores vencedores da história da casa palmeirense considerando desde os tempos de Parque Antarctica.
O Clássico da Saudade recebe este nome em referência aos duelos recheados de craques que Palmeiras e Santos protagonizaram, sobretudo, entre o final da década de 1950 e o fim da década de 1970. Era a época do Santos de Pelé e do Palmeiras da Academia de Futebol, os dois maiores representantes do futebol-arte no país.
Palmeiras 2×1 Santos
Data: 28/01/2024
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Raphael Claus
Gols: Raphael Veiga e López
Palmeiras: Weverton; Mayke (Marcos Rocha, 20’/2ºT), Luan, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Aníbal Moreno, 30’/2ºT), Richard Ríos (Fabinho, 39’/2ºT) e Raphael Veiga (Gabriel Menino, 39’/2ºT); Rony e López (Jhon Jhon, 20’/2ºT). Técnico: Abel Ferreira.
Santos: João Paulo; Aderlan, Gil, Joaquim e Kevyson (Felipe Jonatan, 43’/2ºT); João Schmidt, Diego Pituca, Juan Cazares, Tomás Rincón (Giuliano, ‘/2ºT – Rómulo Otero, 12’/2ºT) e Pedrinho (Guilherme, 1’/2ºT); Willian (Júlio Furch, 34’/2ºT). Técnico: Marcelo Fernandes.
Taça Nerone – 1938
Em excursão por Curitiba (PR) na pré-temporada de 1938, o Palestra Italia, então vice-campeão paulista, já empatara com o Coritiba por 3 a 3 e vencera o Ferroviário-PR por 5 a 2, ambos no Estádio Belfort Duarte, quando fechou a “semana palestrina” na capital paranaense diante do Athletico-PR, em sua estreia no Estádio Joaquim Américo, atual Arena da Baixada.
Foi o primeiro jogo da história diante do Furacão, embora, dois anos antes, o Palestra tenha vencido um combinado Coritiba/Athletico-PR por 4 a 2, no Belfort Duarte, na primeira vez que os rivais paranaenses se juntaram para formar uma equipe.
Com gols de Barcelona, duas vezes, e Mathias, o Palestra venceu os donos da casa por 3 a 1 e faturou a Taça Nerone, oferecimento de uma famosa marca de vinho da época, produzido pela adega local Chinasso. A família Chinasso era ligada ao Palestra Italia-PR, clube extinto em 1971 para formar o Colorado, em fusão com o Ferroviário-PR e o Britânia-PR.
Athletico-PR 1×3 Palestra Italia
Data: 23/01/1938
Local: Estádio Joaquim Américo (atual Arena da Baixada), em Curitiba (PR)
Árbitro: Ataíde Santos
Gols: Barcelona, duas vezes, e Mathias
Palestra Italia: Jurandyr; Carnera e Begliomini (Junqueira); Ruiz, Goliardo (Dudu) e Del Nero; Barcelona, Luizinho, Octávio (Tino), Andó (Aldo) e Mathias. Técnico: Joaquim Loureiro.
Athletico-PR: Caju; Zaneti e Ozorio; Miro, Bibe (Bortolato) e Gonzaga; Genezio, Tute, Bento, Cecato e Cecatinho.
Taça Chapeo Mangueira – 1938
Vice-campeão paulista em 1937, o Palestra Italia iniciou a temporada de 1938 com uma excursão por Curitiba (PR), disputando três partidas entre os dias 16 e 23 de janeiro, todas valendo taças.
A “semana palestrina”, como foi chamada pelos jornais paranaenses da época, começou com o duelo com o Coritiba, no Estádio Belfort Duarte, atual Couto Pereira. Foi o primeiro jogo da história entre os clubes (embora, dois anos antes, o Palestra tenha vencido um combinado Coritiba/Athletico-PR por 4 a 2, também no Belfort Duarte, na primeira vez que os rivais paranaenses se juntaram para formar uma equipe). O embate não teve vencedor: empate por 3 a 3 (gols de Barcelona, Octávio e Mathias) e a Taça Fulgor ficou sem dono.
Três dias depois, em 19 de janeiro, o adversário foi o Ferroviário-PR, clube fundado em 1930 e que em 1971 se juntou ao Britânia e ao Palestra Italia-PR para formar o Colorado (depois, em 1989, Colorado e Pinheiros se fundiram para criar o atual Paraná Clube).
Com o triunfo por 5 a 2 (gols de Luizinho, três vezes, Octávio e Barcelona), no Estádio Belfort Duarte, o Verdão levou pra casa a Taça Chapeo Mangueira, patrocinado pela fábrica de chapéus localizada no bairro que mais tarde viria a se chamar Mangueira, no Rio de Janeiro. O troféu foi oferecido por Américo Mattei, cidadão paulista que representava a empresa em Curitiba.
Ferroviário-PR 2×5 Palestra Italia
Data: 19/01/1938
Local: Estádio Belfort Duarte (atual Couto Pereira), em Curitiba (PR)
Gols: Luizinho, três vezes, Octávio e Barcelona
Palestra Italia: Jurandyr; Carnera e Junqueira; Ruiz, Goliardo (Dudu) e Del Nero; Barcelona, Luizinho, Octávio, Andó (Aldo) e Mathias. Técnico: Joaquim Loureiro.
Taça Dalian (China) – 1996
A primeira excursão do Palmeiras à China foi realizada em junho/julho de 1996, antes do início do Campeonato Brasileiro. Embalado pelo título paulista (conquistado com média de 3,4 gols por partida) e o vice da Copa do Brasil, o Verdão faturou as três taças que disputou nos três amistosos marcados em território asiático.
Depois de passar por Jinan e Chengdu, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo foi à cidade de Dalian, localizada na Península de Liaodong, extremo sul da província de Liaoning e a 840 quilômetros a leste de Pequim, encarar o Dalian Wanda, time que hoje está extinto.
O troféu foi conquistado com triunfo por 3 a 0 (gols de Reinaldo, Marquinhos e Djalminha).
Dalian Wanda-CHN 0x3 Palmeiras
Data: 03/07/1996
Local: Dalian People’s Stadium, em Dalian (China)
Gol: Reinaldo, Marquinhos e Djalminha
Palmeiras: Velloso; Gustavo, Sandro, Cléber e Junior; Cláudio, Galeano, Marquinhos e Cafu; Djalminha e Reinaldo (Roque Júnior). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Taça Chengdu (China) – 1996
O Palmeiras visitou a China pela primeira vez em sua história no intervalo do calendário de 1996, entre o fim do Campeonato Paulista (que o Verdão conquistou com a incrível média de 3,4 gols por partida) e da Copa do Brasil (da qual foi vice-campeão) e o início do Campeonato Brasileiro.
Foi uma série de três amistosos valendo troféus. Depois de conquistar a Taça Jinan contra o Jinan Taishan General-CNH, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo se descolou até Chengdu, na província de Sichuan, a 1.800 quilômetros a sudoeste de Pequim, para encarar o Sichuan Quanxing, time que hoje está extinto.
A vitória por 3 a 0 (com dois gols de Cláudio e um de Chris) garantiu o segundo caneco da excursão.
Sichuan Quanxing-CHN 0x3 Palmeiras
Data: 30/06/1996
Local: Chengdu Sports Centre, em Chengdu (China)
Gol: Cláudio, duas vezes, e Chris
Palmeiras: Velloso; Gustavo, Sandro, Cléber (Roque Júnior) e Junior; Cláudio, Galeano, Marquinhos e Cafu; Chris e Reinaldo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Taça Jinan (China) – 1996
Campeão paulista de 1996 com o famoso “ataque dos 100 gols” (na verdade, foram 102 em 30 jogos, uma incrível média de 3,4 gols por partida) e vice da Copa do Brasil, o Palmeiras aproveitou a pausa no calendário antes do início do Brasileirão para excursionar pela primeira vez pela China.
Foram três amistosos em território asiático, cada um valendo uma taça. O primeiro deles foi contra o Jinan Taishan General-CHN, na cidade de Jinan, província de Shandong, a 420 quilômetro ao sul de Pequim. Após empate por 1 a 1 no tempo normal (gol de Marquinhos), o Verdão ficou com a taça que leva o nome da cidade ao vencer a disputa de pênaltis por 9 a 8.
O Jinan Taishan General-CNH passou a se chamar Shandong Luneng-CNH em 1998. Foi com esse nome que o clube visitou o Brasil em janeiro de 2015 e se tornou a primeira vítima do Palmeiras no então recém-inaugurado Allianz Parque: vitória alviverde por 3 a 1 (gols de Leandro Pereira, Lucas e Cristaldo). Antes do amistoso, o atacante Dudu fora apresentado à torcida como principal reforço da equipe para a temporada. No comando técnico dos chineses estava Cuca, que viria a ser campeão brasileiro com o Verdão no ano seguinte.
Em 2021, a equipe mudou novamente o nome, desta vez para Shandong Taishan-CNH.
Jinan Taishan General-CHN 1 (8)x(9) 1 Palmeiras
Data: 27/06/1996
Local: Shandong Provincial Stadium, em Jinan (China)
Gol: Marquinhos
Palmeiras: Velloso; Cafu (Gustavo), Sandro, Cléber e Junior; Cláudio (Emanuel), Galeano, Marquinhos e Djalminha; Chris e Reinaldo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Taça Cidade de São Paulo – 1951
Competição instituída pela Federação Paulista de Futebol (FPF) em 1942 para reunir os três primeiros colocados do Campeonato Paulista do ano anterior, a Taça Cidade de São Paulo foi disputada até 1952 em sistema de pontos corridos com as partidas realizadas no Estádio do Pacaembu.
Campeão paulista de 1950, o Palmeiras conquistou em 1951 a Taça Cidade de São Paulo pela quarta vez na história (já havia faturado as edições de 1945, 1946 e 1950). O primeiro jogo, no dia 20 de maio, foi contra o Santos, terceiro colocado no estadual anterior, e terminou com uma impiedosa goleada alviverde: 6 a 2, gols de Nenê (contra), Liminha, Rodrigues Tatu, Lima, Aquiles e Jair Rosa Pinto.
Com a vitória do São Paulo, vice-campeão paulista, sobre o Santos por 2 a 1 no dia 24, o Choque-Rei do dia 27 foi um confronto direto pelo título. O Tricolor saiu na frente com gol de Alcino logo aos sete minutos, mas Aquiles empatou para o Verdão ainda no primeiro tempo. No segundo, Liminha e Aquiles, novamente, ampliaram, e o gol de Augusto no final apenas minimizou a derrota são-paulina.
A Taça Cidade de São Paulo de 1951 foi a quarta das Cinco Coroas conquistadas pelo Palmeiras entre agosto de 1950 e julho de 1951 – antes, havia sido campeão da Taça Cidade de São Paulo de 1950, do Campeonato Paulista de 1950 e do Torneio Rio-São Paulo de 1951; depois, do Torneio Internacional de Clubes Campeões – Copa Rio de 1951.
Jogo decisivo:
Palmeiras 3×2 São Paulo
Data: 27/05/1951
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Caetano Bovino
Gols: Aquiles, duas vezes, e Liminha
Palmeiras: Oberdan; Salvador e Juvenal; Waldemar Fiume, Luís Villa e Dema; Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues Tatu. Técnico: Ventura Cambon.
São Paulo: Mário; Rui e Mauro; Bauer, Alfredo e Noronha; Alcino, Augusto, Durval, Bibe e Teixeirinha. Técnico: Leônidas da Silva.
Taça Cidade de São Paulo – 1950
Instituída pela Federação Paulista de Futebol (FPF) em 1942, logo após a fundação da entidade, a Taça Cidade de São Paulo reunia os três melhores clubes do Campeonato Paulista do ano anterior em uma disputa de pontos corridos tendo o Pacaembu como palco. Terceiro colocado em 1942, 1943 e 1944, o Palmeiras se sagrou bicampeão em 1945 e 1946, ficou fora da disputa em 1947 (foi o quinto do Paulista de 1946), foi vice em 1948 e novamente ficou de fora em 1949 (foi o sexto no Paulista de 1948).
Em 1950, o Verdão voltou à disputa como vice-campeão paulista e levantou o caneco mais uma vez. Na primeira partida, dia 30 de julho, o adversário foi a Portuguesa (terceira colocada no Paulista de 1949), com vitória alviverde por 3 a 2 (gols de Jair Rosa Pinto, duas vezes, e Aquiles). No dia 2 de agosto, Portuguesa e São Paulo, então campeão paulista, empataram em 2 a 2.
A decisão ficou para o dia 6 de agosto, com o São Paulo precisando ganhar. Mas o empate por 2 a 2 (gols de Turcão e Jair Rosa Pinto) garantiu mais um troféu para a galeria palestrina.
A Taça Cidade de São Paulo daquele ano foi a primeira das Cinco Coroas conquistadas pelo Palmeiras entre agosto de 1950 e julho de 1951 – as demais foram o Campeonato Paulista de 1950, o Torneio Rio-São Paulo de 1951, a Taça Cidade de São Paulo de 1951 e o Torneio Internacional de Clubes Campeões – Copa Rio de 1951.
Jogo decisivo:
São Paulo 2×2 Palmeiras
Data: 06/08/1950
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Mário Vianna
Gols: Turcão e Jair Rosa Pinto
Palmeiras: Oberdan; Turcão e Sarno; Salvador, Manoelito e Gengo; Nestor, Dino, Aquiles, Jair Rosa Pinto e Brandãozinho. Técnico: Jim López.
São Paulo: Poy; Savério e Mauro; Rui, Bauer e Jacó; Dido, Augusto, Bóvio, Remo e Leopoldo. Técnico: Vicente Feola.
Taça Cidade de São Paulo – 1946
Campeão em 1945 da Taça Cidade de São Paulo, competição em pontos corridos instituída pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para reunir os três primeiros colocados do Campeonato Paulista do ano anterior, o Palmeiras repetiu o feito na temporada seguinte, em 1946. Todos os jogos foram realizados no Estádio do Pacaembu.
O Verdão entrou no torneio como terceiro colocado do Paulista de 1945 e estreou contra o Corinthians, então vice-campeão estadual, vencendo por 4 a 1 (três gols de Lima e um de González), no dia 10 de março. Na rodada seguinte, dia 13, o São Paulo, campeão paulista de 1945, bateu o Corinthians por 3 a 2, alcançando o Palmeiras na tabela.
A última rodada, no dia 17, colocou em igualdade de condição os postulantes ao título. E o Verdão levou a melhor sobre o Tricolor por 2 a 1 (gols de Mantovani e Lima), sacramentando a primeira conquista de Oswaldo Brandão como técnico alviverde – na sequência, ele faturou o Torneio Início de 1946 e se consagrou com os títulos dos Paulistas de 1947, 1959, 1972 e 1974, dos Brasileiros de 1960, 1972 e 1973 e do Torneio Laudo Natel de 1972.
Uma curiosidade é que o jogo contra o Corinthians foi o último da carreira do argentino Alfredo González. Quatro anos depois, ele estreou como técnico no Internacional-RS e, em 1968, comandou o Palmeiras na campanha do vice-campeonato da Libertadores em 1968.
Jogo decisivo:
São Paulo 1×2 Palmeiras
Data: 17/03/1946
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: João Etzel Filho
Gols: Mantovani e Lima
Palmeiras: Gabriel Rodrigues; Caieira e Oswaldo Jericó; Zezé Procópio, Túlio e Gengo; Lima, González, Villadoniga, Canhotinho e Mantovani. Técnico: Oswaldo Brandão.
São Paulo: Gijo; Savério e Renganeschi; Rui, Bauer e Noronha; Barrios, Sastre, Teixeirinha, Remo e Leopoldo. Técnico: Jorge Gomes de Lima (Joreca).
Taça Cidade de São Paulo – 1945
A Taça Cidade de São Paulo foi uma competição instituída pela Federação Paulista de Futebol (FPF) entre 1942 e 1952 e que reunia os três primeiros colocados do Campeonato Paulista do ano anterior – fundada em 1941, a FPF substituiu a Liga de Futebol do Estado de São Paulo (LFESP), criada por Palestra Italia e Corinthians em 1934 com o nome de Liga Bandeirante de Futebol (LBF) e organizadora dos campeonatos estaduais até 1941.
A fórmula de disputa era por pontos corridos, com as partidas realizadas no Estádio do Pacaembu. Em 1942, 1943 e 1944, o Palmeiras ficou em terceiro lugar. Em 1945, porém, a história foi diferente. Campeão paulista de 1944, o Verdão conquistou sua primeira Taça Cidade de São Paulo ao vencer o São Paulo (segundo colocado no Paulista do ano anterior) por 1 a 0 (gol do argentino González), em 11 de março, e empatar com o Corinthians (terceiro colocado) por 1 a 1 (outro gol de González), em 18 de março.
Como Corinthians e São Paulo haviam empatado por 4 a 4 na partida do dia 14 de março, o Palmeiras somou três pontos (a vitória valia dois pontos à época) contra dois do Corinthians e um do São Paulo.
Palmeiras 1×1 Corinthians
Data: 18/03/1945
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: João Etzel Filho
Gols: González
Palmeiras: Oberdan; Caieira e Junqueira; Og Moreira, Dacunto e Del Nero; Lima, González, Caxambú, Villadoniga e Mantovani. Técnico: Ventura Cambon.
Corinthians: Rato; Ariovaldo e Begliomini; Hélio, Brandão e Palmer; Cláudio, Milani, César, Ruy e Hércules. Técnico: Galdino Machado.
Troféu José Maria Marin – 1984
O Palmeiras conquistou o Troféu José Maria Marin de 1984 em uma disputa contra a Seleção da Copa Ray-O-Vac, competição promovida pela fábrica de pilhas de mesmo nome que reuniu 13 clubes do interior de São Paulo entre o fim do Campeonato Brasileiro e o início do Campeonato Paulista daquele ano. Marin foi presidente da Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988.
Como o campeão da Copa Ray-O-Vac foi o XV de Piracicaba, o duelo entre o convidado Palmeiras e a Seleção do Interior foi realizado no estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba. O Verdão venceu por 2 a 1 (gols de Eugênio e Carlos Alberto Borges).
Uma curiosidade é que Evair, atacante que viria a fazer história no Maior Campeão do Brasil, foi revelado pelo Guarani na Copa Ray-O-Vac – estreou como atleta profissional contra a Inter de Limeira, no dia 5 de maio de 1984, quando também seu primeiro gol pelo time campineiro.
Seleção do Interior-SP 1×2 Palmeiras
Data: 16/06/1984
Local: Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba (SP)
Árbitro: João Leopoldo Ayeta
Gols: Eugênio e Carlos Alberto Borges
Palmeiras: Leão; Diogo, Márcio Alcântara, Vagner Bacharel e Ditinho; Rocha, Osias e Jorginho (Fausto); Carlos Alberto Borges, Baltazar (Reinaldo Xavier) e Eugênio (Hélio). Técnico: Mario Travaglini.
Seleção do Interior: Pizelli (Marcão); Nélson, Estevam, Tobias (Aílton Luís) e Claudinho (Cláudio Mineiro); Vadinho, Amado (Lima) e César; Tim, Brandão e Paulo Roberto (Valdir Lins). Técnico: Galdino Machado.
Torneio Laudo Natel – 1972
O Torneio Laudo Natel foi disputado nos anos de 1972, 1973 e 1975 com o objetivo de reunir clubes de destaque do futebol paulista na abertura da temporada, semelhante ao Torneio Início, disputado anualmente até 1958 e que teve uma última edição em 1969. O nome da competição era uma referência ao então governador de São Paulo, que ocupou o cargo no período de 15 de março de 1971 a 15 de março de 1975 indicado pela Ditadura Militar – ele já tinha comandado o estado em 1966 e 1967 após a cassação de Adhemar de Barros, do qual era vice.
Dirigente do São Paulo Futebol Clube, agremiação que presidiu entre 1958 e 1971 (exceto no biênio em que precisou se licenciar para assumir o governado do estado pela primeira vez), Natel ficou famoso por assistir aos jogos do time sentado no banco de reservas quando era governador. Morreu em 2020, perto de completar 100 anos de idade.
Em caráter eliminatório, a primeira fase teve 12 clubes se enfrentando em partidas de ida e volta. Na fase seguinte, os seis classificados (Juventus, Marília, Ferroviária, Comercial, Guarani e São Bento) duelaram, em jogo único, com outros seis clubes que entraram na competição depois (Corinthians, Palmeiras, Ponte Preta, Portuguesa, Santos e São Paulo).
O Palmeiras encarou a Ferroviária, que eliminara o América de Rio Preto nos pênaltis após dois empates. Atuando no Estádio Palestra Itália, o Verdão venceu por 1 a 0 (gol de Leivinha) e seguiu no torneio ao lado de Marília, Guarani, São Paulo, Portuguesa e Comercial.
O adversário seguinte, também em jogo único, no Pacaembu, foi o São Paulo, algoz do São Bento de Sorocaba. Depois do empate por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, os comandados de Oswaldo Brandão avançaram nos pênaltis: 7 a 6. A curiosidade é que o goleiro Emerson Leão desperdiçou uma cobrança.
Classificado direto para a decisão, o Palmeiras esperou o vencedor do confronto entre Portuguesa e Marília – o time do Canindé venceu por 3 a 0. Na final, novamente no Pacaembu, o Verdão garantiu o título com triunfo por 3 a 1 (gols de Leivinha, Ademir da Guia e Fedato).
A edição inaugural do Torneio Laudo Natel foi realizada em fevereiro de 1972, na sequência do Copa do Atlântico, em Mar Del Plata (ARG), vencida pelo Palmeiras, e precedeu o Campeonato Paulista daquele ano, também vencido pelo Verdão.
Nas edições de 1973 e 1975, o Palmeiras foi o vice-campeão: na primeira, perdeu a decisão para o Corinthians; na segunda, disputada em fase de grupos e quadrangular final, ficou atrás apenas do Santos.
Jogo decisivo:
Palmeiras 3×1 Portuguesa
Data: 29/02/1972
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Emídio Marques Mesquita
Gols: Leivinha, Ademir da Guia e Fedato
Palmeiras: Leão; Eurico, Luis Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha, Fedato e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
Portuguesa: Aguillera; Cardoso, Marinho Perez, Isidoro e Fogueira; Dirceu e Lorico; Xaxá, Cabinho (Benê), Basílio e Wilsinho (Tatá). Técnico: Rubens Minelli.
Torneio Brasil-Itália – 1994
O Torneio Internacional Brasil-Itália ocorreu em maio de 1994, entre o fim do Campeonato Paulista (vencido pelo Palmeiras) e o início do Campeonato Brasileiro (também vencido pelo Palmeiras). Foi patrocinado pela Bombril e idealizado pela Parmalat, multinacional que atuava como cogestora do Verdão e do Parma-ITA. Além dos dois clubes, foram convidados também o Santos e a Lazio-ITA, que viria a ser vice-campeã italiana em 1994-95, à frente justamente do Parma-ITA, campeão da Copa da Uefa (atual Liga Europa) naquela mesma temporada que se iniciaria.
Todos os jogos foram no Estádio Palestra Itália, com os clubes do mesmo país se enfrentando nas semifinais. O Palmeiras bateu o Santos por 1 a 0 (gol de Maurílio), enquanto a Lazio-ITA superou o Parma-ITA por 2 a 1 (a curiosidade é que o gol do Parma-ITA foi marcado pelo atacante Sorato, emprestado pelo Verdão para a disputa do torneio, já que a equipe italiana tinha muitos jogadores servindo suas seleções em preparação para a Copa do Mundo dos Estados Unidos).
No dia seguinte, o Santos garantiu o terceiro lugar ao vencer o Parma-ITA por 3 a 1. Na sequência, antes da decisão, o Palmeiras recebeu da organização do torneio faixas e um troféu com o nome de Calisto Tanzi, fundador da Parmalat, em homenagem ao bicampeonato paulista recém-conquistado. Em campo, os donos da casa se sagraram campeões do quadrangular com triunfo por 3 a 0 sobre a Lazio-ITA (gols de Maurílio e Edilson, duas vezes), recebendo a Taça Bombril-Parmalat.
Pouco mais de um mês depois, Brasil e Itália se enfrentariam na final da Copa do Mundo dos Estados Unidos recheado de jogadores que não puderam disputar o torneio na capital paulista. Do lado verde-amarelo estavam os meias palmeirenses Mazinho e Zinho, enquanto do lado azzurro estavam o goleiro Marchegiani e os atacantes Signori e Casiraghi, da Lazio-ITA, e o goleiro Bucci, os defensores Benarrivo, Apolloni e Minotti e o atacante Zola, do Parma-ITA.
Jogo decisivo:
Palmeiras 3×0 Lazio-ITA
Data: 22/05/1994
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Árbitro: Edmundo Lima Filho
Gols: Maurílio e Edilson, duas vezes
Palmeiras: Fernández (Sérgio); Cláudio, Tonhão (Juari), Cléber e Roberto Carlos (Biro); Cesar Sampaio, Amaral, Jean Carlo e Macula; Maurílio (Magrão) e Edison. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Lazio-ITA: Orsi; Corino, Negro, Bacci e Boli; Cravero (Saurini), Fuser (Sclosa) e Di Matteo; Boksic, Favalli (Di Mauro) e Bonomi. Técnico: Giancarlo Oddi.
Troféu Ademir da Guia – 1982
Jogador que mais atuou, mais venceu e terceiro maior artilheiro da história do Palmeiras, Ademir da Guia foi homenageado pelo clube com uma taça colocada em disputa em março de 1982, quatro anos e seis meses após o craque pendurar as chuteiras como atleta profissional. O adversário escolhido foi o Penãrol-URU, que havia sido campeão uruguaio no ano anterior e que, naquela temporada, além de repetir o título nacional, sagrou-se campeão da Libertadores e campeão mundial – naquele time, entre vários destaques, estava o lateral-direito Diogo, que se transferiria para o Verdão em 1984.
O desafio foi em duas partidas, com a de ida realizada no Estádio Centenário de Montevidéu (URU) e a de volta no Estádio Palestra Itália.
No primeiro duelo, dia 23 de março, empate em 1 a 1 na capital uruguaia (gol de Reginaldo). Uma semana depois, em 30 de março (quatro dias antes do aniversário de 40 anos de Ademir, nascido em 3 de abril de 1942), vitória alviverde por 1 a 0 (gol de Faleros, contra) e mais um troféu para a galeria do clube.
Ademir da Guia defendeu o Palmeiras entre 1962, vindo do Bangu-RJ, e 1977, ano em que encerrou a carreira. Foi pentacampeão brasileiro (1967, 1967, 1969, 1972 e 1973) e pentacampeão paulista (1963, 1966, 1972, 1974 e 1976), além de faturar o Torneio Rio-São Paulo em 1965, o Torneio Laudo Natel em 1972 e diversos torneios internacionais.
Em janeiro de 1984, um amistoso entre o Palmeiras e uma seleção paulista formada por amigos de Ademir marcou sua despedida definitiva dos gramados – o camisa 10 atuou ao lado dos jogadores profissionais do Verdão, sendo substituído por Carlos Alberto Borges. O duelo no Canindé terminou com vitória dos convidados por 2 a 1 (o gol alviverde foi de Jorginho, enquanto Jorge Mendonça e Serginho Chulapa fizeram para a seleção paulista).
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Peñarol-URU
Data: 30/03/1982
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Árbitro: Romualdo Arppi Filho
Gol: Faleros (contra)
Palmeiras: Gilmar; Nenê, Luís Pereira, Deda e Vargas; Jaime Boni, Vítor Hugo e Aragonés (Mário Sérgio); Jorginho, Enéas (Carlos) e Rodrigues. Técnico: Paulinho de Almeida.
Peñarol-URU: Alves; Diogo, Olivera, Falero e Morales (Jalson); Bossio (Clabiños), Saralegui e Jair Gonçalves (Regis); Vargas, Fernando Morena e Rodrigues (Riveros). Técnico: Hugo Bagnulo.
Copa Kirin (Japão) – 1978
Um ano depois de conquistar a Copa Brasil-Japão ao superar a Seleção Japonesa em uma melhor de três jogos, o Palmeiras voltou ao arquipélago asiático em 1978 para participar da primeira edição da Copa Kirin (o torneio é realizado anualmente pela empresa nipônica de bebidas Kirin Brewery Company e desde 1992 é disputado exclusivamente por seleções).
Foram oito equipes divididas em dois grupos. Na chave A estavam Coventry City-ING, Colônia-ALE, Seleção Japonesa e Seleção Tailandesa. Na B, Palmeiras, Borussia Mönchengladbach-ALE, Seleção Sul-Coreana e Seleção da Liga Japonesa. Avançavam às semifinais os dois primeiros colocados de cada grupo.
O Palmeiras estreou com vitória por 1 a 0 sobre a Coreia do Sul em Osaka (gol de Pires), empatou em 1 a 1 com o Japão em Kioto (gol de Toninho Catarina) e empatou também por 1 a 1 com o Borussia Mönchengladbach-ALE em Kobe (gol de Escurinho). Os alemães, que venceram seus dois primeiros jogos, classificaram-se na liderança, com os alviverdes em segundo. Na outra chave, passaram de fase o Coventry City-ING em primeiro e o Colônia-ALE em segundo.
Nas semifinais, o Verdão bateu o Coventry City-ING por 1 a 0 em Osaka (gol de Toninho Catarina) e o Borussia Mönchengladbach-ALE fez 2 a 1 no Colônia-ALE. Na final, disputada na capital Tóquio, Palmeiras e Borussia Mönchengladbach-ALE empataram novamente em 1 a 1 (gol de Escurinho) e, após o 0 a 0 na prorrogação, dividiram o título, conforme previa o regulamento da competição.
A Copa Kirin foi realizada em meio à disputa do Campeonato Brasileiro de 1978, do qual o Verdão se sagrou vice-campeão após despachar o Bahia nas quartas de final, o Internacional-RS na semi e cair diante do Guarani na decisão.
Em 1986, o Palmeiras disputou pela segunda e última vez a Copa Kirin. Eram quatro participantes na ocasião e o Verdão avançou em primeiro ao golear o Werder Bremen-ALE por 4 a 0, bater a Seleção B da Argélia por 4 a 2 e superar a Seleção Japonesa por 2 a 1. Na decisão, contra o Werder Bremen-ALE, empate por 1 a 1 no tempo normal e vitória dos alemães na prorrogação por 3 a 1 (final, 4 a 2).
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×1 Borussia Mönchengladbach-ALE
Data: 29/05/1978
Local: Estádio Olímpico de Tóquio, em Tóquio (Japão)
Gol: Escurinho
Palmeiras: Benítez; Rosemiro, Beto Fuscão, Marinho Peres e Pedrinho; Pires, Toninho Vanusa e Sílvio; Escurinho, Toninho Catarina e Nei. Técnico: Jorge Vieira.
Taça Centenário da Imigração Italiana – 1975
Quase 24 anos depois de se encontrarem na final do Torneio Internacional de Clubes Campeões – Copa Rio, primeira competição oficial de nível global reconhecida pela Fifa, Palmeiras e Juventus-ITA entraram em campo no dia 3 de julho de 1975 para a disputa da Taça Centenário da Imigração Italiana – embora, mais tarde, convencionou-se adotar como data inicial da chegada em massa dos italianos no Brasil o dia 21 de fevereiro de 1874, quando cerca de 400 trabalhadores desembarcaram em Vitória (ES) vindos do porto de Gênova (ITA) após mais de um mês e meio a bordo do navio à vela La Sofia.
O confronto, disputado no estádio do Pacaembu, foi viabilizado pelo então presidente palmeirense, Paschoal Giuliano, e pelo vice, Nelson Duque. No local, foi estendida uma grande faixa de boas vindas com os dizeres “I tifosi del Palmeiras salutano la Vecchia Signora” (em português, “os torcedores do Palmeiras saúdam a Velha Senhora”). Antes de a bola rolar, a banda da Polícia Militar executou os Hinos do Brasil e da Itália, e, em seguida, o ídolo Mazzola, que vestia a camisa da Juventus, foi homenageado dentro de campo, recebendo, inclusive, o Troféu Periquito de Ouro das mãos de Edi Pascucci, ex-atleta da equipe feminina de basquete do Palestra Italia.
Revelado pelo Verdão na década de 1950 e primeiro palmeirense campeão do mundo com a Seleção Brasileira, em 1958, Mazzola já brilhava no futebol italiano havia anos, tendo sido bicampeão nacional pelo Milan-ITA em 1958-59 e 1961-62 e campeão da Liga dos Campeões da Europa em 1962-63 – em 1962, inclusive, o craque já enfrentara o Palmeiras em um amistoso que terminou empatado em 4 a 4 no Pacaembu. Depois de uma longa passagem pelo Napoli-ITA, o piracicabano se transferiu para a Juventus em 1972, já conquistando o scudetto em sua primeira temporada em Turim. O segundo, em 1974-75, foi assegurado pouco antes da vinda ao Brasil para o duelo com o Palmeiras.
A Juventus, aliás, em sete edições do Campeonato Italiano disputadas entre 1971 e 1978, faturou nada menos do que cinco títulos e dois vice-campeonatos. No elenco, brilhavam estrelas da Seleção Italiana, como o goleiro Dino Zoff, os defensores Antonello Cuccuredu, Gaetano Scirea e Claudio Gentile, o meio-campista Franco Causio e o atacante Roberto Bettega, que enfrentaram o Brasil na Copa do Mundo de 1978 – Zoff, Scirea, Gentile e Causio ainda seriam campeões do mundo com a Azzurra em 1982. Fora dos gramados, havia dois nomes que tinham sido derrotados pelo Palmeiras na decisão da Copa Rio de 1951: o ex-centroavante Jean Pietro Boniperti era o presidente da Juventus em 1975, e o ex-meio-campista Carlo Parola era o técnico.
Do lado palmeirense, a base do time bicampeão brasileiro em 1972 e 1973 e bicampeão paulista em 1972 e 1974 sobressaiu sobre os italianos e venceu por 2 a 0, gols de Edu Bala e Fedato, garantindo o troféu que foi entregue por Boniperti ao então diretor de futebol alviverde, Nicola Racioppi. Foi o primeiro título internacional do ano para Verdão, que no mês seguinte viajaria para a Espanha e voltaria pra casa com a taça do Torneio Ramón de Carranza após bater o Real Madrid-ESP por 3 a 1.
Palmeiras 2×0 Juventus-ITA
Data: 03/07/1975
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Gols: Edu Bala e Fedato
Palmeiras: Emerson Leão; Eurico, Luís Pereira, Arouca e Zeca; Jair Gonçalves e Ademir da Guia; Edu Bala (Mário), Leivinha, Fedato e Nei (Ronaldo). Técnico: Oswaldo Brandão.
Juventus: Zoff; Cuccuredu, Scirea, Spinosi e Gentile; Furino (Longobucco), Causio e Viola; Bettega (Damiani), Mazzola e Anastasi (Savaldi). Técnico: Carlo Parola.
Copa do Atlântico (Argentina e Uruguai) – 1972
Tradicional organizadora de torneios amistosos de verão desde 1968, a cidade argentina de Mar del Plata foi uma das sedes da primeira e única edição da Copa do Atlântico, em fevereiro de 1972, ao lado da capital uruguaia Montevidéu. O quadrangular, disputado em dois turnos em sistema de pontos corridos, contou com Peñarol-URU, Boca Juniors-ARG, San Lorenzo-ARG e Palmeiras, que, mesmo sendo o único clube a jogar todas as partidas fora de seu país, sagrou-se campeão de forma invicta.
A campanha alviverde registrou no primeiro turno uma vitória sobre o Peñarol por 2 a 0 no Centenário de Montevidéu (gols de Leivinha e César Maluco) e dois empates no General San Martín de Mar del Plata: 1 a 1 com o Boca Juniors (gol de Luís Pereira) e 0 a 0 com o San Lorenzo. O duelo com o Boca, no dia 5 de fevereiro, marcou a estreia do meia Madurga (curiosamente, o argentino atuava pelo time de Buenos Aires antes de se mudar para o Parque Antarctica).
Quando o Palmeiras voltou ao Centenário, o Peñarol somava seis pontos em cinco jogos (a vitória, à época, valia dois pontos). Os uruguaios, portanto, precisavam vencer esta partida derradeira para seguir sonhando com o título. Mas os comandados de Oswaldo Brandão foram impiedosos e golearam por 5 a 1 (gols de Fedato, três vezes, Nei e Leivinha), igualando os uruguaios na tabela, mas com dois jogos a menos. Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Boca no General San Martín (gol de Leivinha), o Verdão chegou à sua última partida precisando apenas de um empate com o San Lorenzo para ser campeão. Já os argentinos precisavam vencer Palmeiras e Boca em seus jogos restantes para ficar com o título.
Novamente no General San Martín, Ademir da Guia abriu o placar de pênalti logo aos cinco minutos de jogo. Scotta deixou tudo igual, também de pênalti, aos 28 do segundo tempo. Mas a reação parou por aí, e a taça ficou mesmo com os brasileiros – que, aliás, perderam apenas cinco vezes em 81 jogos disputados em 1972, conquistando, em seguida, o Torneio Laudo Natel, o Campeonato Paulista e o Campeonato Brasileiro, além da Taça dos Invictos (entregue pelo jornal A Gazeta Esportiva ao time que estabelecesse o recorde de invencibilidade na temporada). Era a reedição da Academia de Futebol dos anos 60, agora batizada de Segunda Academia.
O Palmeiras ainda fez outra excursão para o exterior naquele ano, entre maio e junho, desta vez passando por Europa, Ásia e África. Na primeira parada, ficou com o vice-campeonato do Troféu Cidade de Zaragoza ao empatar com o Real Zaragoza-ESP e o Hamburgo-ALE, ambos por 2 a 2 – os alemães ficaram com o título ao vencer os espanhóis por 3 a 2. Depois, foi ao Irã e bateu o TAJ-IRN (atual Esteghlal-IRN) por 2 a 1 e a Seleção da capital Teerã por 3 a 0. O tour seguiu pela Turquia, onde o Verdão bateu os gigantes locais Galatasaray-TUR por 1 a 0 e Fenerbahçe-TUR por 2 a 1. Por fim, no Torneio de Argel foi novamente vice-campeão ao superar o Milan-ITA nas semifinais por 1 a 0 e perder a decisão por 1 a 0 para a Seleção de Magreb (região do norte da África que abrange Argélia, Marrocos, Tunísia, Mauritânia e Líbia).
Essa derrota na capital argelina, no dia 18 de junho de 1972, foi a primeira sofrida pelo Palmeiras depois de 36 jogos naquele ano, encerrando a que até hoje é a maior série invicta da história do clube, de 40 partidas, iniciada em 5 de dezembro de 1971.
Jogo decisivo:
San Lorenzo-ARG 1×1 Palmeiras
Data: 17/02/1972
Local: Estádio General San Martín, em Mar del Plata (ARG)
Gol: Ademir da Guia
Palmeiras: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha, Fedato (Madurga) e Nei (Pio). Técnico: Oswaldo Brandão.
San Lorenzo: Irusta; Villar, Rezza, Rivero e Telch; Scotta, García Ameijenda e Ayala; Fischer, Espósito e Chazarreta. Técnico: A. Prieto.
Taça das Missões – 1947
A convite do Colégio São Luís, de São Paulo (SP), o Club Miramar-URU (que desde 1980 se chama Miramar Misiones) excursionou pela capital paulista no fim de 1947 com o objetivo de arrecadar fundos para a já tradicional instituição de ensino.
No primeiro compromisso no Brasil, os uruguaios perderam por 6 a 1 para o São Paulo. Em seguida, empataram por 1 a 1 com o Corinthians. E, por fim, foram goleados pelo Palmeiras por 8 a 2. A organização, então, ofereceu ao Verdão um troféu, chamado Taça das Missões, em razão do melhor desempenho entre os rivais.
As missões católicas são celebrações que acontecem para estimular o convívio nas comunidades cristãs. Fundado por padres jesuítas em 1867 na cidade de Itu (SP), o Colégio São Luís teve a sede transferida em 1917 para a Avenida Paulista, em São Paulo (SP), onde ainda se preserva a Paróquia São Luís Gonzaga. Em dezembro de 2019, a nova sede do colégio foi inaugurada no bairro da Vila Mariana.
Palmeiras 8×2 Miramar-URU
Data: 02/12/1947
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Gols: Lula, quatro vezes, Bóvio, duas vezes, Oswaldinho e Canhotinho
Palmeiras: Oberdan; Oswaldo Jericó e Turcão; Zezé Procópio (Tremembé), Túlio (Geraldo) e Waldemar Fiume (Manduco); Lula, Arturzinho (Renato), Oswaldinho, Canhotinho (Bóvio) e Gengo. Técnico: Oswaldo Brandão.
Troféu Ramón de Carranza (Espanha) – 1975
Único sul-americano campeão do principal torneio amistoso do mundo na época (desde a primeira edição, em 1955, já haviam participado Boca Juniors-ARG, River Plate-ARG, San Lorenzo-ARG, Estudiantes-ARG, Independiente-ARG, Peñarol-URU, Corinthians, Flamengo, Vasco, Botafogo e Santos), o Palmeiras chegou a Cádiz (ESP) em agosto de 1975 para defender o título conquistado no ano anterior.
Na semifinal, o adversário foi o Real Zaragoza-ESP, vice-campeão espanhol na temporada 1974-75, e Ademir da Guia marcou o gol da vitória palmeirense por 1 a 0, garantindo a equipe novamente na grande final – seria a segunda vez na história que o Verdão enfrentaria o poderoso Real Madrid-ESP, rival derrotado pelos palestrinos na decisão do Ramón de Carranza de 1969.
O time merengue, campeão espanhol e da Copa do Rei em 1974-75, havia despachado na semifinal o Dínamo de Moscou-URSS por 2 a 1 e tinha como destaques Breitner e Nester, campeões da Copa do Mundo de 1974 pela Alemanha Ocidental. Comandado pelo ex-jogador Dino Sani, formado nas categorias de base alviverde, o Palmeiras inaugurou o placar após Leivinha deixar Edu na cara do gol. O mesmo Leivinha que, em bela jogada individual, partiu da intermediária para ampliar o marcador. Em seguida, o centroavante Itamar, sozinho na pequena área, só teve o trabalho de testar para o fundo das redes e fazer o terceiro. Os madrilenhos ainda diminuíram com gol de Breitner, mas não foi suficiente para impedir o tri.
A partida marcou também o início da dissolução da gloriosa Segunda Academia. Afinal, aquele título foi determinante para as despedidas de Luís Pereira e Leivinha, que, devido a mais uma campanha vitoriosa em solo espanhol, foram negociados com o Atlético de Madrid-ESP, no qual se tornaram ídolos. “Aconteceu tudo muito rápido”, destacou Leivinha, anos mais tarde. “Lembro que fomos contratados pelo Atlético já no avião de volta para o Brasil. Assim que chegamos, tivemos que pegar outro voo para a Espanha para assinar o contrato. O Carranza de 75 foi muito importante na minha vida, porque, quando pequeno, eu tinha feito uma promessa ao meu avô, que era espanhol, que um dia eu jogaria na Espanha. Graças a esse título, consegui cumprir minha palavra com ele. Até fui lá na terra dele, tirei fotos e dei para ele depois. Ele ficou muito feliz”, declarou.
Além dos títulos de 1969, 1974 e 1975, o Palmeiras ainda disputou o Troféu Ramón de Carranza em 1976 (ficou em terceiro lugar ao perder do Atlético Bilbao-ESP na semifinal e vencer o Nacional-URU em seguida), em 1981 (quarto lugar após derrotas para Sevilla-ESP e CSKA-BUL) e em 1993 (vice-campeão ao bater o São Paulo na semi e perder nos pênaltis para o Cádiz-ESP).
Jogo decisivo:
Real Madrid-ESP 1×3 Palmeiras
Data: 31/08/1975
Local: Estádio Ramón de Carranza, em Cádiz (ESP)
Gols: Edu Bala, Leivinha e Itamar
Palmeiras: Leão; Eurico, Luís Pereira, Arouca e João Carlos; Édson Cegonha (Didi) e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha (Mário Motta), Itamar e Nei. Técnico: Dino Sani.
Real Madrid-ESP: Miguel Ángel; Uría, Sol e Pirri; Rubiñán, Breitner, Netzer e Del Bosque; Amancio, Santillana e Guerini (Roberto Martínez). Técnico: Miljan Miljanić.
Troféu Ramón de Carranza (Espanha) – 1974
Em agosto de 1974, o Palmeiras retornou a Cádiz, na Espanha, para a disputa da 20ª edição do Troféu Ramón de Carranza na condição de, até então, ser o único não europeu a já ter levantado a “Taça das Taças”, em 1969. No entanto, mesmo vindo de um bicampeonato brasileiro em 1972-73, o Verdão não era apontado como favorito. A expectativa geral era por uma final entre o Santos de Pelé, Edu e Carlos Alberto Torres, campeão paulista de 1973, e o Barcelona-ESP dos holandeses Neeskens e Cruyff, campeão espanhol de 1973-74 e treinado por Rinus Michels, grande maestro da Seleção Holandesa que encantou o público na campanha do vice-campeonato na Copa do Mundo da Alemanha Ocidental, entre junho e julho daquele ano.
O Palmeiras tinha seis jogadores que disputaram aquela Copa: Leão, Luís Pereira e Leivinha como titulares, Alfredo, César Maluco e Ademir da Guia como reservas. A Seleção Brasileira acabou sendo eliminada pela própria Holanda, mas, contra o Barcelona-ESP, na semifinal do mais tradicional torneio de verão do planeta, a história foi diferente. Ademir da Guia, com seu estilo de jogo clássico, ditou o ritmo e mostrou a Zagalo, técnico da Seleção Brasileira em 1974, que, com ele em campo, o Brasil poderia ter vencido o fantástico Carrossel Holandês. Cruyff e Neeskens nem viram a bola em Cádiz: vitória alviverde por 2 a 0 (gols de Leivinha, de pênalti, e Ronaldo).
O tão aguardado encontro entre Cruyff e Pelé (que não esteve na Copa) acabou relegado à disputa do terceiro lugar, pois, contrariando todas as apostas, o Santos caiu para o Espanyol-ESP, campeão da edição anterior do Troféu Ramón de Carranza, também por 2 a 0. No dia seguinte, o Barcelona ficou com a medalha de bronze ao golear o Santos por 4 a 1, enquanto o Verdão superou o Espanyol-ESP na grande final por 2 a 1 (gols de Leivinha e Luís Pereira).
Os comandados de Oswaldo Brandão ainda passaram pela capital espanhola, onde venceram o Atlético de Madrid-ESP por 1 a 0 (gol de César Maluco) em amistoso realizado na casa do adversário, antes de voltar ao Brasil e dar sequência à rotina de títulos da Segunda Academia com a conquista do Campeonato Paulista em uma final épica contra o Corinthians.
Jogo decisivo:
Espanyol-ESP 1×2 Palmeiras
Data: 01/09/1974
Local: Estádio Ramón de Carranza, em Cádiz (ESP)
Gols: Leivinha e Luís Pereira
Palmeiras: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Édson Cegonha e Ademir da Guia; Ronaldo (Fedato), Leivinha, César Maluco e Toninho Vanusa (Edu Bala). Técnico: Oswaldo Brandão.
Espanyol-ESP: Borja; Ramos, De Felipe e Ochoa; Molinos, Aquino, Cuesta e Solsona; Amiano, Marañón e José María. Técnico: José Santamaria.
Troféu Ramón de Carranza (Espanha) – 1969
Criado em 1955, o Troféu Ramón de Carranza é um tradicional torneio de verão sediado na cidade de Cádiz, na Espanha, e que até 2017 foi disputado anualmente por quatro equipes. Era considerada a mais prestigiada competição amistosa do mundo até a década de 80, sendo popularmente conhecida como “A Taça das Taças” também pelo tamanho do troféu de campeão, com 1,71m de altura. A partir de 1979, passou a ter o anfitrião Cádiz como um dos participantes fixos, e desde 2021 é disputado em jogo único entre o Cádiz e uma equipe convidada.
Ramón de Carranza foi um militar espanhol que comandou a Prefeitura de Cádiz em duas ocasiões nos anos 30 e se alinhou às tropas de Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), ajudando a consolidar uma ditadura que perdurou na Espanha até 1975. Com a Lei da Memória Democrática de 2022, que ampliou a Lei da Memória Histórica de 2007, o nome do estádio onde as partidas são realizadas foi alterado de Ramón de Carranza para Nuevo Mirandilla.
O Palmeiras acumula seis edições disputadas: 1969, 1974, 1975, 1976, 1981 e 1993. Além de ser o clube que mais vezes representou o Brasil no torneio, é também o que mais títulos ganhou, junto com o Vasco, com três conquistas cada. O retrospecto alviverde na história do mata-mata europeu é de 12 jogos, sete vitórias, dois empates e três derrotas, sendo Edu Bala o maior goleador com cinco tentos e Ademir da Guia o que mais entrou em campo com sete jogos entre 1969 e 1976.
Vice-campeão da Libertadores em 1968 e vice-campeão paulista em 1969, o Verdão chegou à Espanha no fim de agosto, mais de um mês depois de iniciar uma excursão pelo exterior que começou com a primeira viagem do clube para o continente africano na história (dois amistosos no Congo, dois em Gana e três na Nigéria) e que contou ainda com dois amistosos na Europa (um na Romênia e um na Itália). Depois do Ramón de Carranza, os comandados de Rubens Minelli também conquistaram o Troféu Cidade de Barcelona ao vencer o Barcelona-ESP em pleno Camp Nou e, na volta ao Brasil, faturaram o Campeonato Brasileiro pela quarta vez.
Na edição de 1969, os demais participantes foram o Atlético de Madrid-ESP (então campeão do Ramón de Carranza), o Real Madrid-ESP (então campeão espanhol) e o Estudiantes-ARG (então campeão mundial e bicampeão da Libertadores). Na semifinal, o Palmeiras encarou o Atlético de Madrid-ESP e avançou com 2 a 1 nos pênaltis após empate por 1 a 1 (gol de Cardoso) – o goleiro Chicão foi herói ao defender duas cobranças e ver outra ir para fora. Já o Real Madrid-ESP despachou o Estudiantes-ARG com triunfo por 3 a 1.
No jogo decisivo, diante de 25 mil expectadores, o Verdão bateu o poderoso Real Madrid-ESP por 2 a 0 (gols de Zé Carlos e Dé), tornando-se a primeira equipe brasileira a conquistar o torneio, e com o mérito de tê-lo conseguido logo na sua primeira participação. A delegação palmeirense foi recebida com festa, trazendo não só o caneco, mas o orgulho de ter representado o Brasil, mais uma vez, com tanta dignidade em solo estrangeiro.
Jogo decisivo:
Real Madrid-ESP 0x2 Palmeiras
Data: 31/08/1969
Local: Estádio Ramón de Carranza, em Cádiz (ESP)
Gols: Zé Carlos e Dé
Palmeiras: Chicão; Eurico, Baldochi, Minuca e Dé; Zé Carlos e Ademir da Guia; Copeu, Jaime, Cardoso (César Maluco) e Serginho (Dudu). Técnico: Rubens Minelli.
Real Madrid-ESP: Betancort; Calpe, De Felipe e Sanchis; Pirri e Zoco; Fleitas (José Luis), Amancio, Grosso, Velázquez (Planelles) e Gento. Técnico: Miguel Muñoz.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1946
Em 1946, o tradicional debut das competições oficiais em São Paulo, promovido pela Federação Paulista de Futebol, ocorreu no dia 31 de março, no estádio do Pacaembu, envolvendo todos os participantes da primeira divisão estadual.
A curiosidade ficou por conta da presença de duas lendas da história do Palmeiras no comando técnico da equipe: José Junqueira, capitão do time de 1931 a 1945, e Oswaldo Brandão, que teve uma curta carreira de jogador pelo clube no início daquela década e desde o fim de 1945 já se aventurava na função que iria consagrá-lo no futebol brasileiro.
O jovem técnico Brandão, aliás, conquistou dois dos três troféus amistosos que disputou em 1945, começou o ano de 1946 faturando a Taça Cidade de São Paulo (seu primeiro título oficial), e, já ao lado de Junqueira, garantiu mais um troféu amistoso para o Verdão antes da disputa do Torneio Início.
No primeiro compromisso pelo Torneio Início, já pela segundada fase, o Verdão bateu o Juventus, que também entrara direto nas quartas de final, por 1 a 0 (gol de Waldemar Fiume). Na semifinal, vitória diante do Ypiranga, algoz do Corinthians na fase anterior, por 2 a 0 (gols de Waldemar Fiume e Renatinho), e classificação para a final do torneio contra o São Paulo, que deixara para trás Portuguesa e Comercial.
Alternando os títulos de campeão paulista desde 1942 (situação que se repetiu até 1950), alviverdes e tricolores se enfrentavam em uma final de campeonato pela primeira vez desde a adoção do nome Palmeiras pelo time do Parque Antarctica. O jogo foi bastante equilibrado, com empate por 1 a 1 (gol de Oswaldinho) e título para os comandados de Brandão e Junqueira por 4 a 3 nos escanteios.
Outra curiosidade é que o centroavante do Palmeiras naquela competição foi Romeu de Lima, o Lima IV, irmão do ídolo eterno Eduardo Lima, que defendeu o clube de 1938 a 1951. Lima IV disputou 31 partidas pelo Verdão, muitas delas ao lado do irmão mais velho na linha de ataque, e marcou 14 gols.
Jogo decisivo:
Palmeiras 1(4)x(3)1 São Paulo
Data: 31/03/1946
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Gol: Oswaldinho
Árbitro: João Etzel Filho
Palmeiras: Índio; Tremembé e Manduco; Turcão, Túlio e Gengo; Oswaldinho, Waldemar Fiume, Lima IV, Renatinho e Mantovani. Técnicos: Oswaldo Brandão e José Junqueira.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1930
O Torneio Início do Campeonato Paulista de 1930, realizado no dia 9 de março daquele ano, ficou marcado pelo primeiro duelo da história entre Palmeiras e São Paulo. Fundado pouco mais de um mês antes (a partir da união de dirigentes, sócios e jogadores da Associação Atlética das Palmeiras, extinta em 1929, e do Club Athletico Paulistano, cujo departamento de futebol foi fechado no início daquela temporada em meio à profissionalização do esporte no país), o Tricolor fazia sua estreia em competições oficiais.
As partidas foram disputadas na Chácara da Floresta, estádio que surgiu no em 1906 como propriedade do extinto Clube de Regatas São Paulo, foi adquirido pela AA Palmeiras em 1913 e passou a ser patrimônio do São Paulo com a fusão de 1930. Naquele dia 9 de março, o tradicional campo da capital paulista era reinaugurado como parte dos festejos da fundação do novo clube.
O Palestra Italia, porém, colocou água no chope dos tricolores. Depois de eliminar o Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros) por 1 a 0 (gol de Osses) e avançar por W.O. ao ver o Clube Atlético Santista se retirar da disputa por divergências com a organização da competição, o Verdão chegou à final para enfrentar os donos da casa, que haviam superado o Ypiranga por 3 a 0 e o Guarani por 1 a 0 nos escanteios (após empate sem gols).
A decisão terminou com empate por 1 a 1, mas o Palestra levou a melhor por 2 a 0 nos escanteios e conquistou seu segundo caneco de Torneio Início. Uma curiosidade é que o árbitro da partida foi o lendário Neco, primeiro grande ídolo do Corinthians, que praticamente encerrara a carreira em dezembro de 1929 (ele ainda voltou aos campos para atuar em três jogos do Paulista de 1930, em maio e agosto).
Jogo decisivo:
São Paulo 1(0)x(2)1 Palestra Italia
Data: 09/03/1930
Local: Chácara da Floresta, em São Paulo (SP)
Árbitro: Manoel Nunes (Neco)
Gol: Barthô (contra)
Palestra Italia: Russo; Pepe e Magalhães; Gino, Gogliardo e Giglio; Ministrinho, Heitor, Carrone, Lara e Osses. Técnico: Marinetti.
São Paulo: Nestor; Clodoaldo e Barthô; Abate, Rueda e Sergio; Formiga, Siriri, Fried, Araken e Zuanella. Técnico: Rubens Salles.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1927
Presente em diversas regiões do país precedendo a disputa dos campeonatos estaduais, o Torneio Início é um dos mais tradicionais do futebol brasileiro. Em São Paulo, foi realizado de 1919 a 1958, além de outras cinco edições, em 1969, 1984, 1986, 1991 e 1996. A competição acontecia em um único dia, em partidas com 20 minutos de duração (exceto a final, que durava 60), e o critério de desempate era o número de escanteios ou uma disputa de pênaltis com três cobranças para cada equipe, todas feitas pelo mesmo jogador.
Em 1927, o Torneio Início foi disputado por 12 filiados da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), no dia 1º de maio, no Parque Antarctica. Previamente classificado para a segunda fase, o Palestra Italia, então campeão estadual, estreou goleando o Comercial por 5 a 0, gols de Heitor, Melle, Tedesco e Del Bianco (duas vezes). Na semifinal, despachou o Santos com vitória por 1 a 0, gol de Heitor.
Devido à falta de luz natural e ao adiantado da hora, a conclusão do campeonato ficou para a semana seguinte, no dia 8 de maio. Na outra semifinal, a Portuguesa foi eliminada por 1 a 0 nos escanteios após empate em 1 a 1 com o República da Aclimação, clube fundado em janeiro de 1914 e que, mais tarde, a partir da profissionalização do futebol, passaria a figurar no futebol de várzea da cidade.
Com uma nova goleada, esta por 4 a 0, o Palestra faturou seu primeiro dos sete troféus de Torneio Início de sua história. Aquele fora o segundo título consecutivo do Verdão, que em fevereiro havia conquistado o Campeonato Paulista Extra de 1926 e no ano seguinte garantira o título paulista de 1927. Antes, havia sido campeão paulista de 1926 e vice-campeão do Torneio Início do Paulista Extra de 1926.
Jogo decisivo:
Palestra Italia 4×0 República
Data: 08/05/1927
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Gols: Del Bianco, Melle e Tedesco (2)
Palestra Italia: Nani; Pepe e Bianco; Xingo, Amílcar e Serafini; Tedesco, Del Bianco, Miguel Feite, Caetano Imparato e Melle. Técnico: Ramón Platero.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1969
Realizado de 1919 a 1958, o Torneio Início do Campeonato Paulista saiu do calendário por alguns anos até retornar em 1969 com uma fórmula de disputa semelhante a adotada nas três últimas edições anteriores, ou seja, com uma primeira fase regional e, em outra data, uma fase final. Em 1969, porém, as duas fases foram em pontos corridos, diferente de 1956, 1957 e 1958, quando ambas foram em mata-mata.
O Palmeiras foi campeão atuando com um time reserva (incluindo o veterano lateral Ferrari e o jovem Alfredo Mostarda, que ainda atuava como volante) e sob comando interino de Julinho Botelho (que havia encerrado a carreira no clube dois anos antes). Os titulares e o técnico Filpo Nuñez estavam na Argentina disputando a Copa de Oro de Mar Del Plata – ficaram em segundo lugar de sete participantes, com três vitórias, um empate e duas derrotas, atrás apenas do campeão Boca Juniors, que registrou cinco vitórias e uma derrota, justamente para o Verdão.
No total, foram 14 clubes participaram do Torneio Início divididos em três grupos. O Palmeiras ficou no grupo da capital paulista, com sede no Estádio Palestra Itália, ao lado de Corinthians, Portuguesa, São Paulo e Santos. Nos quatro jogos do dia 12 de janeiro, empatou com o São Paulo por 0 a 0, venceu o Corinthians por 2 a 0 (gols de Zezinho e Caravetti), empatou por 0 a 0 como Santos e bateu a Portuguesa por 1 a 0 (gol de Lelo).
Também no Palestra Itália, o triangular final do dia 18 de janeiro reuniu os campeões de cada chave: além do Palmeiras, avançaram o Botafogo (que superou América, XV de Piracicaba e Ferroviária na sede de Ribeirão Preto) e o Guarani (que despachou Paulista, Juventus, Portuguesa Santista e São Bento no grupo de Campinas).
Na primeira partida, Guarani e Botafogo empataram em 0 a 0. Na segunda, o Palmeiras venceu o Botafogo por 1 a 0 (gol de Lelo). A terceira e decisiva partida entre Palmeiras e Guarani registrou empate em 0 a 0, garantindo o sétimo e último título do Torneio Início para os palmeirenses, que disputaram a competição ainda em 1984, 1986, 1991 e 1996.
Jogo decisivo:
Palmeiras 0x0 Guarani
Data: 18/01/1969
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Árbitro: José de Oliveira
Palmeiras: Perez; Robertinho, Giba, Minuca e Ferrari; Alfredo Mostarda, Pedrinho e Lelo (Odair); Cabralzinho, Zezinho e Caravetti. Técnico: Julinho Botelho.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1942
O Torneio Início de 1942 marcou o último título conquistado pelo Palestra Italia antes das mudanças de nome, primeiro para Palestra de São Paulo, em 13 de março daquele ano, e depois para Palmeiras, em 14 de setembro. As alterações ocorreram por conta da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial com os Aliados (EUA, Reino Unido, França e União Soviética) e contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
Disputada no dia 1º de março de 1942, a competição foi também a última com exibição oficial do Palestra Italia – três dias depois, o clube ainda realizou um amistoso contra a Portuguesa antes de, já como Palestra de São Paulo, voltar a campo no dia 14 daquele mesmo mês para a disputa do Torneio Quinela de Ouro, estreando contra o São Paulo.
Inaugurado em 1940, o Pacaembu foi a sede do Torneio Início que, naquela edição, teve o troféu batizado de Paulo Meirelles, uma homenagem ao antigo jornalista e advogado que foi chefe de esportes do Diário da Noite, ocupou cargos de diretoria na Federação Paulista de Futebol e foi sócio fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo.
Palestra e Juventus estrearam já na segunda fase, com vitória alviverde por 2 a 1 (gols de Pipi e Cabeção). Na semi, o Verdão bateu a Portuguesa, algoz do São Paulo na fase anterior, também por 2 a 1 (gols de Lima e Waldemar Fiume). Na decisão contra o Santos, que eliminara São Paulo Railway (1 a 0), Hespanha (1 a 0) e Corinthians (1 a 0), o Palestra venceu por 1 a 0 (gol de Cabeção) e garantiu o pentacampeonato da competição.
Jogo decisivo:
Palestra Italia 1×0 Santos
Data: 01/03/1942
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Gol: Cabeção
Árbitro: José Alexandrino
Palestra Italia: Clodô; Junqueira e Begliomini; Oliveira, Gogliardo e Del Nero; Cabeção, Lima, Waldemar Fiume, Echevarrieta e Pipi. Técnico: Armando Del Debbio.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1939
Vizinhos mais próximos entre os clubes paulistanos, com cerca de dois quilômetros de distância, Palmeiras e Nacional se enfrentaram apenas uma vez em uma disputa de título. Foi no Torneio Início do Campeonato Paulista de 1939, quando ainda se chamavam, respectivamente, Palestra Italia e São Paulo Railway Athletic Club.
O clube da Água Branca, localizado em frente à Academia de Futebol, foi fundado em 1919 por funcionários da antiga São Paulo Railway, empresa inglesa com sede na Estação da Luz e que operou a primeira linha férrea do estado, entre Santos e Jundiaí, de 1867 a 1946.
Diretores da empresa, integrantes da colônia inglesa da época, também encontraram no clube um refúgio esportivo após o fim do futebol no São Paulo Athletic Club, tetracampeão paulista entre 1902 e 1912 – fundado em 1888, o SPAC é considerada a agremiação mais antiga da cidade e a responsável por introduzir também o rúgbi, o hóquei sobre grama, o squash e o badminton no Brasil.
Em 1947, após o fim do monopólio inglês, a ferrovia foi nacionalizada e rebatizada de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Neste mesmo processo ocorreu a mudança de nome da agremiação para Nacional Atlético Clube.
O Torneio Início de 1939 foi disputado no dia 14 de maio com sede no então recém-reformado Estádio Palestra Italia, que seis anos antes se tornara a maior, mais moderna e imponente praça de esportes do país e a primeira da capital paulista a ter arquibancadas de concreto armado, com capacidade total de 30 mil pessoas. Era a última edição antes da inauguração do Estádio do Pacaembu, que a partir de 1940, com raras exceções, foi o palco principal da competição.
Os palestrinos estrearam já na segunda fase, quando venceram o São Paulo, também entrando na segunda fase, por 2 a 0 (gols de Magno e Feitiço). Na semifinal, o Palestra empatou com a Portuguesa por 0 a 0 e avançou com 2 a 0 nos escanteios. Já o São Paulo Railway superara Comercial (1 a 0), Santos (1 a 0) e Corinthians (3 a 2 nos escanteios após empate por 1 a 1) para chegar à decisão.
A esta altura do dia, já chovia bastante na zona oeste da capital. E foi debaixo d’água que o Palestra superou os ferroviários por 2 a 0, gols de Luizinho Mesquita e Magno, para levantar o troféu pela quarta vez.
Jogo decisivo:
Palestra Italia 2×0 São Paulo Railway
Data: 14/05/1939
Local: Estádio Palestra Italia, em São Paulo (SP)
Gols: Luizinho Mesquita e Magno
Árbitro: José Alexandrino
Palestra Italia: Joãozinho; Carnera e Junqueira; Tunga, Oliveira e Del Nero; Luizinho Mesquita, Canhoto, Magno, Feitiço e Zalli. Técnico: Ventura Cambon.
Torneio Início do Campeonato Paulista – 1935
O terceiro troféu do Palestra Italia em um Torneio Início do Campeonato Paulista foi conquistado em 1935. A sede da competição, realizada no dia 12 de maio daquele ano, foi o Parque São Jorge, de propriedade do Corinthians. E a decisão foi justamente contra os donos da casa, no primeiro Derby da história valendo título de campeonato – os rivais já haviam se encontrado em decisões de torneios amistosos, mas jamais em um campeonato regular anual, até porque, à época, o Paulista era disputado em pontos corridos.
Tricampeão estadual em 1932/33/34, o Verdão entrou direto na segunda fase (semifinal) e bateu o Juventus por 2 a 0 (gols de Carnieri e Romeu Pellicciari). O Alvinegro, por sua vez, venceu a Portuguesa Santista na primeira fase e o Paulista de Jundiaí na semi, ambos por 1 a 0.
Na decisão, disputada em 36 minutos divididos em dois tempos, os rivais não foram além de um empate em 0 a 0. O Corinthians teve a chance mais clara da partida, quando o atacante Teixeirinha cobrou uma penalidade máxima defendida pelo goleiro Batataes no final da partida. Pelo critério de desempate, o Palestra ficou com a taça da competição por 2 a 1 nos escanteios.
Jogo decisivo:
Corinthians 0(1)x(2)0 Palestra Italia
Data: 12/05/1935
Local: Parque São Jorge, em São Paulo (SP)
Árbitro: José Foker
Palestra Italia: Batataes; Machado e Carnera; Tunga, Dula e Tuffy; Mendes, Gabardo, Romeu Pellicciari, Carnieri e Luiz Imparato. Técnico: Carlos Viola.
Torneio de Florença (Itália) – 1963
Entre o final do Torneio Rio-São Paulo de 1963 e o início do Campeonato Paulista daquele ano, que teria o Palmeiras como campeão, o Verdão excursionou pela Europa e voltou invicto após cinco jogos. Primeiro, em amistosos na França e na Bélgica, bateu o Bordeaux-FRA por 4 a 1 e o Standard Liege-BEL por 3 a 2. Depois, embarcou para a Itália para a disputa do Torneio de Florença e saiu com o título após superar o Botafogo-RJ na semifinal por 2 a 1 (gols de Vavá, duas vezes) e a Fiorentina-ITA na decisão por 3 a 1 (gols de Tupãzinho, Marchesi contra e Paulo Leão).
Os donos da casa viveram a fase mais gloriosa de sua história entre meados da década de 50 e meados de 60, conquistando seus dois únicos títulos italianos em 1955-56 e 1968-69, a Copa da Itália em 1960-61 e 1965-66 e a Recopa da Uefa em 1960-61, além do vice-campeonato da Liga dos Campeões da Europa em 1956-57.
O Botafogo de Manga, Nilton Santos, Rildo, Garrincha, Amarildo, Quarentinha e Zagallo ficou em terceiro ao vencer nos pênaltis o Vojvodina, da Iugoslávia, após empate por 0 a 0 no tempo normal.
Jogo decisivo:
Fiorentina 1×3 Palmeiras
Data: 15/06/1963
Local: Estádio Artemio Franchi, em Florença (ITA)
Gols: Tupãzinho, Marchesi (contra) e Paulo Leão
Palmeiras: Valdir de Morais; Djalma Santos (Ferrari), Djalma Dias, Tarciso e Geraldo Scotto (Valdemar Carabina); Zequinha e Tupãzinho; Julinho Botelho, Servílio, Paulo Leão (Gildo) e Nilo. Técnico: Geninho.
Fiorentina: Albertosi; Robotti, Castelletti, Gonfiantini e Brizi; Marchesi e Lojacomo; Hamrin, Bartu, Maschio e Seminario. Técnico: Ferruccio Valcareggi.
Torneio de Guadalajara (México) – 1963
Assim como em 1959, o Palmeiras foi ao México em 1963 para fazer pré-temporada e voltou de lá campeão. Se quatro anos antes o Verdão vencera o Torneio de Guadalajara na única vez em que ele foi disputado com quatro clubes, nesta ocasião faturou a quarta e última edição da competição no formato pentagonal, ou seja, com cinco times. Os jogos foram realizados no recém-inaugurado Estádio Jalisco, em Guadalajara, e no Estádio Tecnológico, em Monterrey.
Além de Palmeiras, participaram do Torneo Pentagonal Tapatío (adjetivo para qualquer coisa associada a Guadalajara ou às terras altas de Jalisco), Pumas-MEX, Monterrey-MEX, Atlas-MEX e Vasas-HUN, então bicampeão húngaro e campeão da Copa Mitropa (competição disputada entre 1927 e 1992 com representantes de Hungria, Itália, Áustria, Romênia e das antigas Tchecoslováquia e Iugoslávia).
A campanha alviverde começou com empate por 2 a 2 com o Pumas-MEX (gols de Gildo e Alencar). Depois, o Verdão foi a Monterrey e bateu o time local por 1 a 0 (gol de Zequinha). No retorno a Guadalajara, superou o Atlas-MEX por 3 a 0 (gols de Zequinha, Hélio e Alencar) e chegou aos mesmos cinco pontos do Vasas-HUN (a vitória, à época, valia dois pontos). O duelo com os húngaros, portanto, decidiria o título, e o Palmeiras venceu por 2 a 1, de virada (gols de Paulo Leão e Cardoso).
Antes de voltar ao Brasil, o Verdão ainda disputou três amistosos no México (derrotas por 2 a 1 para León-MEX e Chivas-MEX e empate em 2 a 2 com Atlante-MEX) e um na Guatemala (vitória por 2 a 1 sobre a Seleção da Guatemala).
Jogo decisivo:
Vasas-HUN 1×2 Palmeiras
Data: 25/01/1963
Local: Estádio Jalisco, em Guadalajara (MEX)
Gols: Paulo Leão e Cardoso
Palmeiras: Valdir de Morais; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Nélson; Zequinha e Hélio Burini; Gildo (Paulo Leão), Alencar, Vavá e Cardoso. Técnico: Geninho.
Torneio de Guadalajara (México) – 1959
O sucesso de público do Campeonato Pan-Americano de 1956, no México, com a seleção da casa ficando em quarto lugar, incentivou a criação de dois torneios de clubes envolvendo equipes mexicanas e estrangeiras, visando também dar experiência internacional ao futebol local.
Um desses torneios foi sediado na capital Cidade do México. Outro foi em Guadalajara, cuja primeira edição, em 1959, foi a única disputada por quatro equipes – a partir de 1960, a competição passou a contar com cinco clubes e foi realizada até 1963, quando o Verdão faturou a taça novamente.
O Torneo Cuadrangular Tapatío (adjetivo para algo associado a Guadalajara, capital do estado de Jalisco) contou com as presenças de Palmeiras, Atlas-MEX, Deportivo Oro-MEX e Irapuato-MEX. Todas as partidas foram disputadas no antigo Parque Felipe Martínez Sandoval, que deixou de ser utilizado após a inauguração do Estádio Jalisco, em 1960.
Nos dois primeiros compromissos pela competição, o Verdão bateu o Deportivo Oro-MEX por 4 a 1 (dois gols de Américo Murolo e dois de Paulinho) e o Atlas-MEX por 2 a 1 (gols de Chinesinho e Américo Murolo). Com o empate em 1 a 1 com o Irapuato-MEX (gol de Américo Murolo) no terceiro duelo, a equipe alviverde precisou esperar pelo resultado das outras partidas para saber quem seria o campeão. Como o Irapuato-MEX foi derrotado pelo Atlas-MEX por 2 a 1 na última rodada, os palmeirenses garantiram o título com cinco pontos contra três do Irapuato (a vitória, à época, valia dois pontos).
Naquele momento, porém, o Palmeiras já não estava mais em solo mexicano, e o clube acabou deixando troféu, chamado Carta Blanca, em Guadalajara, também como gratidão ao povo local pela hospitalidade.
O torneio fez parte da pré-temporada palmeirense de 1959. A excursão pelo continente americano, patrocinada pela Companhia de Cervejas Caracu, hoje uma das mais tradicionais do Brasil, começou com amistosos no Equador (goleada sobre o Barcelona-EQU por 4 a 1) e na Guatemala (vitória por 4 a 2 sobre o Aurora-GUA). No México, além do quadrangular, o Verdão disputou três amistosos (triunfos sobre o Toluca-MEX por 1 a 0, o Morelia-MEX por 2 a 0 e o Irapuato-MEX por 3 a 2).
A viagem foi finalizada com quatro amistosos no Peru (vitórias por 7 a 0 sobre o Deportivo Municipal-PER e 2 a 1 sobre a Seleção do Peru, empate por 0 a 0 novamente com a Seleção do Peru e derrota por 1 a 0 para o Universitario-PER), um no Chile (empate em 1 a 1 com a Seleção do Chile) e um na Argentina (empate em 1 a 1 com o Boca Juniors-ARG).
Jogo decisivo:
Irapuato-MEX 1×1 Palmeiras
Data: 05/02/1959
Local: Estádio Parque Felipe Martinez Sandoval, em Guadalajara (MEX)
Gol: Américo Murolo
Palmeiras: Valdir de Morais; Jorge, Valdemar Carabina, Ivan Palmeira e Geraldo Scotto; Formiga e Chinesinho; Julinho Botelho (Arí), Paulinho, Américo Murolo (Ênio Andrade) e Romeiro. Técnico: Oswaldo Brandão.
Taça Delphim Braga – 1925
A disputa da taça contra o extinto São Bento foi uma homenagem a Delphim Braga, ex-esportista e então dirigente do clube azul e branco da capital, fundado no mesmo ano do Palestra Italia. A partida foi realizada no Parque Antarctica, no dia 1º de maio de 1925.
Ao final daquele ano, o São Bento se sagraria campeão paulista pela segunda e última vez em sua história. O time tinha como destaque o atacante Feitiço, artilheiro daquele estadual e goleador máximo do Paulista também em 1923, 1924, 1929, 1930 e 1931 (os três últimos já com a camisa do Santos). Feitiço ainda defendeu o Palestra no final da carreira, participando da conquista do Paulista Extra de 1938.
A chuva antes do duelo não impediu a grande presença de torcedores naquele amistoso. Feitiço deixou sua marca, mas o Palestra Italia também tinha seus craques, e venceu a partida com dois gols de Heitor e um de Caetano Imparato.
Palestra Italia 3×1 São Bento
Data: 01/05/1925
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Gols: Heitor (2) e Caetano Imparato
Palestra Italia: Primo; Bianco e Nigro; Xingó, Amílcar e Serafini; Mathias, Loschiavo, Heitor, Caetano Imparato e Martinelli. Técnicos: Amílcar e Paschoal Cozzi.
Troféu Naranja (Espanha) – 1997
Tradicional torneio de verão realizado na cidade espanhola de Valencia desde 1959, o Troféu Naranja reuniu em sua edição de 1997 os donos da casa e duas equipes brasileiras, Palmeiras e Flamengo. O regulamento da competição previa disputa de pênaltis em todas as partidas, independentemente do resultado, valendo um ponto extra ao vencedor.
No primeiro duelo do triangular, o Palmeiras perdeu por 3 a 1 para o Valencia-ESP, com três gols de Romário (enquanto Zinho fez o do Verdão), mas venceu por 5 a 4 nas penalidades, somando um ponto contra três dos espanhóis. No jogo seguinte, contra o Flamengo, vitória alviverde por 2 a 0 no tempo normal (gols de Zinho e Oséas) e por 5 a 4 nas penalidades, somando quatro pontos aos comandados de Luiz Felipe Scolari.
Com cinco pontos no total, contra três do Valencia e zero do Flamengo, bastou ao Palmeiras torcer por uma vitória rubro-negra sobre os anfitriões no tempo normal. E foi o que aconteceu: o Flamengo fez 3 a 1 no Valencia-ESP e ainda ganhou nos pênaltis, por 4 a 1, terminando a competição em segundo lugar, com quatro pontos.
Jogo decisivo
Palmeiras 2 (5)X(4) 0 Flamengo
Data: 21/08/1997
Local: Mestalla, em Valencia (ESP)
Árbitro: Losantos Omar (ESP)
Gols: Zinho e Oséas
* nos pênaltis: Alex, Marquinhos, Chris, Pimentel e Roque Júnior
Palmeiras: Velloso; Pimentel, Roque Júnior, Cléber e Júnior (Wagner); Galeano, Amaral (Marquinhos), Alex e Zinho (Rogério); Euller (Edmílson) e Oséas (Chris). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Flamengo: Clemer; Fábio Baiano, Júnior Baiano, Luiz Alberto e Gilberto (Leandro); Bruno Quadros, Jorginho, Piekarski e Lúcio (Evandro); Renato Gaúcho (Iranildo) e Sávio. Técnico: Paulo Autuori.
Taça dos Invictos – 1973
De posse transitória da quarta edição da Taça dos Invictos por ter completado 16 jogos de invencibilidade no Campeonato Paulista entre 5 de março e 03 de agosto de 1972, o Palmeiras perdeu o troféu em 22 de novembro daquele ano para o quando o América de São José do Rio Preto, que chegou a 17 partidas sem derrota somando a reta final do Paulista de 1972 e o início do “Paulistinha”, torneio classificatório para o Paulista de 1973 disputado por clubes que não estavam na primeira divisão do Campeonato Brasileiro (no caso, Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo, Portuguesa e Guarani).
Mas o caneco logo voltaria em definitivo para a capital. Na sequência iniciada em 6 de agosto de 1972 (no empate em 1 a 1 contra a Ponte Preta, em Campinas), o Verdão completou 18 jogos de invencibilidade em 8 de julho de 1973 (no empate em 0 a 0 contra o Juventus, no Pacaembu), conquistando a Taça dos Invictos pela terceira vez na história e a segunda em definitivo, superando Corinthians (que ficou com a segunda taça) e o Guarani (que ficou com a terceira).
O Palmeiras ainda chegaria à 19ª partida sem derrota (com o empate em 1 a 1 com o São Paulo no Morumbi) antes de perder para a Portuguesa por 2 a 0. Ao todo, entre março de 1972 e julho de 1973, período em que o Verdão faturou duas Taças dos Invictos e um Campeonato Paulista, o clube ficou 35 jogos sem ser derrotado no principal estadual do país. Era o auge da Segunda Academia, bicampeã brasileira em 1972/73 e até hoje dona de duas das três menores médias de gols sofridos na história alviverde.
Jogo decisivo:
Palmeiras 0x0 Juventus
Data: 08/07/1973
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Palmeiras: Raul Marcel; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Celso (Zeca); Zé Carlos e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha, César Maluco (Fedato) e Pio. Técnico: Oswaldo Brandão
Taça dos Invictos – 1989
Desde a primeira edição, na década de 30, até a quinta edição, encerrada em 1975, a Taça dos Invictos (criada pelo jornal A Gazeta Esportiva para premiar o clube que estabelecesse um novo recorde de invencibilidade no Campeonato Paulista) já tinha passado pelas galerias de Palmeiras, São Paulo, Santos, Corinthians, Guarani, Ponte Preta, Ferroviária e América-SJR, tendo ficado definitivamente com Palmeiras (primeira e quarta edições), Corinthians (segunda), Guarani (terceira) e São Paulo (quinta).
A sexta edição teve início em 1984, com o limite de 15 jogos de invencibilidade, mas, desta vez, a série teria de ser estabelecida dentro de uma mesma temporada. O Santos atingiu a meta entre julho e agosto daquele ano. Em 1986, o troféu foi para a Internacional de Limeira, com 17 partidas sem perder. Em 1987, o Corinthians conquistou a taça pela terceira vez, com 19 jogos. No ano seguinte, ela foi pela quarta vez para o Parque Antarctica.
Entre 19 de fevereiro de 1989 (vitória por 2 a 0 sobre o Noroeste no Palestra Italia, pela primeira rodada do Paulista) e 25 de maio de 1989 (empate por 1 a 1 com o Bragantino em Bragança), o Palmeiras completou 20 jogos de invencibilidade. A série ainda chegaria a 23 partidas sem perder, naquela temporada em que o Verdão estabeleceu a segunda menor média de gols sofridos na história do clube.
Jogo decisivo:
Bragantino 1×1 Palmeiras
Data: 25/05/1989
Local: Estádio Marcelo Stefani (atual Nabi Abi Chedid), em Bragança Paulista (SP)
Gol: Edu Manga
Palmeiras: Velloso; Édson Boaro; Toninho Cecílio; Nenê e Abelardo; Dorival Júnior, Gerson Caçapa e Edu Manga; Careca Bianchesi (Mauricinho), Gaúcho e Neto (Marcus Vinicius). Técnico: Emerson Leão
Taça dos Invictos – 1972
Criada na década de 1930 pelo jornal A Gazeta Esportiva para premiar o clube que estabelecesse um novo recorde de invencibilidade no Campeonato Paulista, a Taça dos Invictos teve como primeiro campeão o Palestra Italia, sem derrota por 22 jogos entre 1933 e 1934. O segundo troféu ficou definitivamente com o Corinthians, campeão em 1956 e bi em 1957.
O terceiro troféu, então com o nome de Thomaz Mazzoni (em homenagem ao jornalista que idealizou a premiação original), foi colocado em disputa em 1970 com a meta de dez partidas de invencibilidade e já naquele ano ficou em definitivo com o Guarani, que permaneceu dez jogos sem perder no início da temporada, viu a Ponte Preta lhe tomar o troféu com 11 partidas sem derrota entre maio e agosto e o retomou em dezembro, com 12 jogos invicto.
A quarta Taça dos Invictos teve como primeiro campeão a Ferroviária, que levou o troféu para Araraquara ao atingir 14 jogos sem perder entre outubro de 1971 e março de 1972. O São Paulo, invicto por 15 partidas também entre junho de 1971 e julho de 1972, foi o vencedor seguinte. Aí a Segunda Academia do Palmeiras entrou em cena.
Da estreia no Paulista de 1972, dia 5 de março daquele ano (na vitória por 2 a 1 sobre o São Bento de Sorocaba, no estádio Palestra Italia), até 3 de agosto (na vitória diante do Juventus por 1 a 0, no estádio do Pacaembu), foram 16 jogos sem perder (12 vitórias e quatro empates). Naquele campeonato, aliás, o Verdão não perdeu nenhuma vez, sendo campeão com 15 vitórias e sete empates.
A taça ficou no Parque Antarctica até novembro de 1972, quando o América de São José do Rio Preto chegou a 17 partidas sem derrota somando a reta final do Paulista de 1972 e o início do “Paulistinha”, torneio classificatório para o Paulista de 1973 disputado por clubes que não estavam na primeira divisão do Campeonato Brasileiro (no caso, Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo, Portuguesa e Guarani).
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Juventus
Data: 03/08/1972
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Gol: César Maluco
Palmeiras: Emerson Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo (Edu Bala), Leivinha (Madurga), César Maluco e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão
Taça dos Invictos – 1934
A sequência de 22 jogos de invencibilidade do Palestra Italia entre janeiro de 1932 e junho de 1933 no Campeonato Paulista, no Torneio Rio-São Paulo e em outros torneios menores (excluindo amistosos, o que levaria a série sem derrota a 27 partidas) inspirou o jornal A Gazeta Esportiva a criar a Taça dos Invictos.
Pelo regulamento, porém, só seriam considerados os jogos válidos pelo Campeonato Paulista. Ficaria com o primeiro troféu em definitivo o clube que atingisse ao menos 22 jogos de invencibilidade e, depois, com o troféu transitório o clube que superasse a marca anterior. Quando um clube conseguisse o feito por duas vezes, seguidas ou alternadas, ficaria com a posse definitiva do segundo troféu.
E foi o próprio Palestra que obteve o primeiro troféu em definitivo, ao permanecer 22 jogos sem perder durante as edições de 1933 e 1934 do Campeonato Paulista. Após 19 vitórias consecutivas entre o fim do Paulista de 1931 e o início do Paulista de 1933, o Verdão foi derrotado pela Portuguesa e, depois, emendou 20 vitórias e dois empates entre 9 de julho de 1933 (quando venceu o São Bento da capital por 2 a 0, na Chácara da Floresta) e 26 de agosto de 1934 (quando o clube completou exatos 20 anos de existência, na vitória diante do Paulista por 3 a 1, no campo da rua da Mooca) – a série foi encerrada no dia 2 de setembro, na derrota por 1 a 0 para o São Paulo, na Chácara da Floresta.
Alguns resultados marcantes fizeram parte daquela sequência, como as goleadas por 8 a 0 sobre o Corinthians, placar mais elástico da história do Derby, e por 5 a 0 sobre o Santos. Houve ainda outras duas vitórias sobre o Corinthians, duas sobre o Santos e duas sobre o São Paulo. Curiosamente, os únicos dois empates da série foram contra a Portuguesa. Romeu Pellicciari, com 19 gols neste período, e Luiz Imparato, com 13, foram os grandes destaques ofensivos da equipe, que na frente ainda tinha os craques Gabardo e Lara e, do meio para trás, contava com as lendas Carnera e Junqueira na zaga e Tunga, Dula e Tuffy na linha média. No gol, Nascimento foi o titular em 1933 e Aymoré Moreira em 1934.
O segundo troféu ficou definitivamente com o Corinthians. Depois dos 22 jogos de invencibilidade do Palestra, o São Paulo foi o primeiro a ter a posse transitória do segundo troféu, com 23 jogos sem derrota de 1945 a 1946. O Santos levou o troféu para a Baixada com 24 jogos em 1956, e o Corinthians garantiu a posse definitiva ao completar 25 jogos em 1956 e depois 26 jogos em 1957.
Jogo decisivo:
Clube Atlético Paulista 1×3 Palestra Italia
Data: 26/08/1934
Local: Rua da Mooca, em São Paulo (SP)
Gols: Gabardo, Gutiérrez e Lara
Palmeiras: Aymoré; Carnera e Junqueira; Zezé Moreira, Dula e Tuffy; Álvaro, Gabardo, Romeu Pellicciari (Gutiérrez), Lara e Vicente. Técnico: Humberto Cabelli
Copa da Grécia (Grécia) – 1970
Devido à preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1970, houve uma pausa no calendário do futebol nacional daquele ano e o Palmeiras aproveitou para fazer uma excursão para a Europa. Em uma das mais longevas viagens da história do clube, o elenco alviverde passou por sete países entre abril e junho. O primeiro foi a Grécia.
Com duas vitórias por 2 a 1 (uma sobre o A.S.O. Aris-GRE, em Salonica, gols de César Maluco e Cardoso, e outra diante do Olympiakos-GRE, em Atenas, gols de Eurico e Ademir da Guia), os comandados de Rubens Minelli garantiram a conquista de mais um título internacional. No duelo da capital, aliás, o lateral-direito Eurico marcou seu primeiro gol com a camisa do Verdão.
A excursão teve prosseguimento com uma série de amistosos por Croácia (à época parte da Iugoslávia), Sérvia (também integrante da ex-Iugoslávia), Itália, Geórgia (então território da União Soviética), Ucrânia (outro integrante da ex-União Soviética) e, por fim, Bósnia (também ex-Iugoslávia). Foram três vitórias, três empates e três derrotas.
Jogo decisivo
Olympiakos-GRE 1×2 Palmeiras
Data: 01/05/1970
Local: Estádio Karaiskakis, em Atenas (GRE)
Gols: Eurico e Ademir da Guia
Palmeiras: Neuri; Eurico (Neves), Luís Pereira, Nélson e Dé; Dudu (Cabralzinho) e Ademir da Guia; Copeu (Zé Carlos), Jaime (Cardoso), César Maluco e Pio (Edu Bala). Técnico: Rubens Minelli.
Copa Brasil-Japão (Japão) – 1967
Em junho de 1967, durante uma pausa no calendário do futebol nacional para a realização da Copa Rio Branco entre Seleção Brasileira e Seleção Uruguaia, o Palmeiras foi o primeiro grande clube do país a excursionar para o Japão – seis anos antes, o Madureira-RJ se tornara o pioneiro a desbravar o lendário arquipélago asiático.
O Verdão fez três jogos contra a Seleção Japonesa, todos no Estádio Olímpico de Tóquio e válidos pela Copa Brasil-Japão: venceu o primeiro por 2 a 0 (gols de Dario e Rinaldo), perdeu o segundo por 2 a 1 (gol de Tupãzinho) e, no derradeiro, saiu vitorioso novamente por 2 a 0 (gols de Jair Bala e Rinaldo), garantindo a taça.
Na última partida da excursão, o elenco alviverde foi saudado pelo então Imperador Hirohito, um dos monarcas que mais tempo ocuparam o trono japonês (1926 a 1989).
O curioso é que, nesta viagem, o Palmeiras foi comandado por Mário Travaglini, e não por Aymoré Moreira, então técnico e que acabara de levar o Verdão ao título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (o segundo brasileiro da história do clube).
Travaglini ocupou o cargo durante a excursão porque Moreira foi o convidado da CBF para dirigir a Seleção Brasileira na Copa Rio Branco (competição que terminou com Brasil e Uruguai declarados campeões porque as três partidas em Montevidéu terminaram empatadas).
Na volta do Japão, Moreira ficou no comando alviverde até outubro, quando se transferiu para o Flamengo. Travaglini, então, reassumiu o cargo de treinador e conduziu o Palmeiras ao título da Taça Brasil (terceiro título brasileiro do clube) em dezembro.
Jogo decisivo
Japão 0x2 Palmeiras
Data: 25/06/1967
Local: Estádio Olímpico, em Tóquio (JAP)
Gols: Jair Bala e Rinaldo
Palmeiras: Perez; Djalma Santos, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Jorge, Tupãzinho (Jair Bala), Dario e Rinaldo. Técnico: Mario Travaglini.
Torneio Quadrangular João Havelange – 1966
Como parte da preparação para a Copa do Mundo de 1966, da qual seria semifinalista, a Seleção da União Soviética excursionou pelo Brasil entre janeiro e fevereiro daquele ano e, logo na primeira parada, em São Paulo, participou do Torneio Internacional João Havelange, um quadrangular ao lado de Palmeiras, Corinthians e Flamengo, que estavam em pré-temporada.
Idealizada pelo Flamengo e patrocinada pela CBD (atual CBF), a competição era para ter sido disputada no Rio de Janeiro. Porém, o Maracanã foi interditado para servir de abrigo a vítimas de uma das piores enchentes da história da cidade – naquele verão de 1966, os cinco dias seguidos de chuvas fortes transbordaram rios e alagaram casas e ruas, deixando mais de 200 mortos e 50 mil desabrigados.
Transferido para São Paulo, o torneio teve a partida inaugural realizada no Parque Antarctica, onde o Palmeiras bateu o Flamengo por 3 a 2 (gols de Servílio e Rinaldo, duas vezes). Dois dias depois, no Morumbi, o Corinthians fez 3 a 1 nos soviéticos, que atuaram com um time misto, inclusive sem o lendário goleiro Lev Yashin.
A tabela previa para o fim de semana seguinte uma preliminar com disputa de terceiro lugar entre os perdedores das semifinais e uma partida final entre os vencedores. No entanto, os patrocinadores do torneio consideraram um desrespeito fazer a União Soviética, vice-campeã da Eurocopa de 1964, atuar numa preliminar. Além disso, havia o interesse do Palmeiras em enfrentar os soviéticos, pois uma vitória sobre eles “representaria excelente credencial para suas futuras temporadas no exterior”, segundo o jornal Correio da Manhã.
Resolvido o impasse, o Palmeiras enfrentou a URSS no dia 29, no Pacaembu, agora sob um novo regulamento: como era comum na época em quadrangulares disputados em duas rodadas, se apenas um clube obtivesse duas vitórias seguidas, este seria considerado o campeão. E assim foi. O Verdão fez 3 a 1 e, como Corinthians e Flamengo empataram em 0 a 0 no Pacaembu dois dias depois, o título foi para o Parque Antarctica.
O nome do torneio foi em homenagem ao então presidente da CBD, João Havelange, que presidiu a entidade de 1958 a 1975 e em seguida presidiu a Fifa até 1998.
Jogo decisivo:
Palmeiras 3×1 Seleção da União Soviética
Data: 29/01/1966
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Gols: Dudu, Ademar Pantera e Rinaldo
Palmeiras: Valdir de Morais; Djalma Santos (Luís Carlos), Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Zequinha (Suingue) e Dudu; Jairzinho, Servílio, Dario (Ademar Pantera) e Rinaldo. Técnico: Mário Travaglini.
URSS: Lev Yashin; Ponomarev, Shesterniev, Afonin e Danilov; Malofeiev e Khusainov; Metreveli, Kopaiev (Chislenko), Banichevski e Meskhi. Técnico: Nikolai Morozov.
Torneio IV Centenário do Rio de Janeiro – 1965
Pouco mais de um mês depois de encantar o Brasil na conquista do Torneio Rio-São Paulo de 1965, em que disputou cinco jogos no Maracanã e venceu todos, o Palmeiras voltou ao estádio carioca para a disputa do segundo Torneio IV Centenário do Rio de Janeiro. Na semifinal, vitória sobre a Seleção do Paraguai por 5 a 2, com gols de Tupãzinho, duas vezes, Servílio, Rinaldo e Monges contra, enquanto o Peñarol-URU bateu o Fluminense por 3 a 1.
Na final, empate sem gols com o Peñarol-URU e título nos pênaltis após o goleiro Valdir de Morais defender duas cobranças do craque Pedro Rocha e ver a terceira ir para fora (à época, a regra do torneio previa que o mesmo jogador cobrasse três penalidades consecutivas). Rinaldo marcou para o Verdão e garantiu a taça.
Fundada em 1 de março de 1565, a cidade do Rio de Janeiro é a segunda mais antiga do Brasil, atrás apenas de Salvador (BA), fundada em 1549, e foi a capital do Brasil entre 1763 e 1808 e entre 1822 e 1960, além de ter sido capital do Reino de Portugal entre 1808 e 1822. O torneio vencido pelo Palmeiras foi o segundo daquele ano em homenagem ao aniversário da cidade – o primeiro foi em janeiro, vencido pelo Vasco contra Flamengo, Atlético de Madrid e Alemanha Oriental.
Jogo decisivo
Peñarol (0) 0x0 (1) Palmeiras
Data: 11/07/1965
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Palmeiras: Valdir de Morais; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu e Ademir da Guia (Dario); Gildo (Julinho Botelho), Servílio, Tupãzinho e Rinaldo. Técnico: Filpo Nuñez.
Peñarol: Mazurkiewicz; Forlán, Lezcano, Varela e Caetano; Dávila e Pedro Rocha; Abbadie, Hector Silva (Reznik), Spencer e Joya. Técnico: Roque Gastón Máspoli.
Torneio Quadrangular de Lima (Peru) – 1962
Competição disputada durante a pré-temporada de 1962 por dois brasileiros (Palmeiras e Botafogo-RJ) e dois peruanos (Sporting Cristal-PER e Universitario-PER) na capital do Peru. Todos os times se enfrentaram e aquele que somasse mais pontos seria o campeão.
O Palmeiras garantiu a taça ao vencer o Sporting Cristal-PER por 3 a 0 (dois gols de Américo Murolo e um de Vavá), o Universitario-PER por 3 a 1 (gols de Américo Murolo, Djalma Santos e Vavá) e o Botafogo-RJ por 1 a 0 (gol de Vavá).
Dias antes, na mesma excursão pela América do Sul, a equipe alviverde havia conquistado o Torneio Cidade de Manizales, na Colômbia, ao bater bater o Once Caldas-COL por 2 a 1 e o Millonarios-COL por 4 a 0, além de disputar sete amistosos (vitórias por 3 a 2 sobre o Universitario-PER, 1 a 0 sobre o Alianza Lima-PER e 2 a 1 sobre o Deportivo Municipal-PER no Peru; goleada por 4 a 1 sobre o Sport Patria-EQU no Equador; empate por 1 a 1 com o Millonarios-COL e vitória por 5 a 1 sobre o América de Cali-COL na Colômbia; e goleada por 4 a 1 sobre a LDU-EQU no Equador).
Jogo decisivo
Botafogo 0x1 Palmeiras
Data: 13/02/1962
Local: Estádio Nacional, em Lima (PER)
Gols: Vavá
Palmeiras: Rosan; Jorge, Djalma Santos, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Hélio Burini; Gildo, Américo Murolo, Vavá e Geraldo (Goiano). Técnico: Maurício Cardoso.
Botafogo: Manga; Pampolini, Zé Maria, Nílton Santos e Rildo; Ayrton (Edison) e Didi; Garrincha, China (Amoroso), Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.
Torneio Cidade de Manizales (Colômbia) – 1962
O Palmeiras iniciou a pré-temporada de 1962 com uma excursão pela América do Sul, atravessando o Peru com 100% de aproveitamento nos amistosos (3 a 2 no Universitario-PER, 1 a 0 no Alianza Lima-PER e 2 a 1 no Deportivo Municipal-PER) e batendo o Sport Patria-EQU por 4 a 1 no Equador, também em duelo amistoso.
Na sequência, o Verdão foi ao interior da Colômbia para a disputa do Torneio Cidade de Manizales e ficou com a taça ao bater o Once Caldas-COL por 2 a 1 (gols de Américo Murolo e Vavá) e o Millonarios-COL por 4 a 0 (dois gols de Américo Murolo, um de Vavá e um de Julinho Botelho). Ainda em solo colombiano, a equipe alviverde realizou um amistoso em Bogotá contra o Millonarios-COL (empate em 1 a 1) e em Cali contra o América de Cali-COL (vitória por 5 a 1).
Depois, os palmeirenses golearam a LDU-EQU por 4 a 1 em amistoso no Equador e voltaram ao Peru para conquistar o Torneio Quadrangular de Lima após superar Sporting Cristal-PER por 3 a 0, Universitario-PER por 3 a 1 e Botafogo-RJ por 1 a 0.
Jogo decisivo
Millonarios 0x4 Palmeiras
Data: 24/01/1962
Local: Estádio Palogrande, em Manizales (COL)
Gols: Américo Murolo (2), Vavá e Julinho Botelho
Palmeiras: Rosan; Jorge, Djalma Santos, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo Murolo, Vavá e Geraldo. Técnico: Maurício Cardoso.
Millonarios: Centurión; Ávila, Lombana, Bolla e Vulcano; Jamardo e Klinger; Ângulo, Arango, Campillo e Benítez. Técnico: Gabriel Ochoa.
Taça México (México) – 1952
Na metade da temporada de 1952, ao final do Torneio Rio-São Paulo, o Palmeiras foi ao México disputar uma série de partidas para preencher um vazio no calendário do futebol brasileiro.
Após bom desempenho nos sete primeiros amistosos da excursão (vitórias por 3 a 1 sobre o Necaxa-MEX, 3 a 1 sobre o Chivas-MEX, 2 a 1 sobre o Deportivo Oro-MEX, 2 a 0 sobre o León-MEX e 1 a 0 novamente sobre o Deportivo Oro-MEX; empate por 2 a 2 com o Atlante-MEX e derrota por 1 a 0 para o mesmo Atlante-MEX), o Verdão encarou a própria Seleção Mexicana na capital do país e levou a Taça México ao vencer por 3 a 2. Jair Rosa Pinto, então camisa 10 palmeirense, foi eleito o melhor jogador da excursão e ganhou o Troféu Tupinambá da Federação Mexicana de Futebol.
Naquele mesmo mês de junho, a equipe alviverde ainda passaria pela Costa Rica, onde disputou dois troféus e conquistou ambos, com vitórias por 2 a 1 sobre o Orion-CRC e o Deportivo Saprissa-CRC.
Jogo decisivo
México 2×3 Palmeiras
Data: 01/06/1952
Local: Estádio Olímpico, na Cidade do México (MEX)
Gols: Moacir e Jair Rosa Pinto (2)
Palmeiras: Fábio Crippa; Salvador e Juvenal; Sarno, Túlio e Luís Villa; Ponce de León, Moacir, Liminha, Jair Rosa Pinto e Lima. Técnico: Abel Picabéa.
Taça Peñarol (Uruguai) – 1951
Palmeiras e Peñarol-URU se enfrentaram em jogos de ida e volta durante a intertemporada de 1951 (entre o fim do Torneio Rio-São Paulo e o início da Taça Cidade de São Paulo, ambas vencidas pelo Verdão). No primeiro duelo, empate sem gols no Pacaembu. No segundo, o Palmeiras ficou com o troféu ao bater o adversário no estádio Centenário de Montevidéu por 2 a 1.
A disputa ocorreu menos de um ano após a decisão da Copa do Mundo de 1950, vencia pelo Uruguai por 2 a 1 sobre o Brasil em pleno Maracanã, e os times contavam com grandes expoentes daquelas seleções, como Jair Rosa Pinto (Palmeiras) e Ghiggia (Peñarol), autor do gol que garantiu o título mundial aos uruguaios.
Jogo decisivo
Peñarol-URU 1×2 Palmeiras
Data: 28/04/1951
Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU)
Gols: Lima e Jair Rosa Pinto
Palmeiras: Oberdan; Salvador e Juvenal; Waldemar Fiume, Luís Villa e Dema; Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues Tatu. Técnico: Ventura Cambon.
Copa Euro-América – 1996
A segunda edição da Copa Euro-América foi realizada cinco anos após a primeira, também reunindo duas equipes brasileiras em pré-temporada e, em vez de duas, uma equipe alemã em intertemporada por conta do inverno local. Novamente em disputa por pontos corridos, Palmeiras, Flamengo e Borussia Dortmund-ALE se enfrentaram em uma sede única, o estádio Castelão, em Fortaleza (CE).
O Borussia Dortmund-ALE, bicampeão alemão nas temporadas 1994/95 e 1995/96, viria a ser o campeão europeu e mundial em 1997. Mas, em terras cearenses, sofreu uma das piores derrotas da sua história. Após empatar por 1 a 1 com o Flamengo, os alemães encararam um Palmeiras que se montava para faturar o Paulistão de 1996 com média superior a três gols por partida e foi massacrado: 6 a 1 para os comandados de Vanderlei Luxemburgo, com gols de Rivaldo (três), Luizão, Cafu e Elivélton.
Na última partida, o Palmeiras jogava pelo empate. Ao Flamengo, só restava a vitória. Os rubro-negros saíram na frente com Romário, mas Rivaldo deixou tudo igual e garantiu o bicampeonato da Euro-América para os alviverdes.
A competição ainda teve uma última edição, em 1999, com a participação do São Paulo, do Olimpia-PAR e do Bayer Leverkusen-ALE. Os tricolores levaram a taça após vencer os paraguaios e os alemães no Estádio do Morumbi.
Jogo decisivo
Flamengo 1×1 Palmeiras
Data: 25/01/1996
Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Gol: Rivaldo
Palmeiras: Velloso; Gustavo (Wagner), Sandro, Cléber e Júnior (Elivélton); Galeano (Magrão), Amaral, Cafu e Rivaldo; Müller e Luizão (Marco Osio). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Flamengo: Sérgio; Índio (Alcir), Jorge Luiz, Ronaldão e Lira; Mancuso, Márcio Costa, Djair (Marques) e Rodrigo Mendes; Gláucio (Sávio) e Romário. Técnico: Joel Santana.
Copa Euro-América – 1991
Realizada em janeiro como pré-temporada para os times brasileiros e intertemporada para as equipes alemãs que fugiam do rigoroso inverno local, a Copa Euro-América teve a primeira edição disputada em 1991 e reuniu Palmeiras, Corinthians, Stuttgart-ALE e Hamburgo-ALE. As partidas foram disputadas no estádio do Canindé, da Portuguesa-SP, em São Paulo (SP), e no estádio municipal Dr. Ronaldo Junqueira, onde atua a Caldense-MG, em Poços de Caldas (MG).
O regulamento era de pontos corridos, sendo que clubes do mesmo país não se enfrentariam. Na rodada paulista, contra o Hamburgo-ALE (5º colocado na Bundesliga 1990/91), o Corinthians venceu por 1 a 0 e o Palmeiras venceu por 2 a 0, gols dos laterais Dida e Marques. Já na rodada mineira, contra o Stuttgart-ALE (6º colocado na Bundesliga 1990/91 e campeão em 1991/92), o Corinthians foi derrotado por 2 a 1 e o Palmeiras venceu por 2 a 0, dois gols de Betinho.
Com quatro pontos, o Verdão se sagrou campeão – à época, a vitória valia dois pontos. O Corinthians, campeão brasileiro em 1990, foi o segundo colocado com os mesmos dois pontos do Stuttugart-ALE, mas com saldo melhor (0 a -1). O Hamburgo-ALE foi o lanterna com zero.
Jogo decisivo
Palmeiras 2×0 Stuttgart-ALE
Data: 31/01/1991
Local: Estádio Dr. Ronaldo Junqueira, em Poços de Caldas (MG)
Gols: Betinho (2)
Palmeiras: Ivan; Odair, Toninho Cecílio, Aguirregaray e Albéris; Galeano, Betinho e Ranielli; Jorginho (Fred), Marcelo e Erasmo (Marques). Técnico: Dudu.
Stuttgart: Immel; Schafer, Sammer e Buchwald; Basualdo, Schnalke, Hartmann, Buck e Frontzeck (Strehmel); Fritz Walter e Kastl. Técnico: Christoph Daum.
Taça Lúcio Veiga – 1927
Então campeão paulista, o Palestra Italia foi o escolhido pelo extinto Clube Atlético Independência para a inauguração de seu estádio, no dia 7 de setembro de 1927, exatos 105 anos após a separação oficial entre Brasil e Portugal. O local onde a equipe verde, amarela, azul e branca inaugurava seu campo não poderia ser mais emblemático: o bairro do Ipiranga, em São Paulo, mais precisamente na rua dos Ituanos, bem perto de onde ocorreu o evento conhecido como o Grito do Ipiranga por Dom Pedro I, às margens do riacho de mesmo nome.
A inauguração da casa do Independência, fundado em 1918, foi celebrada como um mega evento. Houve presença de autoridades, militares, troca de cesta de flores entre os capitães das equipes e mais de um jogo disputado – além de Independência x Palestra, houve também um duelo preliminar entre Ypiranga e Sílex.
Em um gesto de cordialidade, a família Jafet (cujos negócios impulsionaram o desenvolvimento do bairro e que até hoje batiza avenida, rua e praça na capital) ofereceu um troféu ao vencedor da partida entre Palestra Italia e Independência. O nome da taça, Lúcio Veiga, foi uma homenagem ao então vice-presidente da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos). O dirigente, inclusive, deu o pontapé inicial do jogo.
Em campo, o Palestra superou o adversário por 4 a 2, com gols de Tedesco, Carrone, Heitor e Melle. Ao final daquela temporada, o Verdão conquistaria o título paulista mais uma vez, consolidando seu primeiro bicampeonato estadual.
C.A. Independência 2×4 Palestra Italia
Data: 07/09/1927
Local: Campo do Independência, em São Paulo (SP)
Árbitro: Benedito do Amaral
Gols: Tedesco, Carrone, Heitor e Melle
Palestra Italia: Nanni; Bianco e Pepe; Xingó, Amílcar e Serafini; Tedesco, Heitor, Carrone, Lara e Melle. Técnico: Dante Vagnotti.
Taça Falci – 1919
Este troféu foi colocado em disputa em uma partida amistosa entre o Palestra Italia e o Minas Gerais-SP, na Chácara da Floresta, dia 16 de março de 1919. O duelo estava marcado, inicialmente, para o dia 9 de fevereiro, mas precisou ser adiado devido às fortes chuvas que encharcaram o gramado.
Entregue por Ernesto Falci, a taça foi fornecida pelo empresário Antonio Falci, imigrante italiano que morava em Minas Gerais e se mudou para São Paulo em 1914, quando fundou a Casa Falci no centro da cidade, onde hoje estão lojas de vestidos de noiva. Atuante na colônia italiana e admirador do futebol, Antonio apaixonou-se pelo Paestra Italia. Em 1922, ele voltou para Belo Horizonte e assumiu o negócio do pai, a Casa Falci, que até hoje vende material de construção na capital mineira, e seguiu envolvido com futebol, a ponto de ter se tornado presidente do Palestra Italia de MG, atual Cruzeiro, em 1927 e em 1928/29.
Palestra Italia 4×0 Minas Gerais-SP
Data: 16/03/1919
Local: Chácara da Floresta, em São Paulo (SP)
Árbitro: Manuel de Freitas Pinto Júnior
Gols: Ministro, Heitor e Aldighieri (2)
Palestra Italia: Flosi; Bianco e Grimaldi; Pedretti, Picagli e Arturo Fabbi; Forte, Ministro, Heitor, Aldighieri e Ferré. Técnicos: Giuseppe Roberti e Giuseppe Longobardi.
Taça Independência Brasil-Uruguai – 1965
No dia 7 de setembro de 1965, o Verdão representou o país num amistoso contra a poderosa Seleção Uruguaia, na inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, e saiu de campo com o honroso placar de 3 a 0 a seu favor.
Pela primeira vez no cenário do futebol nacional, uma equipe brasileira foi convidada para compor toda a delegação do Brasil. Do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas, a Academia do Palmeiras, treinada pelo saudoso Filpo Nuñez, vestiu a Amarelinha com propriedade. O argentino é um dos dois estrangeiros a terem comandado a Seleção Brasileira (o outro foi o uruguaio Ramón Platero, na década de 20).
Em meio à época áurea de times como o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha, o Palmeiras, sob critério da extinta CBD, foi escolhido por se tratar da melhor equipe do futebol brasileiro em atividade no período. Já o Uruguai vinha de classificação para o Mundial de 1966 de forma invicta e apresentava craques como Manicera (que depois desfilou sua técnica no Flamengo), Cincunegui (ídolo no Atlético-MG), Varela, Douksas, Esparrago, entre outros.
Não teve jeito. Numa partida que entrou para a história do futebol mundial, o Palmeiras goleou por 3 a 0 – gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano – e cravou uma das páginas mais gloriosas de sua vasta trajetória de títulos e conquistas.
“Foi algo mágico, imensurável na época e nos dias atuais. Foi o dia em que um clube de futebol representou toda uma nação. Não sei se vai existir uma homenagem desse tipo algum dia. É algo que até hoje sou lembrado e que o Palmeiras vai carregar para o resto de sua vida”, afirmou Valdir Joaquim de Morais, goleiro do “Palmeiras Canarinho” naquela ocasião.
O troféu conquistado pela Seleção ficou na sede da CBD (depois CBF) por exatos 23 anos. Em 1988, decidiu-se pelas partes que o Verdão deveria honrosamente ficar com a taça. “Até hoje fico pensando naquele jogo. Foi uma homenagem feita pela CBD ao nosso grande time, a Academia do Palmeiras. Os mais jovens precisam sempre saber disso e ter orgulho desse jogo. O Palmeiras um dia foi Brasil, e isso ninguém mais vai apagar”, destacou Ademir da Guia, camisa 10 na partida contra a Celeste.
Brasil (Palmeiras) 3×0 Uruguai
Data: 07/09/1965
Local: Estádio Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Eunápio de Queirós
Gols: Rinaldo, Tupãzinho e Germano
Brasil (Palmeiras): Valdir de Morais (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, (Valdemar Carabina), Procópio e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho Botelho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario Alegria). Técnico: Filpo Nuñez.
Seleção do Uruguai: Walter Taibo (Carlos Fogni); Héctor Cincunegui (Miguel de Britos), Jorge Manicera e Luis Alberto Varela; Omar Caetano, Raúl Núñez (Homero Lorda), Héctor Salvá e Horacio Franco; Héctor Silva (Orlando Virgili), Vladas Douksas e Víctor Espárrago (Julio César Morales). Técnico: Juan López.
Campeonato Paulista Feminino – 2001
O Campeonato Paulista de Futebol Feminino de 2001 foi a nona edição do estadual, e o Palmeiras conquistou seu primeiro título ao bater a Matonense na final.
Na primeira fase, as equipes formaram um único grupo no qual jogaram entre si em turno único, e passariam à semifinal os quatro primeiros colocados. Após se classificar em 3º lugar, com 21 pontos em 11 partidas (seis vitórias, três empates e apenas duas derrotas), o Palmeiras enfrentou o Corinthians nas semifinais. Do outro lado, estavam Matonense e Guarani (respectivamente, o primeiro e o quarto colocado na primeira fase).
A semifinal foi disputada em apenas um jogo, da mesma forma da grande decisão. O Palmeiras sobrou em cima do arquirrival e goleou por 4 a 1, enquanto o Matonense despachou o Guarani vencendo por 2 a 0. Já na grande final, dia 16 de dezembro de 2001, no estádio Ícaro de Castro Mello (Ibirapuera), o jogo foi mais equilibrado e o Palmeiras foi campeão vencendo o Matonense pela contagem de 1 a 0, gol de Zangão.
O Palmeiras do técnico Marcello Frigerio atuou com Ana Paula; Juliana, Dulce, Regiane e Robertinha; Liese (Joyce), Ariana e Zangão; India, Magrão (Clarisma) e Ronaldinha.
Taça Carlo del Prete – 1928
Patrocinada pelo Conde Francisco Matarazzo Junior, a Taça Carlo del Prete foi oferecida ao vencedor de um clássico entre Palestra Italia e Corinthians disputado no Parque Antarctica, em 23 de dezembro de 1928.
O evento foi idealizado pela Associazione Italiana Reduci di Guerra (Sociedade Italiana dos Ex-combatentes e Mutilados de Guerra) em homenagem ao aviador, major e desbravador italiano Carlo del Prete, falecido meses antes – em 8 de julho daquele ano, enquanto estava no Rio de Janeiro testando o hidroavião Savoia-Marchetti S.62, ele sofreu um grave acidente, teve uma perna amputada e foi a óbito em 16 de agosto.
Foi naquele ano de 1928, a bordo do Savoia-Marchetti S.64 e acompanhado do compatriota Arturo Ferrarin, que Del Prete conquistou o recorde mundial de duração de voo em circuito fechado (58h37 min, na Italia) e o recorde de distância percorrida sem escala, saindo de Montecelio, em Roma, e chegando a Touros, no Rio Grande do Norte, cruzando 7.163 km em 49h19 min.
O Derby foi o ponto alto de um festival em memória do aviador – antes da partida, por exemplo, membros da equipe de ginástica da Escola de Educação Física da Força Pública se apresentaram com diversas demonstrações de acrobacias, animando e prendendo a atenção da torcida e das autoridades presentes.
A partida encerrou a temporada de 1928, e o Verdão superou o rival por 3 a 1, com gols de Lara, Carrone e Osses, ficando sob posse da Taça Carlo del Prete e, de quebra, contribuindo para a história da cidade de São Paulo ao destinar parte da renda para a construção do monumento Heróis da Travessia, hoje localizado no Parque da Barragem, em frente à represa de Guarapiranga.
Palestra Italia 3×1 Corinthians
Data: 23/12/1928
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Alzemiro Ballio
Gols: Lara, Carrone e Osses
Palestra Italia: Rabello; Bianco e Miguel Paschoarelli; Amílcar, Goliardo e Serafini; Ministrinho, Carrone, Miguel Feite, Lara e Osses. Técnico: Joaquim de Almeida (Bororó).
Corinthians: Zorzan; Grané e Del Debbio; Nerino, Soares e Munhoz; Aparício, Gambinha, Rodrigues, Rato I e De Maria.
Taça Charitas – 1920
Grande força do futebol de São Paulo no início do século 20, o Paulistano foi o adversário do Palestra Italia na disputa da Taça Charitas, oferecida ao vencedor do amistoso disputado no dia 29 de junho de 1920, no Parque Antarctica. Os rivais se encontrariam meses depois, em dezembro, no jogo-desempate que culminou no primeiro título de campeonato do Palmeiras em sua história.
A renda da partida foi destinada em benefício ao Hospital da Caridade Braz, que passou por uma grande reforma e foi reinaugurado no mês seguinte com instalações modernas e ampliadas. A ideia de o troféu ter sido colocado em disputa partiu de um grupo de benfeitores filantrópicos chamado ‘Charitas Certamen’, por isso o nome da taça.
Palestra Italia 3×1 Paulistano-SP
Data: 29/06/1920
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Manoel Domingos Corrêa
Gols: Constantino e Heitor (2)
Palestra Italia: Primo; Oscar e Gildo; Valle, Severino e Gasparini; Caetano, Ministro, Heitor, Constantino e Martinelli. Técnico: Adriano Merlo.
Taça Conde Francisco Matarazzo – 1929
Para homenagear o Conde Francisco Matarazzo, um dos homens mais poderosos da capital paulista na época e “padrinho” do Palestra Italia desde a fundação do clube, em 1914, o Verdão colocou em disputa uma taça com seu nome em 1929.
O duelo com o Botafogo-RJ foi uma espécie de revanche. Aconteceu em 17 de março de 1929, oito dias depois de o Conde completar 75 anos de idade, no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e o Palestra conquistou a taça ao ganhar dos alvinegros pelo mesmo placar que havia perdido exatamente uma semana antes, no Parque Antarctica: 3 a 2 (gols marcados por Ministrinho, Heitor e Carrone).
Na ocasião do jogo anterior, em 10 de março, o Botafogo estava de passagem por São Paulo e o jornal Il Piccollo (periódico italiano muito popular na capital paulista à época) promoveu uma disputa entre o clube carioca e o Palestra, cujo vencedor levaria um troféu com o nome do jornal. O Botafogo venceu por 3 a 2.
A partida nas Laranjeiras teve a estreia do goleiro Nascimento, um dos destaques palestrinos nas décadas de 20 e 30, inclusive titular do esquadrão tricampeão paulista em 1932-33-34 e campeão do primeiro Rio-São Paulo da história, em 1933. Ainda em 1929, aos 20 anos de idade, Nascimento também foi incorporado ao time de basquete do Palestra Italia, conquistando títulos metropolitanos e um estadual pelo clube.
Botafogo-RJ 2×3 Palestra Italia
Data: 17/03/1929
Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Francisco Céspedes Guerra
Gols: Ministrinho, Heitor e Carrone
Palestra Italia: Nascimento; Bianco e Miguel Paschoarelli; Xingó (Pepe), Amílcar e Serafini; Ministrinho, Carrone, Heitor, Lara (Patrício) e Osses. Técnico: Adriano Merlo.
Taça City – 1922
A Taça City foi oferecida ao vencedor da partida entre Palestra Italia e Botafogo-RJ no dia 03 de maio de 1922, no Parque Antarctica. Foi o primeiro jogo da história do Palmeiras contra um dos atuais quatro grandes clubes do Rio de Janeiro.
Naquele dia, o Palestra venceu por 1 a 0, com gol de Caetano Imparato, e ficou com o troféu. O duelo foi uma verdadeira festividade: os times trocaram cestas de flores, e os presidentes dos dois clubes discursaram antes de os jogadores tomaram as suas posições. O mandatário alviverde, Davide Picchetti, deu o pontapé inicial da partida.
Palestra Italia 1×0 Botafogo-RJ
Data: 03/05/1922
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Everardo Martins
Gol: Caetano Imparato
Palestra Italia: Primo; Bianco e Gasperini; Ítalo, Picagli e Arturo Fabbi; Forte, Ministro, Pilla, Caetano Imparato e Martinelli. Técnicos: Dante Vagnotti, Augusto Roveri, Bianco e Picagli (ground committeè).
Botafogo: Haroldo; Palamone, Alemão e Police; Alfredinho e Lagreca; Leite, Alkindar, Celso, Arlindo e Neco.
Taça Dr. Benedicto Montenegro – 1920
A Taça Benedicto Montenegro, disputada no dia 11 de abril de 1920, marcou o primeiro jogo do Palmeiras contra uma equipe do Rio Grande do Sul. Então vice-campeão paulista, o Palestra Italia recebeu no Parque Antarctica o Brasil de Pelotas-RS, que em 1919 havia se tornado o primeiro campeão gaúcho da história.
O troféu foi uma homenagem ao médico, político e agropecuarista paulista Benedicto Augusto de Freitas Montenegro, um dos principais cirurgiões do Brasil na época, tendo sido o primeiro da América Latina a realizar uma gastrectomia com êxito completo. Mais tarde, foi deputado estadual e reitor da Universidade de São Paulo (USP).
Na vida esportiva, Montenegro também foi árbitro e apitou a vitória do Palestra Italia sobre o Paulistano por 3 a 2 em 18 de março de 1917, valendo a Taça Comendador Gaetano Pepe. Em 1921, ele assumiu a presidência da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), atual Federação Paulista de Futebol.
Palestra Italia 2×1 Brasil de Pelotas-RS
Data: 11/04/1920
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Emílio Cordes
Gols: Heitor e Caetano
Palestra Italia: Primo; Gildo e Oscar; Pedretti, Picagli e Arturo Fabbi; Caetano, Forte, Heitor, Ernesto Imparato e Aldighieri. Técnico: Giuseppe Roberti.
Taça Guarany – 1922
A Taça Guarany marcou o primeiro jogo do Palmeiras contra um adversário internacional. O duelo foi com o Paraguai e aconteceu no dia 26 de outubro de 1922, exatos oito anos e dois meses após a fundação do clube. O Palestra Italia ficou com o troféu ao superar o adversário por 4 a 1.
A Seleção Paraguaia estava no Brasil para a disputa da sexta edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol (atual Copa América) e terminou a competição como vice-campeã. O título ficou com a Seleção Brasileira, pela segunda vez na história – a primeira foi em 1919.
Ocupando um território que compreende todo o Paraguai, regiões do Brasil e pedaços da Bolívia e da Argentina, o povo Guarani é uma das mais representativas etnias indígenas do continente e foi uma das primeiras a terem sido impactadas pela chegada dos europeus. Deste contato, por exemplo, surgiu a fundação de Assunção, atual capital do Paraguai.
Palestra Italia 4×1 Paraguai
Data: 26/10/1922
Local: Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Sylvio Lagrecca
Gols: Heitor (3) e Caetano Imparato
Palestra Italia: Primo; Nigro e Gasperini; Bertolini, Xingo e Arturo Fabbi; Forte, Ministro, Heitor, Caetano Imparato e Martinelli. Técnico: Angelo Bernardelli.
Seleção do Paraguai: Denis; González e Paredes; Miranda, Fleitas Solich e Benítez; Schaere, Capdeville, Lopes, Rivas e Prates. Técnico: Fleitas Solich.
Florida Cup (EUA) – 2020
A Florida Cup, nos Estados Unidos, marcou o início da gloriosa temporada de 2020 para o Palmeiras e a reestreia do técnico Vanderlei Luxemburgo, em sua quinta passagem pelo Palestra Italia. Foi também nesta competição que estrearam Gabriel Menino, Patrick de Paula e Wesley, Crias da Academia protagonistas na conquista da Tríplice Coroa (Paulista, Copa do Brasil e Libertadores) daquele ano e de outros títulos posteriores.
Além do Palmeiras, participaram do torneio o Atlético Nacional-COL, o New York City-EUA e o Corinthians. O regulamento previa a disputa em pontos corridos, mas as equipes brasileiras não se enfrentariam, assim como colombianos e estadunidenses. Ou seja, cada time faria duas partidas e, em caso de empate no tempo regulamentar, um ponto extra seria decidido em cobranças de pênaltis.
Na primeira rodada, o Corinthians venceu o New York City-EUA por 2 a 1, enquanto Palmeiras e Atlético Nacional-COL empataram sem gols. Nos pênaltis, porém, deu Verdão: 10 a 9 e dois pontos somados, contra um dos colombianos e três dos corintianos. Na segunda rodada, o Palmeiras bateu os estadunidenses por 2 a 1 (gols de Lucas Lima e Willian Bigode) e chegou a cinco pontos.
Para o Verdão ficar com o título, o Corinthians não poderia ganhar do Atlético Nacional-COL nem poderia empatar com gols e vencer nos pênaltis. Os rivais acabaram derrotados por 2 a 1, entregando a taça de bandeja para o Maior Campeão do Brasil.
Jogo decisivo
New York City-EUA 1×2 Palmeiras
Data: 18/01/2020
Local: Exploria Stadium, em Orlando (EUA)
Árbitro: Elvis Osmanovic (EUA)
Gols: Lucas Lima e Willian Bigode
Palmeiras: Weverton (Jailson); Marcos Rocha (Mayke), Felipe Melo (Pedrão), Gustavo Gómez (Luan) e Victor Luís (Diogo Barbosa); Gabriel Menino (Patrick de Paula), Bruno Henrique (Ramires, depois Zé Rafael), Lucas Lima (Alan) e Raphael Veiga (Willian); Dudu (Gabriel Veron) e Luiz Adriano (Wesley). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
New York City: Stuver (Barraza); Tinnerholm (Scally), Chanot (Ibeagha), Callens (Sands) e Matarrita (Rocha); Ring (Haak), Parks (Zelalem), Moralez (Jasson, depois Lansade), Mitrita (Fortune, depois Kim) e Mackay-Steven (Fatah); De Rosario (Kapanadze). Técnico: Ronny Deila.
Campeonato Paulista – 2023
O domingo de Páscoa teve um sabor ainda mais açucarado para o Palmeiras, que entrou em campo no Allianz Parque, precisando reverter o placar do revés sofrido por um gol de diferença diante do Água Santa na partida de ida da final do Campeonato Paulista (2 a 1 na Arena Barueri). Entretanto, o Verdão foi ainda além: com dois de Gabriel Menino (aos 15 e 27 do 1°T), de Endrick (34) e de Flaco López (28 do 2°T), o time de Abel Ferreira levou a agremiação esmeraldina à conquista de seu 25° Estadual.
Algumas coincidências marcaram a decisão. Uma delas foi que o placar da final do ano anterior se repetiu: em 2022, o Alviverde foi campeão após superar o São Paulo por 4 a 0, no mesmo estádio, e também precisando reverter um resultado do jogo de ida (havia perdido de 3 a 1 para o rival no Morumbi).
Outra coincidência foi que, novamente, Gabriel Menino brilhou e marcou duas vezes em um jogo que valeu taça ao Verdão em 2023. Isso porque, em janeiro deste ano, ele foi autor de dois gols na vitória por 4 a 3 na final da Supercopa do Brasil – taça obtida contra o Flamengo.
Esta foi a 16ª final de Campeonato Paulista disputada pelo Palmeiras, tendo sido campeão nove vezes (1920, 1936, 1959, 1974, 1993, 2008, 2020, 2022 e, agora, 2023) e vice sete vezes (1986, 1992, 1995, 1999, 2015, 2018, 2021). Além disso, essa também foi a quinta decisão contra um time de fora da capital: Santos (1959 e 2015), Internacional de Limeira (1986), Ponte Preta (2008) e Água Santa (2023).
Em casa, o Palmeiras manteve sua fama de durão em queda-de-braço. Só em 2023, foram três disputas em jogo mata-mata e 100% de aproveitamento – as outras duas vitórias foram em jogo único pelo Campeonato Paulista atual (quartas de final contra o São Bernardo e semifinal contra o Ituano).
Aliás, das sete finais disputadas na arena, o Palmeiras ganhou seis (Copa do Brasil 2015, Campeonato Paulista 2020, Copa do Brasil 2020, Recopa Sul-Americana 2022 e os Paulistas de 2022 e 2023), ficando com o vice uma vez (Paulista de 2018), e faturou ainda dois Campeonatos Brasileiros por pontos corridos (2016 e 2022).
Individualmente, não foi só Gabriel Menino que brilhou. Além de Endrick e López, que colocaram seus nomes no hall de jogadores que já marcaram gol pelo Verdão em finais, outros também se sobressaíram não só pelo futebol bem apresentado tecnicamente na decisão, mas também por números atingidos: o zagueiro Gustavo Gómez, por exemplo, alcançou ninguém menos do que Ademir da Guia como capitão que mais levantou taças pelo clube, ambos com sete títulos.
Já o goleiro Weverton, com esse título, se isolou como goleiro mais vezes campeão pelo Verdão (antes, dividia a primeira posição com Oberdan Cattani, com nove conquistas). Portanto, Weverton chegou ao seu incrível décimo título no Palmeiras (o jogador está no Verdão desde 2018).
Campanha
16 jogos (11 vitórias, 4 empates e 1 derrota)
25 gols marcados
7 gols sofridos
Jogo decisivo
Palmeiras 4×0 Água Santa
Campeonato Paulista 2023 (Final – volta)
Data: 09 de abril de 2023 (domingo)
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Horário: 16h00
Público: 41.444
Renda: R$ 3.580.469,93
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Cartões amarelos: Gabriel Menino, Dudu, Murilo, Vanderlan, Zé Rafael e José Manuel López (Palmeiras); Marcondes, Bruno Mezenga, Kady, Luan Dias e Júnior Todinho (Água Santa)
Gols: Gabriel Menino (15 e 27′ do 1ºT-PAL), Endrick (34′ do 1ºT-PAL) e José Manuel López (27′ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Murilo, Gustavo Gómez e Vanderlan; Zé Rafael, Gabriel Menino (Jhon Jhon) e Raphael Veiga (Fabinho); Dudu (José Manuel López), Rony (Breno Lopes) e Endrick (Garcia). Técnico: Abel Ferreira.
Água Santa: Ygor Vinhas; Reginaldo, Marcondes, Didi e Gabriel Inocêncio; Thiaguinho (Bruno Xavier), Kady (Patrick Allan), Igor Henrique (Cristiano) e Luan Dias; Lucas Tocantins (Júnior Todinho) e Bruno Mezenga. Técnico: Thiago Carpini.
Copa Lev Yashin (Rússia) – 1994
Então bicampeão paulista e futuro bicampeão brasileiro ao final daquela temporada, o Palmeiras aproveitou a pausa no calendário internacional durante a disputa da Copa do Mundo de 1994 para excursionar pela antiga União Soviética e pelo Japão.
A primeira parada foi em Moscou, capital da Rússia, onde o Verdão participou de um triangular em homenagem ao ex-goleiro russo Lev Yashin e conquistou o título ao bater o Dínamo de Moscou-RUS por 2 a 1 (gols de Roberto Carlos e Maurílio) e o Spartak de Moscou-RUS por 2 a 0 (gols de Evair e Edílson). As partidas foram de 45 minutos cada, disputadas no mesmo dia.
Apelidado de Aranha Negra por usar uniforme todo preto, Yashin é considerado o maior goleiro do século 20 por diversos órgãos de imprensa e pela própria Fifa. Jogou no Dinamo durante toda a carreira, de 1949 a 1971, e morreu em 1990. Em 1966, quando a União Soviética excursionou pelo Brasil em preparação para a Copa do Mundo daquele ano – na qual terminou na quarta posição –, o próprio Yashin cruzou o caminho do Palmeiras, que venceu os soviéticos por 3 a 1 e garantiu a conquista do Torneio Quadrangular João Havelange.
Sem o técnico Vanderlei Luxemburgo, que viajara aos Estados Unidos para acompanhar a Copa do Mundo, o Verdão jogou a Copa Lev Yashin comandado pelo preparador físico Walmir Cruz. A equipe alviverde também não contou com Edmundo, afastado por indisciplina, e Mazinho e Zinho, representantes palmeirenses na conquista do tetra – os substitutos, respectivamente, foram Maurílio, Amaral e Jean Carlo. Como não havia uma taça específica para o festival, a Federação Russa de Futebol cedeu ao Palmeiras o próprio troféu de campeão nacional daquela época, simbolizado pelas mãos de Yashin segurando uma bola.
Após a Copa Lev Yashin, o Palmeiras disputou uma série de amistosos na região, batendo o Tekstilchtchik-RUS por 3 a 0, o Lada Toliatti-RUS por 2 a 0, a Seleção da Geórgia por 1 a 0 e o Chernomorets-RUS também por 1 a 0. Depois, foi ao Japão e goleou o Jubilo Iwata-JAP por 5 a 0, empatou com o Kashima Antlers-JAP por 1 a 1, bateu o Yokohama Flugels-JAP por 4 a 0 e repetiu o placar contra o Nagoya Grampus Eight-JAP, este último valendo o Troféu Nagoya.
Campanha:
Jogos: 2 (2 vitórias)
Gols marcados: 4
Gols sofridos: 1
Jogo decisivo
Spartak Moscou-RUS 0×2 Palmeiras
Data: 15/06/1994
Local: Estádio Lujniki, em Moscou (RUS)
Gols: Evair e Edílson
Palmeiras: Fernández; Cláudio, Antônio Carlos, Cleber e Roberto Carlos; Cesar Sampaio, Amaral, Edílson e Jean Carlo; Maurílio e Evair. Técnico: Walmir Cruz.
Supercopa do Brasil – 2023
O dia 28 de janeiro de 2023 entrou para a história do Verdão por um acontecimento emblemático. O Palmeiras, campeão brasileiro de 2022, mediu forças com o Flamengo, campeão da Copa do Brasil 2022, em duelo válido pela decisão da Supercopa do Brasil. Mais do que uma disputa de pré-temporada, aquela decisão ganhou conotação ainda maior devido ao fato de justamente essas duas equipes vinham dividindo o protagonismo do futebol brasileiro nos últimos anos e, automaticamente, geravam discussão de qual deles era o time a ser batido. Era uma espécie de tira-teima.
Mas para o Palmeiras, além de comprovar sua superioridade a nível nacional, essa conquista também significaria um troféu inédito em sua galeria (inclusive, esse foi o segundo título inédito conquistado pela atual geração palmeirense, junto com o da Recopa Sul-Americana de 2022) e ainda selar a vingança perfeita contra o mesmo adversário e no mesmo local onde, dois anos antes, havia ficado com o vice dessa mesma disputa, da forma mais dolorosa: nos penais. Na ocasião da disputa de 2021, o Verdão era o Campeão da Copa do Brasil de 2020, enquanto o Flamengo, do Brasileiro daquele ano, e o rival levou a taça na decisão por pênaltis depois de um empate por 2 a 2 no tempo normal.
E a revanche foi perfeita para o Palmeiras. Embora que já naquele ano de 2021 já estivesse se sentido ‘vingado’ deste adversário pelo revés na Supercopa – pois conquistou a Libertadores ao fim daquela temporada justamente sobre o Rubro-Negro carioca, era necessário, agora, buscar essa taça até então inédita, ainda mais pelo fato de que essa decisão foi apimentada pelas circunstâncias praticamente idênticas à da disputa de 2021.
E desta vez, o Palmeiras, de fato campeão, terminou mesmo dando o troco em cima dos cariocas! Isso porque, no duelo daquele sábado, brilhou, principalmente, a estrela de dois jogadores do Verdão em especial: Raphael Veiga e Gabriel Menino – ambos marcaram dois gols cada na vitória por 4 a 3!
Vale lembrar que Veiga já vinha sendo sinônimo de gols decisivos nas finais de títulos recentes do Alviverde – sobre o São Paulo, na histórica virada pelo título Paulista de 2022; na Libertadores de 2021, contra o mesmo Flamengo; e inclusive na final da própria Supercopa de 2021 – fez os dois gols do Palmeiras no empate que, depois, culminaria com vitória adversária nas penalidades. Além disso, o meio-campista, anteriormente, havia deixado sua marca em finais como as da Recopa Sul-Americana de 2021 (contra o Defensa y Justicia-ARG) e na decisão do Mundial de Clubes de 2022, diante do Chelsea. O camisa 23 do Verdão, aliás, com essa ótima sequência, se tornou o maior artilheiro da história do Palmeiras em finais de campeonato, superando Evair.
Já o volante Gabriel Menino viveu um momento de retomada. Se tornou herói improvável após marcar duas vezes -inclusive fazendo o quarto gol, que fechou a contagem quando a partida estava empatada em 3 a 3 (o gol, de fato, decisivo). Menino viveu altos e baixos no Verdão e, anteriormente, em mais de 140 partidas pelo clube, jamais havia marcado duas vezes em um só jogo. Mas, naquele dia, o raio caiu duas vezes no mesmo lugar.
Desta forma, em uma decisão eletrizante, o Maior Campeão do Brasil saiu vitorioso no tempo normal pelo placar de 4 a 3, em um duelo repleto de reviravoltas: o Rubro-Negro saiu na frente, com Gabriel Barbosa, de pênalti, aos 25 do tempo. Ainda na etapa inicial, o Verdão virou para 2 a 1, com Raphael Veiga, aos 27, e Gabriel Menino, nos acréscimos. No início da segunda etapa, o Rubro-Negro buscou o empate para 2 a 2, outra vez com Gabriel Barbosa, aos 6 minutos. Não demorou muito porém, e o Verdão fez 3 a 2 com Veiga, aos 13 do segundo. Entretanto, os rivais, novamente, buscaram o empate para 3 a 3, dois minutos depois: aos 15 do segundo, Pedro fez o dele; até que, aos 28 da etapa final, Gabriel Menino fechou a contagem – 4 a 3!
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 4×3 FLAMENGO
Competição: Supercopa do Brasil 2023
Estádio: Estádio Mané Garrincha, em Brasília-DF (campo neutro)
Data/hora: 28 de janeiro de 2023/16h30 (de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)
Assistentes: Bruno Boschilia e Bruno Raphael Pires
VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira
Público / Renda: 56.095 / R$ 11.592.774,70
Cartões amarelos: Gabriel Menino e Abel Ferreira (Palmeiras); Gabriel Barbosa, David Luiz Everton Ribeiro, Marinho e Pedro (Flamengo)
Expulsões: Abel Ferreira, treinador (Palmeiras); Vitor Castanheiras e João Martins, auxiliares-técnicos (Palmeiras)
Gols: Gabriel Barbosa, aos 25′ do 1ºT (0-1); Raphael Veiga, aos 37′ do 1ºT (1-1); Gabriel Menino, aos 49′ do 1ºT (2-1); Gabriel Barbosa, aos 6 do 2ºT (2-2); Raphael Veiga, aos 13′ do 2ºT (3-2); Pedro, aos 15′ do 2ºT (3-3); e Gabriel Menino, aos 28 do 2ºT (4-3).
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino (Jailson, 33 do 2ºT), Zé Rafael (Luan, 42′ do 2ºT) e Raphael Veiga; Rony (Rafael Navarro, 42′ do 2ºT), Dudu (Breno Lopes, 42′ do 2ºT) e Endrick (Mayke, 18′ do 2ºT). Técnico: Abel Ferreira.
Flamengo: Santos; Varela (Matheuzinho, 31’/2T), David Luiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas (Matheus França, 50’/2T); Thiago Maia, Gerson (Vidal, 35’/2T), Everton Ribeiro e Arrascaeta (Cebolinha, 31’/2T); Gabi e Pedro. Técnico: Vitor Pereira.
Taça Savoia – 1915
24 de janeiro de 1915 é a data do primeiro jogo, da primeira vitória e da conquista do primeiro troféu da história da Sociedade Esportiva Palmeiras. No contexto de apresentação à sociedade paulista do então Palestra Italia (fundado em 26 de agosto do ano anterior e que optou por passar alguns meses se preparando, dentro e fora de campo, antes de fazer sua estreia), o adversário escolhido foi o tradicional Sport Club Savoia, também de origem italiana e que surgiu no primeiro dia do século XX, sendo um dos pioneiros da história do futebol brasileiro e, à época, uma força do interior.
A partida, disputada no antigo Campo do Castelão, situado na atual cidade de Votorantim (SP), então um distrito de Sorocaba (SP), teve início às 14h15 e terminou com vitória alviverde por 2 a 0. Coube ao zagueiro Bianco, de pênalti, a honra de marcar o primeiro gol da vida palestrina. O atacante Alegretti, também de pênalti, fechou o placar e garantiu ao clube a Taça Savoia, oferecida pela equipe local.
Além do jogo, foram organizados vários festejos com o intuito de enaltecer a Casa de Savoia, da família real italiana, grande responsável pela Unificação Italiana em meados do século XIX. Durante a Segunda Guerra Mundial, assim como o Palestra foi obrigado a mudar de nome, o Savoia também passou pelo mesmo processo e hoje se chama Clube Atlético Votorantim.
SPORT CLUB SAVOIA 0x2 PALESTRA ITALIA
Data: 24/01/1915
Competição: Taça Savoia
Local: Campo do Castelão, em Votorantim (SP)
Árbitro: Sylvio Lagreca
Gols: Bianco e Alegretti
Palestra Italia: Stillitano; Bonato e Fúlvio; Police, Bianco e Valle; Cavinato, Américo, Alegretti, Amílcar e Ferré.
Savoia: Colbert; Ferreira e Silvestrini; Gigi, Zecchi e Fredich; Imparato, Cardoso, Ferreira II, Imparatinho e Pinho.
Campeonato Brasileiro – 2022
Com a derrota do Internacional para o América-MG por 1 a 0, em Belo Horizonte (MG), o Palmeiras entrou em campo para enfrentar o Fortaleza já campeão e goleou a equipe cearense por 4 a 0, confirmando seu 11º título da principal competição nacional. A campanha foi histórica: líder desde a 10ª rodada, com uma sequência invicta de 22 jogos e com apenas um revés como visitante, mais uma vez o Alviverde Imponente ostentou sua fibra e mostrou ao país que de fato é campeão.
O hendeca foi garantido com três rodadas de antecedência. Consistente e regular, o Palmeiras foi o time com mais vitórias (23, pelo Fluminense, com 21), menos derrotas (três, seguido pelo Internacional, com cinco), melhor saldo de gols (39, seguido pelo Internacional, com 27), melhor ataque (66 gols, seguido pelo Fluminense, com 63), melhor defesa (27 gols sofridos, seguido pelo Internacional, com 31), maior série de vitórias (seis, entre a 17ª e a 22ª rodada) e maior série invicta da edição (22 jogos, 3ª maior da história dos pontos corridos).
O Verdão ficou 29 rodadas seguidas como líder (desde a 10ª), recorde na história do clube, e alcançou a 3ª posição na lista geral de liderança em uma mesma edição do torneio, superando o São Paulo de 2006, com 27. Considerando também quando foi o primeiro colocado na oitava rodada, junto das 29 seguidas desde a décima, foram, portanto, 30 rodadas na liderança ao longo do certame – outro recorde na história do clube (a melhor marca anterior do Verdão era de 29 na campanha campeã de 2016).
Fora de casa, o time anotou uma série de 18 jogos de invencibilidade (dez vitórias e oito empates). Esta é a maior sequência invicta de um clube como visitante em uma mesma edição da competição, seguida dos 15 jogos de Internacional de 1972, Vasco de 1978 e São Paulo de 2006.
Com somente três derrotas, o Palmeiras de 2022 foi o campeão com o menor número de revezes nos pontos corridos (os atuais recordistas são São Paulo de 2006, Palmeiras de 2018 e Flamengo de 2019, todos com quatro resultados negativos).
O desempenho e a invencibilidade nos clássicos estaduais serviram de cereja no bolo da conquista: em seis duelos contra os rivais paulistas, foram cinco vitórias e um empate.
Campeão também em 1960, 1967, 1967 (Taça Brasil), 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018, o Palmeiras se manteve como o clube com mais títulos brasileiros, condição alcançada desde 1973, quando faturou o hexacampeonato. O Verdão dividiu a ponta com o Bahia em 1960 e com Bahia e Santos em 1961. Depois, dividiu a liderança com o Santos de 1973 a 1992, assumiu a ponta isoladamente de 1993 a 2003, dividiu novamente com o Santos de 2004 a 2015 (ambos com oito conquistas cada) e desde 2016 segue isolado na liderança.
O Palmeiras conseguiu o feito de ser o único clube a ostentar títulos brasileiros em seis diferentes décadas (anos 50, 60, 70 e 90 do século XX e décadas de 10 e 20 do século atual). Considerando todos os torneios nacionais, o Maior Campeão do Brasil se consolidou na ponta: são 16 conquistas (11 Campeonatos Brasileiros, quatro Copas do Brasil e uma Copa dos Campeões).
A conquista marcou o sétimo título alviverde em um período de três anos, marca inédita na história do clube – o recorde anterior era de cinco taças em um triênio, alcançado quatro vezes: 1950 a 1951, 1972 a 1974, 1993 a 1994 e 1998 a 2000. Desde o início de 2020, o Verdão venceu duas Libertadores (2020 e 2021), dois Campeonatos Paulista (2020 e 2022), uma Copa do Brasil (2020), uma Recopa (2022) e um Campeonato Brasileiro (2022).
No dia exato em que comemoraram dois anos desde a chegada ao clube, Abel Ferreira e sua comissão escreveram mais uma página de um livro vitorioso no Brasil. Com o título do Brasileirão 2022, Abel faturou o sexto troféu pelo Palmeiras e igualou Felipão, ficando atrás apenas de Ventura Cambon (7), Vanderlei Luxemburgo (8) e Oswaldo Brandão (10). Os portugueses, que desembarcaram no Brasil no dia 2 de novembro de 2020, já tinham conquistado a Conmebol Libertadores (2020 e 2021), da Copa do Brasil (2020), da Recopa Sul-Americana (2022) e do Campeonato Paulista (2022).
O título marcou a entrada de Danilo, Gabriel Menino, Zé Rafael, Raphael Veiga, Rony, Wesley e Veron no seleto grupo de jogadores que conquistaram o Paulista, o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores pelo Palmeiras, se juntando a Weverton, Luan, Gustavo Gómez, Marcos Rocha, Mayke, Gustavo Scarpa e Dudu do elenco campeão. Completam a lista Velloso, Cleber, Vitor Hugo, Felipe Melo, Lucas Lima, Zinho e Willian.
Tricampeão da competição pelo clube, Dudu alcançou o topo do ranking de jogadores que mais venceram pelo Verdão no torneio nacional. O camisa 7 chegou a 119 vitórias e superou o goleiro Emerson Leão, com 112. Com seis gols nesta edição, o atacante ainda terminou a competição em segundo na lista de atletas que mais marcaram pelo Palmeiras em brasileiros, com 50 gols, atrás apenas de Cesar Maluco, com 61, e em terceiro entre os que mais atuaram, com 213 jogos, depois de Leão, com 232, e Ademir da Guia, com 216.
Durante a campanha do hendeca, Gustavo Gómez se tornou o zagueiro com mais gols pelo clube em Brasileiros, com 15 (9 marcados nesta edição). Contando a temporada completa, os zagueiros registraram a maior artilharia da história alviverde com 23 no total (11 de Gustavo Gómez, 11 de Murilo e um de Luan), superando a antiga melhor marca de 18 bolas na rede alcançada duas vezes: em 1999 (dez gols de Júnior Baiano, cinco de Roque Jr., dois de Cléber e um de Agnaldo) e em 2006 (quatro de Daniel, três de Gamarra e Nen e dois de Dininho, Douglas, Leonardo Silva e Thiago Gomes).
As Crias da Academia também tiveram protagonismo, sendo esta a campanha com o maior número de atletas formados nas categorias de base alviverde marcando gols – seis jogadores balançaram as redes: Danilo, Wesley, Gabriel Veron, Gabriel Menino, Vanderlan e Endrick. Neste cenário, o Brasileirão 2022 se tornou o momento ideal para estreia de Endrick. A revelação entrou em campo aos 16 anos, dois meses e 15 dias e se tornou o atleta mais jovem a jogar pelo Palmeiras em toda a história. Com os gols diante do Athletico-PR, ele também se tornou o palmeirense mais jovem a marcar pelo Verdão, aos 16 anos, 3 meses e 4 dias de idade – o recorde anterior pertencia a Heitor, maior artilheiro do clube até os dias atuais, que fez seu primeiro gol aos 16 anos, 11 meses e 14 dias.
Campanha
38 jogos (23 vitórias, 12 empates e 3 derrotas)
66 gols marcados
27 gols sofridos
Jogo decisivo
Palmeiras 4×0 Fortaleza
Campeonato Brasileiro 2022 (35ª rodada)
Data: 02 de novembro de 2022 (quarta-feira)
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Horário: 21h30
Público: 29.104
Renda: R$ 3.675.069,73
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Cartões amarelos: Danilo, Gustavo Scarpa e Zé Rafael (Palmeiras); Titi (Fortaleza)
Gols: Rony (14′ do 1ºT-PAL), Dudu (31′ do 1ºT-PAL), Rony (2′ do 2ºT-PAL) e Endrick (18′ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Danilo (Gabriel Menino), Zé Rafael e Gustavo Scarpa (Bruno Tabata); Dudu (Mayke), Rony (López) e Endrick (Merentiel). Técnico: Abel Ferreira.
Fortaleza: Fernando Miguel; Tinga, Brítez, Titi (Marcelo Benevenuto) e Juninho Capixaba; Lucas Sasha, Caio Alexandre (Zé Welison) e Lucas Crispim (Fabrício Baiano); Romarinho (Hércules), Thiago Galhardo (Romero) e Robson. Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
Campeonato Paulista – 2022
Com a disputa da Copa do Mundo de Clubes e da Recopa Sul-Americana, o Palmeiras teve calendário cheio no início de 2022. As competições internacionais adiantaram e adiaram rodadas do Estadual e, por isso, a estreia do Verdão foi a vitória por 2 a 0 contra o Novorizontino, em Novo Horizonte (SP), em duelo válido pela 5ª rodada do Paulistão.
Antes de viajar para jogar o Mundial de Clubes, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o time ainda conquistou vitórias diante de Ponte Preta (3 a 0) e Água Santa (1 a 0) e empatou com o São Bernardo (1 a 1). No retorno, superou a Ferroviária por 2 a 0 em Araraquara (SP) e o Santo André no Allianz Parque, pelo placar de 1 a 0.
Contra a Internacional de Limeira, partida realizada entre os dois jogos contra o Athletico-PR pela da Recopa Sul-Americana, o Verdão foi a campo com uma equipe alternativa e empatou em 0 a 0. Depois de conquistar o título continental, o Palmeiras emplacou uma série de quatro vitórias seguidas, sendo três delas em clássicos.
No primeiro duelo, contra o Guarani, vitória palestrina por 2 a 0, com gols de Gustavo Scarpa e Wesley, além de destaque para Giovani, eleito o melhor jogador em campo. O Alviverde encarou o São Paulo na sequência e, com o triunfo por 1 a 0 no Morumbi, garantiu a classificação antecipada para as quartas de final. Rony foi o autor do gol que quebrou um jejum de 25 anos sem vencer o rival tricolor em seu estádio pelo Estadual.
Contra o Santos, Raphael Veiga usou a braçadeira de capitão pela primeira vez e marcou de pênalti para garantir a vitória por 1 a 0 no Allianz Parque. Depois, ao superar o Corinthians por 2 a 1, o clube venceu os seus três rivais de forma consecutiva pela primeira vez desde 1933, quando bateu Corinthians, Santos e São Paulo da Floresta. Raphael Veiga e Danilo balançaram as redes pelo Palmeiras. Para fechar a primeira fase, o Maior Campeão do Brasil empatou em 1 a 1 com o Red Bull Bragantino.
O Alviverde fez parte do grupo mais forte do Paulista: Botafogo-SP e Mirassol, respectivamente terceiro e quarto colocados no Grupo C, teriam passado de fase em qualquer outra chave. Mesmo assim, o Palmeiras acumulou 30 pontos na tabela e se classificou para as quartas de final com folga, 11 pontos à frente do vice-líder e próximo adversário alviverde, o Ituano.
Por ter a melhor campanha, o Verdão recebeu o time de Itu em seu estádio nas quartas de final, disputadas em jogo único, e ganhou pelo placar de 2 a 0, com gols de Raphael Veiga e Rony. A semifinal, também em partida única, foi contra o Red Bull Bragantino. Murilo e Rony marcaram para garantir o triunfo por 2 a 1 e a terceira final de Campeonato Paulista seguida para o clube – feito inédito na história alviverde.
Em uma disputa épica, o Palmeiras superou o São Paulo na decisão para conquistar seu 24º título paulista. No primeiro jogo, no Morumbi, um pênalti polêmico marcado por ‘bola na mão’ de Marcos Rocha deu o primeiro gol ao time tricolor. Os mandantes chegaram a abrir 3 a 0 no placar, mas Raphael Veiga converteu falta aos 39 da etapa final para dar “um gás a mais” ao Verdão, como o próprio jogador declarou após o duelo.
A volta foi um jogo histórico, com direito a show e goleada. O time de Abel Ferreira entrou determinado a reverter o placar da ida e sair do Allianz Parque com o título. Aos 27 minutos do primeiro tempo, Danilo e Zé Rafael já tinham empatado o confronto no placar agregado. Na segunda etapa, Raphael Veiga, como de costume, provou ser decisivo: primeiro, o meia recebeu cruzamento após linda jogada de Dudu para marcar um golaço e deixar o time muito perto da taça estadual; depois, Gabriel Veron deu a assistência para o camisa 23 marcar seu 9º gol em finais pelo clube e liquidar a partida.
Campanha
16 jogos (12 vitórias, 3 empates e 1 derrota)
26 gols marcados
7 gols sofridos
Jogo decisivo
Palmeiras 4×0 São Paulo
Campeonato Paulista 2022 (Final – volta)
Data: 03 de abril de 2022 (domingo)
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Horário: 16h00
Público: 31.836
Renda: R$ 2.772.491,61
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Cartões amarelos: Rogério Ceni, Luciano e Luan (São Paulo); Gustavo Gómez, Raphael Veiga e Wesley (Palmeiras)
Cartão vermelho: Rafinha (São Paulo)
Gols: Danilo (21′ do 1ºT-PAL), Zé Rafael (27′ do 1ºT-PAL), Raphael Veiga (2 e 35′ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez (Jorge); Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa (Wesley); Dudu (Mayke) e Rony (Gabriel Veron). Técnico: Abel Ferreira.
São Paulo: Jandrei; Rafinha, Diego Costa, Léo e Welington (Arboleda); Pablo Maia, Rodrigo Nestor (Nikão), Igor Gomes e Alisson (Patrick); Eder (Luciano) e Calleri. Técnico: Rogério Ceni.
Recopa Sul-Americana – 2022
Disputada em jogos de ida e volta, a Recopa Sul-Americana coloca frente a frente os campeões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana da temporada anterior. Após o tricampeonato da Libertadores em 2021, o Palmeiras superou o Athletico-PR para conquistar uma taça inédita e faturar o primeiro título internacional da história do Allianz Parque (o terceiro na casa palmeirense, considerando os troféus levantados quando o local era o Estádio Palestra Italia).
O duelo de ida, disputado na Arena da Baixada, em Curitiba-PR, foi marcado pelo equilíbrio e emoção até o último minuto. A equipe rubro-negra saiu na frente em um lance de bola parada: em cobrança de escanteio, Terans aproveitou desvio de cabeça e empurrou para o gol. O Verdão respondeu rapidamente, com Jailson. O camisa 30 acertou um belo chute após ficar com a sobra na finalização de Dudu desviada em Abner e deixou tudo igual. No segundo tempo, o Athletico-PR abriu vantagem mais uma vez, com Marlos. O empate veio nos acréscimos, quando Wesley invadiu a área e foi derrubado por Marcinho. Raphael Veiga bateu e marcou seu 18º gol de pênalti pelo Palmeiras em 18 cobranças.
A Recopa foi a primeira final internacional disputada no Allianz Parque. Depois de um primeiro tempo de domínio alviverde, mas sem gols, o Verdão abriu o placar logo aos cinco minutos da segunda etapa, em cobrança de falta certeira de Zé Rafael – foi o primeiro gol de falta em uma decisão por título oficial desde o marcado por Romeiro no Campeonato Paulista de 1959. Nos minutos finais, Danilo coroou sua grande atuação com um gol ao receber passe rasteiro de Atuesta e chutar cruzado para definir o título alviverde.
Com a vitória diante do Athletico–PR na Recopa Sul-Americana, o Maior Campeão do Brasil conseguiu duplicar seu número de conquistas internacionais em um período de menos de dois anos: este foi o sexto troféu internacional do Verdão, no início de 2020 eram três. O time de Abel Ferreira conquistou as Libertadores de 2020 e 2021, ambas definidas no ano de 2021, e a Recopa de 2022. As três taças juntaram-se ao Mundial de 1951, à Libertadores de 1999 e à Copa Mercosul de 1998.
Campanha
2 jogos (1 vitória e 1 empate)
4 gols marcados
2 gols sofridos
Jogo decisivo
Palmeiras 2×0 Athletico-PR
CONMEBOL Recopa 2022 (Final – volta)
Data: 02 de março de 2022, quarta-feira
Local: Allianz Parque, em São Paulo-SP
Horário: 21h30 (de Brasília)
Público: 30.065
Renda: R$ 2.562.317,30
Árbitro: Jesus Valenzuela (VEN)
Assistentes: Jorge Urrego e Tulio Moreno (ambos da VEN)
VAR: German Delfino (ARG)
Cartão amarelo: Abel Ferreira (Palmeiras)
Cartão vermelho: Abel Ferreira (Palmeiras); Maurício Souza (auxiliar do ATH)
GOLS: Zé Rafael (4′ do 2ºT-PAL) e Danilo (43′ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael (Jailson) e Raphael Veiga (Mayke); Dudu (Atuesta), Gabriel Veron (Wesley) e Rony. Técnico: Abel Ferreira.
Athletico-PR: Santos; Khellven (Christian), Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Hugo Moura (Rômulo), Erick, Matheus Fernandes (Julimar), Léo Cittadini (Mercado) e David Terans (Marlos); Pablo. Técnico: Alberto Valentim.
Ranking IFFHS
O Palmeiras foi eleito o melhor time do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) no ano de 2021. Foi a primeira vez na história que um clube brasileiro terminou na liderança do tradicional ranking realizado pela entidade alemã – em 2020, o Verdão havia terminado em segundo lugar, atrás somente do Bayern de Munique-ALE.
O ranking da IFFHS 2021 levou em consideração todas as competições disputadas entre os dias 1º de janeiro e 31 de dezembro, contabilizando pontos nos dois títulos consecutivos da CONMEBOL Libertadores e no título da Copa do Brasil 2020. Com 322 pontos, o Verdão superou o Atlético-MG e o Manchester City-ING, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
Entre janeiro de 1991 e fevereiro de 2013, a lista era atualizada e divulgada mensalmente pela entidade fundada em 1984 na cidade de Leipzig – em 1999, o Alviverde também havia sido o único brasileiro a liderar o ranking em quatro oportunidades, nos meses de março, abril, maio e julho. Em 2014, porém, a IFFHS mudou o formato e passou a anunciar a classificação anualmente. Clique aqui e confira o ranking completo e os critérios de pontuação.
Conmebol Libertadores – 2021
Campeão de 2020, o Palmeiras defendeu seu título em 2021 e se consolidou como o melhor time brasileiro na CONMEBOL Libertadores. O Verdão demonstrou toda a sua tradição no torneio de maneira incontestável: para conquistar o tricampeonato, o Maior Campeão do Brasil superou em seguida três equipes que já venceram a competição continental, São Paulo, Atlético-MG e Flamengo.
Desde o início da campanha o time já deixou claro que não seria facilmente derrotado. Depois de abrir 2 a 0 contra o Universitario-PER fora de casa, o Palmeiras ficou com um jogador a menos quando Alan Empereur foi expulso e acabou cedendo o empate. Nos acréscimos, porém, Renan fez o terceiro gol alviverde e tornou-se o terceiro atleta mais jovem a marcar pelo Verdão na Libertadores, aos 18 anos, 11 meses e 2 dias, atrás apenas de Gabriel Veron e Gabriel Jesus.
O duelo contra Independiente del Valle-EQU também foi uma partida com muitos gols, mas desta vez todos marcados pelo lado palestrino. No Allianz Parque, o time de Abel Ferreira superou o campeão da Copa Sul-Americana de 2019 por 5 a 0. Rony (duas vezes), Luiz Adriano, Patrick de Paula e Danilo Barbosa balançaram as redes.
Destaque da equipe na Libertadores de 2020, Rony manteve o ritmo na fase de grupos do torneio em 2021. Na vitória por 2 a 1 diante do Defensa y Justicia-ARG, o camisa 7 marcou duas vezes, anotando quatro gols em três jogos disputados. As duas assistências vieram de sua dupla de ataque, Luiz Adriano.
A classificação antecipada para as oitavas de final veio na altitude de Quito, a 2,8 mil metros acima do nível do mar, contra um adversário que nunca havia perdido como mandante em torneios continentais. Com pênalti convertido por Raphael Veiga, o Verdão venceu o Independiente del Valle-EQU por 1 a 0 e chegou à marca de 12 jogos sem perder como visitante na competição sul-americana, igualando o recorde alcançado pelo River Plate-ARG de 2018 a 2019.
Com o time já garantido nas oitavas, o técnico Abel Ferreira promoveu um rodízio no time titular e deu descanso aos atletas mais desgastados. Em duelo movimentado no Allianz Parque, o Palmeiras buscou o empate três vezes, mas acabou superado por 4 a 3 pelo Defensa y Justicia-ARG com um gol nos acréscimos.
O Verdão fechou a fase de grupos com a maior goleada do time na Era Allianz Parque. Matías Viña, Zé Rafael, Willian, Gustavo Gómez e Rony (duas vezes) marcaram os gols do triunfo por 6 a 0 contra o Universitario-PER.
Nas oitavas de final, o clube se tornou dono, de forma isolada, da maior sequência invicta como visitante da história da Libertadores, com 13 jogos (marca que foi ampliada para 15 partidas até o fim da competição). Na ida, o Palmeiras superou a Universidad Católica-CHI, em Santiago-CHI, por 1 a 0, com gol de pênalti batido por Raphael Veiga. Na volta, Marcos Rocha marcou e o placar de 1 a 0 não refletiu a superioridade alviverde diante do adversário: foram 18 finalizações contra apenas nove da equipe chilena.
O rival das quartas de final foi um velho conhecido que até então provocava más lembranças no torneio sul-americano. O São Paulo, que eliminou o Palmeiras nas edições de 1994, 2005 e 2006, entrou no caminho alviverde mais uma vez. Disposto a quebrar essa escrita, o Verdão buscou um importante empate por 1 a 1 no primeiro jogo no Morumbi, após sair em desvantagem no placar. Patrick de Paula foi o autor do gol palestrino.
A volta no Allianz Parque foi um dos jogos mais inesquecíveis do clube na história da Libertadores. Sem dar a menor chance para o rival tricolor, o Palmeiras se impôs e conquistou a classificação com um incontestável 3 a 0 com sabor de vingança. Raphael Veiga abriu o placar no início do primeiro tempo, Dudu ampliou na segunda etapa e Patrick de Paula, mais uma vez, fechou a conta.
Na semifinal, o Verdão tinha pela frente o elenco estrelado do Atlético-MG, líder do Campeonato Brasileiro. Em um duelo equilibrado, o técnico Abel Ferreira superou o atleticano Cuca mais uma vez, assim como na final da Libertadores de 2020 (na época, Cuca estava à frente do Santos). Apostando na importância do gol fora de casa, o Alviverde fez um jogo seguro no Allianz Parque, impedindo que os adversários tivessem liberdade para atacar.
Depois do 0 a 0 na ida, o time precisava de um empate com gols no Mineirão para garantir a vaga na final. Seguindo à risca o plano do treinador português, a equipe não se abalou mesmo depois que Vargas abriu o placar aos seis do segundo tempo. Mantendo a “cabeça fria e o coração quente”, o Palmeiras não deixou de acreditar na classificação em momento algum e, aos 22, logo após a entrada de Gabriel Veron, o jovem atacante ganhou de Nathan Silva em um lance de velocidade e rolou para Dudu colocar o Verdão na decisão.
Enquanto a maioria dos comentaristas esportivos e os torcedores rivais duvidavam das chances alviverdes de sair com a taça e viam o Flamengo como favorito, o clube chegou na final disputada em jogo único determinado a defender o seu título e provar sua tradição na CONMEBOL Libertadores. Mesmo em menor número, os palmeirenses incentivaram do início ao fim da partida e calaram os rubro-negros no Estádio Centenário.
Sempre decisivo, Raphael Veiga recebeu cruzamento de Mayke para abrir o placar logo aos cinco minutos do primeiro tempo. O Verdão controlou bem o jogo no primeiro tempo e só sofreu o empate aos 26 da segunda etapa, com gol de Gabriel Barbosa. Na prorrogação, o Palmeiras pressionou no ataque e não deixou o Flamengo jogar até o momento em que Deyverson marcou o gol do tricampeonato da Libertadores para o clube e fez a festa alviverde em Montevidéu-URU.
Com o triunfo diante do Flamengo, o Palmeiras entrou para o grupo dos times brasileiros com mais títulos de Libertadores, junto de Grêmio, Santos e São Paulo, todos com três taças. Além disso, o Alviverde se tornou o clube do país com mais finais disputadas (seis, ao lado do São Paulo – o Verdão disputou as de 1961, 1968, 1999, 2000, 2020 e 2021). O Maior Campeão do Brasil fechou a edição de 2021 como a equipe nacional com mais participações no torneio (21, assim como São Paulo e Grêmio), mais jogos (210), mais vitórias (117), mais vitórias como visitante (44), mais gols (392), mais gols como mandante (233) e mais gols como visitante (156 tentos).
Campanha
13 jogos (9 vitórias, 3 empates e 1 derrota)
29 gols marcados
10 gols sofridos
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×1 Flamengo
Conmebol Libertadores (Final – jogo único)
Data: 27/11/2021
Estádio: Centenário. Montevidéu-URU
Árbitro: Nestor Pitana (ARG)
Cartões amarelos: Piquerez, Gustavo Gómez, Abel Ferreira e Felipe Melo (PAL); Rodrigo Caio, Gabriel e De Arrascaeta (FLA).
Gols: Raphael Veiga (5’ do 1ºT-PAL), Gabriel (26’ do 2ºT-FLA) e Deyverson (3’ do 2ºT da prorrogação-PAL)
Palmeiras: Weverton; Mayke (Gabriel Menino), Luan, Gustavo Gómez e Piquerez (Felipe Melo); Danilo (Patrick de Paula), Zé Rafael (Danilo Barbosa), Raphael Veiga (Deyverson) e Gustavo Scarpa; Dudu (Wesley) e Rony. Técnico: Abel Ferreira.
Flamengo: Diego Alves; Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, David Luiz e Filipe Luís (Renê); Willian Arão, Andreas (Pedro), Everton Ribeiro (Michael) e De Arrascaeta (Vitinho); Bruno Henrique (Kenedy) e Gabriel Barbosa. Técnico: Renato Gaúcho.
Copa do Brasil – 2020
O ano de 2020 (estendido a 2021) ficará eternizado na história palestrina pela conquista da Tríplice Coroa. Depois de faturar o Campeonato Paulista e a Conmebol Libertadores, o Palmeiras se sagrou tetracampeão da Copa do Brasil com vitória sobre o Grêmio na final. Desde 1993, quando ganhou os títulos paulista, brasileiro e do Torneio Rio-São Paulo, o Verdão não levantava três troféus na mesma temporada.
Por ter se classificado para a edição 2020 da Libertadores, o Alviverde entrou diretamente nas oitavas de final da Copa do Brasil. E, logo de cara, o time palmeirense provou ser um dos principais candidatos à taça. Contra o forte Red Bull Bragantino, o Palmeiras se impôs nos dois jogos, ganhando por 3 a 1 em Bragança Paulista e por 1 a 0 no Allianz Parque – o confronto de volta marcou a estreia do técnico português Abel Ferreira no comando da equipe.
Nas quartas de final, o Verdão teve de lidar com uma sucessão de contratempos para superar o Ceará, que eliminara o Santos na fase anterior e estava invicto havia oito partidas. No duelo de ida, mesmo sem oito titulares (um com Covid-19, três lesionados e outros quatro convocados para disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo), o Alviverde deu show no Allianz Parque e venceu por 3 a 0.
A vantagem obtida na arena foi fundamental para que o time palestrino pudesse superar o surto de coronavírus que acometeu o elenco durante o mês de novembro. No segundo jogo diante dos cearenses, em Fortaleza (CE), o Palmeiras não pôde escalar 15 atletas diagnosticados com a doença, além de outros quatro machucados. Apesar dos 19 desfalques, o Verdão foi valente e contou com a inspiração do meia Raphael Veiga, autor de dois gols, para empatar por 2 a 2 com o Vozão e carimbar o passaporte palmeirense para a semifinal.
Em busca de sua quinta decisão de Copa do Brasil (campeão em 1998, 2012 e 2015, o clube foi vice em 1996), o Alviverde encarou o perigoso América-MG, que derrubara Corinthians e Internacional, respectivamente, nas oitavas e nas quartas do torneio. No primeiro duelo, em São Paulo, o time mineiro se defendeu com eficiência e chegou a sair em vantagem no placar, mas o Palmeiras empatou com um gol de cabeça do zagueiro Gustavo Gómez: 1 a 1.
A segunda partida, em Belo Horizonte, caracterizou-se pela tensão. O primeiro tempo terminou sem que as duas equipes criassem grandes oportunidades. Na segunda etapa, porém, brilhou a estrela do atacante Rony. Herói do Athletico-PR na conquista da Copa do Brasil de 2019, o camisa 11 deu o passe para Luiz Adriano abrir o placar e ainda fez o segundo gol do triunfo por 2 a 0, decretando a classificação palestrina para a decisão.
O adversário do Maior Campeão do Brasil na final foi o Grêmio, que sonhava com o hexacampeonato do torneio. O Verdão, porém, mostrou-se superior ao time gaúcho nos dois jogos, que tiveram de ser realizados entre fevereiro e março de 2021 devido à pandemia da Covid-19 e a classificação palmeirense para o Mundial de Clubes.
Na partida de ida, em Porto Alegre (RS), o Palmeiras levou a melhor por 1 a 0 (gol de Gustavo Gómez), mesmo jogando por mais de 30 minutos com um atleta a menos após a expulsão do zagueiro Luan. Já no segundo duelo, no Allianz Parque, Raphael Veiga – eleito o melhor jogador da competição – brilhou mais uma vez e deu o passe para Wesley aumentar a vantagem alviverde no placar agregado. Nos últimos minutos, Gabriel Menino recebeu de Willian para completar a vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio e consolidar o título palestrino, em uma final em que o Verdão não deu chances para o adversário.
Campanha
8 jogos (6 vitórias e 2 empates)
15 gols marcados
4 gols sofridos
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×0 Grêmio
Copa do Brasil (Final – jogo de volta)
Data: 07/03/2021
Estádio: Allianz Parque. São Paulo (SP)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Cartões amarelos: Zé Rafael, Mayke e Marcos Rocha (PAL); Paulo Miranda e Kannemann (GRE)
Gols: Wesley (07’ do 2ºT-PAL) e Gabriel Menino (39’ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Alan Empereur e Matías Viña; Felipe Melo, Zé Rafael (Patrick de Paula) e Raphael Veiga (Mayke); Rony, Luiz Adriano (Willian) e Wesley (Gabriel Menino). Técnico: Abel Ferreira
Grêmio: Paulo Victor; Vanderson (Victor Ferraz), Paulo Miranda, Kannemann (Churín) e Diogo Barbosa; Matheus Henrique, Maicon e Thaciano (Jean Pyerre); Alisson (Guilherme Azevedo), Diego Souza e Pepê (Ferreira). Técnico: Renato Gaúcho.
Conmebol Libertadores – 2020
Superação. Nenhuma outra palavra é tão precisa quanto essa para definir a campanha que garantiu ao Palmeiras o bicampeonato da Conmebol Libertadores. Em uma temporada atípica, marcada pelo combate à pandemia da Covid-19, o Maior Campeão do Brasil teve de enfrentar diferentes percalços para repetir a façanha alcançada em 1999 e conquistar o mais importante troféu do continente, diante do Santos, no Maracanã.
Com uma mescla entre atletas experientes e jovens formados em suas categorias de base, o Verdão estreou na competição no dia 4 de março, diante do Tigre-ARG, em Victoria. O triunfo por 2 a 0, com gols de Luiz Adriano e Willian, fez o clube manter uma escrita: desde 1979, o Alviverde não é derrotado na primeira rodada do torneio.
Uma semana depois, nosso adversário foi o Guaraní-PAR, time responsável pela eliminação do Corinthians na fase prévia. Com direito a um show de Luiz Adriano, autor de três gols, o Palmeiras venceu por 3 a 1 e assumiu a liderança isolada do Grupo B.
Nenhum palestrino poderia imaginar, contudo, que aquela seria a única partida da equipe na Libertadores com a presença da torcida no Allianz Parque. No dia 12 de março, em meio ao agravamento da pandemia do novo coronavírus na América do Sul, a Conmebol suspendeu a competição por tempo indeterminado.
Para que o torneio voltasse a ser disputado, após mais de seis meses de interrupção, a entidade elaborou um rigoroso protocolo de saúde para os jogadores e integrantes das comissões técnicas e determinou a realização de todos os jogos com portões fechados. Além disso, ficou decidido que a edição 2020 invadiria o primeiro mês de 2021.
O Verdão retomou sua caminhada rumo à Glória Eterna no dia 16 de setembro, na temida altitude de La Paz, onde nenhum clube brasileiro ganhava desde 1983. Com gols de Willian e Gabriel Menino, o Alviverde acabou com o tabu ao bater o Bolívar por 2 a 1.
A classificação para as oitavas de final, que ficara bem encaminhada depois do empate sem gols ante o Guaraní em Assunção, foi sacramentada com a vitória por 5 a 0 sobre o Bolívar, no Allianz Parque – Willian, Wesley, Viña, Raphael Veiga e Rony balançaram as redes. Desde a goleada por 7 a 0 contra o El Nacional-EQU em 1995, no Palestra Italia, o Palmeiras não vencia por cinco ou mais gols de diferença um duelo pela principal competição do continente.
Outro triunfo por 5 a 0, desta vez diante do Tigre-ARG, assegurou ao Maior Campeão do Brasil a melhor campanha geral da fase de grupos pelo terceiro ano seguido, com 16 pontos conquistados em 18 possíveis. Os gols palmeirenses foram anotados por Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Gabriel Veron e Rony.
Nas oitavas de final, já sob o comando do português Abel Ferreira, o Verdão encarou o Delfín-EQU. Em meio a um surto de Covid-19 no elenco e sem contar com o capitão Felipe Melo e o atacante Wesley, ambos machucados, o Alviverde se fortaleceu ainda mais e levou a melhor na partida de ida, em Manta, por 3 a 1, com gols de Gabriel Menino, Rony e Zé Rafael. No jogo de volta, nova goleada por 5 a 0, na arena, ratificou a vaga palestrina nas quartas de final. Destaque para o atacante Gabriel Veron, autor de dois golaços – Patrick de Paula, Willian e Danilo completaram o placar.
Nas quartas, o Palmeiras eliminou o perigoso Libertad-PAR. No primeiro duelo, no Estádio Defensores del Chaco, o Verdão suportou a pressão do adversário e trouxe para São Paulo um valioso empate por 1 a 1 – Gustavo Gómez fez valer a “Lei do Ex” e, de cabeça, marcou contra o clube que o revelou para o futebol. Já no segundo embate, o Alviverde se impôs desde o primeiro minuto e venceu por 3 a 0, com gols de Gustavo Scarpa, Rony e Gabriel Menino.
Para chegar à decisão, porém, o Alviverde teria pela frente um osso duro de roer: o River Plate-ARG, finalista em três das cinco edições anteriores da Libertadores (sagrou-se campeão em 2015 e 2018 e foi vice em 2019). No duelo de ida, em Buenos Aires, o Palmeiras obteve uma das maiores vitórias de um clube brasileiro na história da competição ao superar o time argentino por 3 a 0, repetindo o placar da histórica semifinal de 1999 realizada no Estádio Palestra Italia. Rony, Luiz Adriano e Viña fizeram os gols alviverdes.
Mas se enganou quem imaginava que a nossa classificação para a final já estava garantida. Na partida de volta, a equipe comandada pelo técnico Marcelo Gallardo mostrou por que conquistou tantos títulos nos últimos anos e abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo. A pressão argentina persistiu na etapa final, transformando o confronto em um dos maiores dramas já vivenciados pela torcida que canta e vibra. Porém, com uma atuação espetacular do goleiro Weverton e a intervenção do VAR, que anulou corretamente um gol e um pênalti apontado para a equipe portenha, o Alviverde segurou o placar suficiente para avançar à decisão.
Na final, realizada em jogo único, Palmeiras e Santos disputaram o primeiro clássico paulista da história do Maracanã. E assim como nas decisões do Mundial de 1951 e da Taça Brasil de 1967, o estádio carioca serviu de palco para a festa palmeirense. O Verdão ganhou por 1 a 0, com gol de Breno Lopes nos acréscimos, e pintou a América de verde pela segunda vez.
Campanha
13 jogos (10 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
33 gols marcados
6 gols sofridos
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Santos
Conmebol Libertadores (Final – jogo único)
Data: 30/01/2021
Estádio: Maracanã. Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Cartões amarelos: Gustavo Gómez, Matias Viña e Marcos Rocha (PAL); Diego Pituca, Soteldo, Alison e Lucas Veríssimo (SAN).
Cartão vermelho: Cuca.
Gols: Breno Lopes (53’ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo, Raphael Veiga (Alan Empereur), Zé Rafael (Patrick de Paula) e Gabriel Menino (Breno Lopes); Rony (Felipe Melo) e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira.
Santos: Jonh; Pará (Bruno Marques), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan (Wellington); Alison, D. Pituca e Sandry (Lucas Braga); Marinho, Kaio Jorge (Madson) e Solteldo. Técnico: Cuca.
Copa Libertadores da América
O Palmeiras chegou ao final do século 20 já consagrado como maior vencedor do país. Primeiro campeão mundial da história do futebol, soberano em títulos brasileiros com oito conquistas contra seis do segundo colocado Santos, dono de dezenas de troféus em âmbito estadual, interestadual, nacional e internacional, faltava ao clube apenas uma taça: a da Libertadores.
A espera foi longa. O Verdão bateu na trave ao ser vice-campeão em 1961 (ano em que se tornou o primeiro time do país a disputar uma final continental) e 1968. Nas décadas seguintes, apesar de ter sido o clube brasileiro que mais vezes participou da competição, o título ainda era um tabu.Mas tudo acabou em 1999. Naquele ano, o Verdão faturou, finalmente, o único título que faltava em sua galeria. Naquele ano, a triunfante parceria com a multinacional Parmalat atingia seu ponto máximo, finalizando com chave de ouro um projeto inovador iniciado sete anos antes. Naquele ano, nascia São Marcos, iluminado guardião do gol alviverde e último jogador da história a vestir apenas a camisa do Palmeiras durante toda a carreira.
O título da Libertadores começou a ganhar forma um ano antes, quando o Verdão garantiu sua participação no torneio ao conquistar a Copa do Brasil e passar por uma espécie de vestibular continental atropelando todos os adversários e erguendo a taça da Copa Mercosul. E para dar ainda mais poder de fogo ao elenco comandado por Luiz Felipe Scolari, os experientes e ídolos Evair e César Sampaio e o veloz Euller se juntaram a craques como Velloso, Arce, Junior Baiano, Cléber, Junior, Alex, Zinho, Paulo Nunes e Oséas.
À época, o regulamento era diferente do atual – os grupos eram formados por times dos mesmos países. O Palmeiras estava no grupo 3, ao lado do arquirrival Corinthians e dos paraguaios Cerro Porteño e Olimpia. Outra chave complicada era a 2, com os argentinos Vélez Sarsfield e River Plate e os colombianos Deportivo Cali e Once Caldas. A estreia palestrina ocorreu no dia 27 de fevereiro, contra o Corinthians – foi o primeiro dérbi da história válido pela Libertadores. O Alviverde, campeão da Copa do Brasil na temporada anterior, ganhou por 1 a 0, com gol do paraguaio Arce, aos 12 minutos do segundo tempo. No duelo seguinte, uma goleada: Palmeiras 5 a 2 no Cerro Porteño em pleno Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção-PAR. Os tentos do Verdão, sendo quatro de cabeça, foram de Júnior Baiano (duas vezes), Cléber, Evair e Oséas. Na sequência, foram três resultados adversos e um clima de desconfiança: 4 a 2 para o Olimpia no Paraguai, 1 a 1 com o mesmo Olimpia em São Paulo-SP e derrota para o Corinthians por 2 a 1 – foi justamente ante o arqui-inimigo que o jovem Marcos, após uma lesão do titular Velloso contra o União Barbarense, pelo Paulistão, assumiu a meta.Assim, a classificação só veio na última rodada, com o triunfo de virada sobre o Cerro Porteño por 2 a 1. Júnior Baiano, um dos artilheiros da competição com seis bolas na rede, e Arce, com um chutaço de fora da área, sacramentaram a vaga nos mata-matas.
O Verdão, disputando concomitantemente o Torneio Rio-São Paulo, o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, avançou como o vice-líder da chave, com dez pontos, dois a menos que o rival Corinthians.Nas oitavas, o adversário foi o Vasco da Gama, que, por ter sido campeão na edição passada, iniciou o certame uma fase à frente. No primeiro jogo, no Estádio Palestra Italia, empate por 1 a 1. No Rio de Janeiro, com show do meia Alex (então com apenas 21 anos), os comandados do técnico Felipão venceram epicamente por 4 a 2. O triunfo trouxe um ânimo sem igual ao elenco, que, na sequência, enfrentaria o Corinthians novamente.
O Palmeiras levou a melhor no primeiro confronto por 2 a 0, com gols de Oséas e Rogério. Mas o nome da partida foi o camisa 12 do Verdão. Marcos simplesmente fechou o gol. Foram várias defesas difíceis e de diversas maneiras. Foi ali, diante de um oponente histórico, que a alcunha de Santo começou a tomar corpo. No segundo encontro, o goleiro não conseguiu conter os corintianos na etapa regulamentar. Troco dos rivais por 2 a 0. No entanto, na decisão por pênaltis, o arqueiro brilhou mais uma vez. Após ver Dinei bater para fora a segunda cobrança, Marcos defendeu o chute de Vampeta e se ajoelhou no gramado agradecendo a Deus. O Verdão estava na semi! O adversário a ser batido seria o River Plate-ARG. No dia 19 de maio, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Verdão foi bombardeado. Os argentinos, com nomes como Sorín, Gallardo, Saviola e Angel, testaram de todos os jeitos o já São Marcos, contudo somente uma bola passou. O Alviverde perdeu por 1 a 0 e retornou a São Paulo-SP no lucro. No Palestra Italia, motivado pela classificação heroica na Copa do Brasil (com aquele 4 a 2 sobre o Flamengo), o Palmeiras sobrou. Em outra exibição de gala do canhoto Alex, que anotou dois gols (na vitória por 3 a 0), o Palmeiras, depois de 31 anos, voltava a uma final de Libertadores.
O rival na decisão foi o Deportivo Cali-COL, que havia eliminado o Colo-Colo-CHI nas oitavas, o Bella Vista-URU nas quartas e o Cerro Porteño-PAR nas semis. No dia 02 de junho, na Colômbia, o Verdão, em um jogo acirrado, foi derrotado por 1 a 0. Quatorze dias depois, o Alviverde, que tinha disputado nesse meio tempo as semifinais e a primeira final do Paulista e as semifinais da Copa do Brasil, foi a campo com Marcos; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex; Paulo Nunes e Oséas. Aos 19 minutos do segundo tempo, Evair, de pênalti, abriu o placar. Aos 24, Zapata, também da marca da cal, igualou. Mas Oseás, aos 30, marcou e levou o embate para as penalidades.
Logo na primeira cobrança, Zinho acertou uma bomba no travessão e deixou o Palestra, apinhado de verde e branco, apreensivo. A angústia só amenizou no quarto arremate do Cali, quando Bedoya também encontrou a trave. Na quinta batida palestrina, Euller chutou com classe e deixou o Verdão em vantagem. Aí, todo palmeirense sabe… Zapata finalizou para fora e a América, pela primeira vez, tornou-se alviverde. Festa no chiqueiro!
Campanha
14 jogos (7 vitórias, 2 empates e 5 derrotas)
24 gols marcados
18 gols sofridos
Jogo decisivo:
16/06/1999
Copa Libertadores da América de 1999 (Final – 2o jogo)
Palmeiras (4)2×1(3) Deportivo Cali
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 32.000
Juiz: Ubaldo Aquino (PAR)
Cartões amarelos: Alex (PAL), Betancourt (DCA), Córdoba (DCA), Dudamel (DCA), Hurtado (DCA), Júnior Baiano (DCA), Zapata (DCA) e Zinho (PAL)
Cartão vermelho: Mosquera (34′ do 2oT-DCA) e Evair (49′ do 2oT-PAL)
Palmeiras: Marcos; Arce (Evair), Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex (Euller); Paulo Nunes e Oséas. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Deportivo Cali: Dudamel; Pérez (Gavíria), Mosquera, Yépez e Bedoya; Zapata, Viveros, Betancourt e Candelo (Hurtado); Córdoba (Valencia) e Bonilla. Técnico: José Hernández.
Gols: Evair (20′ do 2oT-PAL), Zapata (25′ do 2oT-DCA) e Oséas (31′ do 2oT-PAL)
Nos penâltis: Dudamel (DCA), Júnior Baiano (PAL), Gavíria (DCA), Roque Júnior (PAL), Yepes (DCA), Rogério (PAL) e Euller (PAL).
Copa Mercosul
Campeão da Copa do Brasil em maio e, assim, garantido na Copa Libertadores de 1999, o Palmeiras foi um dos 20 times convidados (os critérios utilizados foram a importância e a tradição) para a disputa da primeira edição da Copa Mercosul e encarou o torneio continental como um teste de luxo.
Integrante do Grupo B da competição, o Verdão estreou vencendo o Independiente-ARG, já a equipe com o maior número de títulos da Libertadores, por 2 a 1 no Morumbi. Em seguida, o clube foi ao Uruguai e atropelou o Nacional-URU por 5 a 0 e, pela última rodada do primeiro turno, visitou a Universidad de Chile-CHI e voltou de Santiago com um triunfo por 2 a 1.
No returno, o Alviverde derrotou o Independiente novamente, desta vez por 3 a 0 e na Argentina. Na sequência, atuando no Palestra, bateu o Nacional por 3 a 1, a Universidad de Chile por 1 a 0 e, desta forma, avançou à fase seguinte com 100% de aproveitamento.
Nas quartas de final, o rival foi o Boca Juniors-ARG, que dispunha de jogadores como Abbondanzieri, Ibarra, Samuel, Palermo e os irmãos Schelotto e despontava como uma geração dourada sob o comando do técnico Carlos Bianchi. No primeiro confronto, no Palestra, 3 a 1 Verdão. Na Argentina, no estádio La Bombonera, 1 a 1 e vaga na semi.
No dia 10 de novembro, o Olimpia-PAR veio a São Paulo e conheceu de perto o talento de Alex, que marcou dois gols e comandou a vitória alviverde por 2 a 0. No Paraguai, apesar da vantagem do empate, o Palmeiras mostrou superioridade e ganhou por 1 a 0.
Na final, assim como nas decisões da Copa do Brasil de meses atrás e de 1996, o oponente foi o Cruzeiro. A equipe mineira, embora tenha perdido o título nacional para o Verdão na mesma temporada, havia eliminado o Alviverde nas quartas de final do Brasileiro semanas antes. Ou seja, era um clássico de tirar o fôlego.
No primeiro embate, em Belo Horizonte-MG, 2 a 1 para o clube celeste. Na volta, no dia 26 de dezembro (sim, um dia depois do Natal), o Verdão deu o troco: 3 a 1, com gols de Cléber, Oséas e Paulo Nunes – à época, o saldo de gols não valia como critério de desempate. Por fim, na terceira e derradeira partida, novamente no Palestra, emoções à flor da pele. Equilíbrio. Velloso viu sua trave balançar duas vezes. Júnior Baiano fez o mesmo com Dida. Até que, aos 16 minutos do segundo tempo, Júnior Baiano soltou outra bomba de falta, o arqueiro rival soltou e Chiqui Arce, bem colocado, balançou as redes: 1 a 0 no placar e festa no chiqueiro!
No ano seguinte teria mais, teria a Libertadores. E o Palmeiras, novamente duelando com adversários de tradição, levaria a melhor e terminaria como o campeão, como o melhor das Américas.
Campanha:
13 jogos (11 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
28 gols marcados
8 gols sofridos
Jogo decisivo:
29/12/1998
Copa Mercosul de 1998 (Final – 3º jogo)
Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 29.450 pessoas
Juiz: Luciano Augusto Teotônio Almeida (DF)
Cartões amarelos: Tiago, Zinho e Pedrinho (Palmeiras); Marcelo Djian, João Carlos e Marcelo Ramos (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Marcelo Ramos (Cruzeiro)
Palmeiras: Velloso; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; Tiago, Rogério, Alex (Almir) e Zinho (Agnaldo); Paulo Nunes e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Cruzeiro: Dida; Gustavo, Marcelo Djian, João Carlos e Gilberto (Caio); Ricardinho, Marcos Paulo e Valdo; Müller (Alex Alves), Marcelo Ramos e Fábio Júnior. Técnico: Levir Culpi
Gol: Arce (16’ do 2º T-PAL)
Campeonato Paulista – 2020
Disputado por dezesseis clubes divididos em quatro grupos, os times do Campeonato Paulista de 2020 só enfrentavam, na primeira fase, as equipes dos outros grupos, sendo que se classificavam para as etapas eliminatórias os dois primeiros colocados de cada pelotão. Ou seja: todos os times disputavam 12 partidas nesta fase inicial – fórmula essa que já vinha sendo utilizada desde 2011, com a diferença de que, neste ano, as quartas de final e as semifinais seriam disputadas em jogos únicos, e a final em partidas de ida e volta.
O retorno de Vanderlei Luxemburgo ao time palmeirense (na sua quinta passagem pelo clube), em janeiro da temporada de 2020, trouxe novamente a esperança de encerrar o jejum de títulos estaduais, que já durava 12 anos. O último havia sido em 2008 justamente com Luxa no comando e, antes disso, os de 1993, 1994 e 1996, todos também com o treinador carioca. O último Paulista comandado por outro treinador foi em 1976, com o técnico Dudu (Olegário Toloi de Oliveira).
E de fato, Luxemburgo não decepcionou! Após começar o ano já com a conquista de um torneio amistoso (Florida Cup) do qual o Corinthians também havia participado, o Palmeiras de Vanderlei começou o Campeonato Paulista embalado, goleando o Ituano por 4 a 0 no Novelli Junior (gols de Marcos Rocha, Lucas Lima, Zé Rafael e Willian). A partir daí, o time passou a ser um dos protagonistas do torneio, disputando a liderança geral da competição ponto a ponto com o surpreendente Santo André.
Entretanto, no início de março, uma situação atípica paralisou não só o futebol no Brasil, mas praticamente todas as atividades não essenciais em geral: a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que acometeu cerca de 100 mil pessoas no Brasil até o encerramento do campeonato, mudou todo o planejamento dos times para a temporada.
Quando o Paulistão estava em sua 10ª rodada (ou seja, a apenas duas do término da fase de grupos), o torneio foi cessado, permanecendo paralisado por quatro meses! Com o Continental também interrompido e o Brasileiro nem iniciado, o Verdão voltou a entrar em campo pelo Paulista (torneio que foi retomado primeiro) só em 22/07, contra o Corinthians – o jogo anterior havia sido em 14/03, fazendo com que o Alviverde permanecesse longe dos gramados, portanto, por exatos 129 dias, passando a ser o novo recorde da agremiação alviverde sem entrar em campo entre uma partida e outra em todos os seus 105 anos de existência, superando o antigo recorde de 125 dias registrado em 1932 (à época, o futebol foi paralisado devido à Revolução Constitucionalista daquele ano).
Este duelo contra o Corinthians na retomada das atividades era valioso para o rival, já que os times viviam situações distintas na tabela. O Palmeiras estava praticamente assegurado na fase eliminatória, enquanto o Alvinegro ainda brigava para não ser rebaixado, mas mantinha acesa uma ponta de esperança de ir às fases de mata-mata (isso, é claro, apenas no caso de tudo dar certo em uma eventual combinação de resultados daquela rodada, a 11ª, e da próxima, a 12ª).
Se perdesse para o Palmeiras ou até mesmo empatasse naquela 11ª rodada, o Corinthians daria adeus a qualquer chance matemática de disputar as quartas de final. Um fator, no entanto, apimentou a disputa: supostos torcedores palmeirenses teriam invadido a Arena Corinthians (palco do duelo) na madrugada anterior para fazerem pichações provocativas ao Corinthians, com dizeres alusivos à maior goleada por eles sofrida em um Derby “8 a 0 em 1933” e também dizeres de menosprezo ao goleiro adversário “Cássio Frango”; fato este que foi repercutido pela mídia praticamente durante todo o dia, até os momentos que antecederam o clássico, e virou combustível para que os donos da casa usassem o episódio a seu favor.
No jogo, na Arena Corinthians sem público – como passaram a ser os jogos –, o Verdão já entrou em campo classificado devido ao resultado do duelo que havia sido encerrado minutos antes entre Ponte Preta e Novorizontino (2 a 0 para a Macaca).
Desta forma, com a pressão para o lado corintiano, o time da casa de tudo fez para buscar a vitória: e ganhou por 1 a 0, após um gol aos 14 minutos do primeiro tempo, feito pelo zagueiro Gil, que recebeu bola cruzada de escanteio batido por Fagner e cabeceou para chão; o quick da bola e um leve desvio em Felipe Melo (que desde o início desta temporada passou a jogar de zagueiro) confundiram o goleiro Weverton, que acabou deixando a pelota passar. Com isso, o Corinthians segurou o resultado – quase que exclusivamente por méritos do goleiro Cássio, que viveu noite fora de série –, mesmo o Palmeiras tendo reagido ainda no primeiro tempo e tendo sido superior durante todo o segundo tempo. Mas o destino reservaria ao Palmeiras algo muito mais compensador por aquela amarga derrota no Derby. Era para ser assim!
Pressionado após perder o Derby, mesmo classificado, o Palmeiras precisava vencer a equipe do Água Santa na 12ª rodada para honrar a sua torcida e também limpar a imagem maculada que havia ficado na única vez em que as equipes se enfrentaram até então, quando o Verdão sofreu goleada por 4 a 1 para o time de Diadema (então novato na Série A1) no Prudentão, pelo Campeonato Paulista de 2016.
Após um primeiro tempo sem gols, o Alviverde saiu perdendo por 1 a 0 aos 17 minutos do segundo tempo, mas o time alviverde mostrou sua garra de campeão e buscou a virada. Aos 26 veio o gol de empate, com o volante Ramires, de cabeça, e aos 41 o da virada, com Luiz Adriano, que bateu mal o pênalti mas se redimiu ao aproveitar o rebote do goleiro Giovanni. Foi sofrido, mas virou para 2 a 1, com gols de Ramires e Luiz Adriano. O triunfo ajudou a acalmar os ânimos da torcida – qualquer resultado que não fosse uma vitória, àquela altura, faria com que o time pudesse estar sujeito a protestos. Mesmo não apresentando um futebol muito mais “raçudo” do que convincente, críticos tiveram de “engolir” ataques ao Verdão devido o resultado positivo. Além do mais, o momento era de apoio, pois o clube entraria a partir de então em disputas eliminatórias.
Nas fases decisivas, foi tudo muito rápido. Quem jogava na quarta-feira e passava de fase, já estaria decidindo novamente no domingo seguinte (lembrando que as fases eram em jogo único até a semifinal).
Nas quartas de final, como o primeiro colocado enfrentava o segundo de cada grupo, o Palmeiras, líder do grupo B, enfrentou o Santo André, o outro classificado – o Alviverde havia encerrado a primeira fase como líder de seu grupamento e segundo na classificação geral do campeonato, atrás apenas do Red Bull Bragantino. Vale lembrar que os times ainda vivos na competição melhores pontuados na primeira fase tinham o direito de decidir em casa as quartas de final, e assim sucessivamente.
No sufoco, o Palmeiras conseguiu superar o Santo André após partida tensa no Allianz Parque. O time do ABC jogou praticamente a partida toda na retranca. Mesmo a maior parte do tempo no ataque, o Verdão não via seu gol sair e, após os 40 minutos do segundo tempo, a cada instante que se passava, parecia ainda mais que a vaga para a semifinal seria decidida nos pênaltis. Finalmente, porém, veio a redenção aos 42 do segundo tempo, com Felipe Melo, que foi feliz ao conseguir subir para cabecear bola oriunda de escanteio cobrado por Lucas Lima, A bola ainda desviou no zagueiro Rodrigo, do time andreense, e impossibilitou que o goleiro Ivan chegasse.
Surpreendentemente, quando tudo parecia resolvido na bacia das almas, Marcos Rocha, aos 48 minutos, aproveitou rebote do chute de Zé Rafael, após lançamento recebido pelo camisa 8 de Luiz Adriano, e não desperdiçou: dominou e empurrou a redonda para dentro da rede.
Na semifinal, o Palmeiras – melhor pontuado entre os times que chegaram até essa fase – enfrentou a Ponte Preta, novamente no Allianz Parque, e abriu a contagem por 1 a 0, com belo gol de Patrick de Paula, aos 45 minutos do primeiro tempo – o volante chutou com classe de canhota, de fora da área, após longo lançamento de Ramires do meio de campo, e foi certeiro, não dando chance ao arqueiro Ivan, que vinha salvando a Macaca. No segundo tempo, o Alviverde também foi superior, mas o nível do duelo acabou decaindo e a partida esfriou moderadamente. Weverton chegou a fazer boa defesa em uma tentativa de Roger e Gustavo Scarpa carimbou o travessão adversário, mas só ficou nisso. Desta forma, o Verdão foi à final contra o Corinthians, que havia jogado horas antes contra o Mirassol e já estava assegurado na final.
Contra o Corinthians, no jogo de ida, em Itaquera, os times empataram sem gols na quarta-feira à noite (05/08), com destaque para grande atuação do goleiro Weverton, que foi fundamental para que o Palmeiras não chegasse em desvantagem à partida decisiva em sua casa: ele fez duas defesas difíceis no primeiro tempo, sendo a segunda delas um verdadeiro milagre! O lance salvador aconteceu aos 30 minutos de bola rolando. Após o corintiano Luan cruzar e Jô resvalar na bola, Mateus Vital aproveitou a sobra para chutar de pé direito, com força, e ver o camisa 1 do Verdão se esticar completamente para, no tempo perfeito, espalmar a bola com a ponta dos dedos, evitando o que seria um gol certo.
Além disso, não ter perdido para o Corinthians naquele jogo de ida também significava manter sua superioridade numérica em confrontos gerais de Derbys, que até antes daquele clássico era de uma vitória a mais sobre o rival em 373 duelos disputados (131 triunfos do Alviverde e 130 do Alvinegro, além de outros 112 empates).
De camisa verde, calção branco e meião verde, a Sociedade Esportiva Palmeiras foi a campo no sábado (08/08), assim como em 12/06/1993, para enfrentar o rival Corinthians pela partida da final do Campeonato Paulista de 2020. O palco do confronto do jogo de volta, desta vez, foi o Allianz Parque – mesmo palco e mesmo adversário da final do Paulista de 2018, cujo desfecho o torcedor precisava superar o trauma. O time precisava vingar aquele sabor amargo!
Com um primeiro tempo lento, poucas chances foram criadas para ambos os lados. A principal delas, porém, favoreceu o lado palmeirense, com Willian, logo nos minutos iniciais, que obrigou Cássio a fazer boa intervenção. Mas no segundo tempo, logo aos três minutos, Luiz Adriano abriu a contagem de cabeça, após ótimo cruzamento do lateral-esquerdo uruguaio Matías Viña e, com isso, o Alviverde passou a levar vantagem.
Com a maior parte do tempo sob a posse de bola, o time de Luxemburgo não se encolheu diante das movimentações corintianas e seguiu atacando o rival. Nos minutos finais, certa pressão tomou conta do Allianz Parque vazio – um gol, àquela altura, levaria o jogo para os penais, e era tudo o que o Palmeiras não queria.
No entanto, foi exatamente o que aconteceu: Gustavo Gómez – que vinha sendo um dos melhores jogadores em campo durante os 90 minutos –, aos 50 minutos do segundo tempo (ou seja, na última bola do jogo), na tentativa de afastar o perigo a qualquer custo, acabou derrubando Jô na área e, com isso, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira assinalou penalidade máxima, batida e convertida pelo próprio Jô (Weverton ainda tocou na pelota, mas não conseguiu evitar).
A partir daí, o clima de tensão, desespero e pessimismo tomou conta de grande parte da torcida alviverde que não pôde estar no Allianz Parque naquele dia. Cada um dos 18 milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo, nesse momento, viram desabar um título que estava a apenas dez segundos de ser conquistado! Enquanto isso, o time corintiano agia em campo como se já tivesse conquistado, como se não houvesse outro desfecho possível para a história.
Foi aí que brilhou a estrela de Weverton, goleiro campeão olímpico pela Seleção Brasileira em 2016, que ajudou o time a decidir nos penais, mostrou o resultado de seu trabalho e esbanjou reflexo, acertando todos os cantos em que os jogadores adversários chutaram. Weverton já começou pegando logo a primeira cobrança do Corinthians, batida por Michel; na primeira do Palmeiras, no entanto, batida por Bruno Henrique, Cássio defendeu. Novamente a tensão estava no ar. Após algumas cobranças com ambos os times convertendo, Weverton defendeu mais uma! Pegou o pênalti de Cantillo.
A partir de então, o Verdão não desperdiçou mais nenhuma, cabendo ao jovem valor da base (promovido ao time principal no início de 2020, ao lado de outros jovens destaques), Patrick de Paula, cobrar o penal derradeiro. Com muita personalidade, o camisa 5, de pé esquerdo, chutou alto, no canto direito, com muita força, sem dar a mínima condição de defesa à Cássio. E assim, da forma mais dramática e cruel de vingar 2018, o Palmeiras sagrou-se o grande campeão paulista de 2020!
Esta foi a 8ª disputa de penalidades de classificação ou obtenção de título entre Palmeiras e Corinthians. Com o triunfo do Alviverde naquele sábado, o retrospecto após esse título ficou novamente equilibrado: 4 a 4. O Verdão superou o rival nos pênaltis em 1999 (quartas da Libertadores), 2000 (semi da Libertadores), 2015 (semi do Paulista e 2020 (final do Paulista); já o rival levou a melhor em 1970 (semi do Torneio Quadrangular de São José dos Campos), 1998 (semifinal do Torneio Maria Quitéria), 2011 (semi do Paulista) e 2018 (final do Paulista). Portanto, de vitórias em competições de fato relevantes em penais o saldo é de 4 a 2 para o Palmeiras.
Levando em conta apenas o período Allianz Parque (reformado e inaugurado com essa configuração em 2014), este foi o terceiro título conquistado no local. Antes disso, em sua casa nova, o Palmeiras sagrou-se campeão da Copa do Brasil de 2015, sob o comando de Marcelo Oliveira, contra o Santos (vitória por 2 a 1 e título nos pênaltis) e do Brasileirão de 2016, no time dirigido por Cuca, contra a Chapecoense (37ª rodada). Entretanto, vale destacar que o troféu do Brasileirão de 2018, cujo título foi conquistado na 37ª rodada do Nacional daquele ano diante do Vasco, no São Januário, fora erguido no Allianz Parque, na última rodada (triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória-BA).
Devido às medidas de combate ao novo coronavírus, esta foi a primeira vez na história que o campo do Parque Antarctica, um dos palcos do Derby desde 1917, recebeu o clássico mais tradicional da cidade com portões fechados para a torcida. Esta foi a primeira vez em que o Palmeiras ergueu um troféu sem público nas arquibancadas.
Com a campanha campeã, o Palmeiras foi também o dono da melhor defesa, com apenas sete gols sofridos, sendo seis na primeira fase (parâmetro justo de comparação, pois é quando todos os times jogam o mesmo número de vezes: 12) – algo que se repete, em Paulistas, pela 4ª vez seguida: foi assim também em 2017 (oito gols sofridos), 2018 (outros oito) e 2019 (cinco), sempre levando em conta o número de gols sofridos na primeira fase.
Vale destacar ainda que, dentro de sua casa, o Palmeiras passou ileso no Campeonato Paulista 2020: foram nove jogos, com seis vitórias e três empates, sendo sete jogos no Allianz Parque, com cinco vitórias (Mirassol, Guarani, Água Santa, Santo André e Ponte Preta) e dois empates (Ferroviária e Corinthians); um duelo na Arena da Fonte Luminosa (empate contra o São Paulo); e outro jogo no Pacaembu (vitória sobre o Oeste).
Campanha:
Jogos: 16 (8 vitórias, 6 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 21
Gols sofridos: 7
Jogo decisivo:
Palmeiras 1 (4) x (3) 1 Corinthians
Campeonato Paulista 2020 (Final – 2º jogo)
Data: 08/08/2020
Estádio: Allianz Parque. São Paulo-SP
Público: Portões fechados (pandemia da Covid-19)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Cartões amarelos: Lucas Lima, Patrick de Paula e Rony (PAL); Gabriel, Gil e Cantillo (COR)
Gols: Luiz Adriano (4’ do 2ºT-PAL) e Jô (51′ do 2ºT-COR).
Pênaltis: Raphael Veiga, Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Patrick de Paula (PAL); Danilo Avelar, Sidcley e Jô (COR)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Rony, no intervalo) e Ramires (Bruno Henrique, no intervalo); Willian (Lucas Lima, aos 39’/2ºT), Zé Rafael (Raphael Veiga, aos 30’/2ºT) e Luiz Adriano (Gustavo Scarpa, aos 31’/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Cássio; Fagner (Michel Macedo, aos 25’/2ºT), Gil, Danilo Avelar e Carlos Augusto (Sidcley, aos 35’/2ºT); Gabriel (Cantillo, aos 13’/2ºT) e Éderson; Ramiro (Araos, 13’/2ºT), Luan e Mateus Vital (Everaldo, no intervalo); Jô. Técnico: Tiago Nunes.
Decisões entre Palmeiras e Corinthians
PALMEIRAS X CORINTHIANS
Decisões de campeonatos, torneios e taças únicas
1919 – Taça Pinoni
1928 – Taça Caridade
1928 – Taça Conde Matarazzo
1930 – Taça Hospital Humberto Primo
1931 – Taça Curso Diário Nacional
1935 – Torneio Inicio
1936 – Campeonato Paulista
1938 – Taça Embaixatriz Logiacomo
1938 – Campeonato Paulista Extra
1940 – Torneio Inauguração do Pacaembu – Taça Cidade de São Paulo
1945 – Taça Antônio Feliciano
1948 – Taça Otto Barcellos
1951 – Torneio Rio-São Paulo
1954 – Taça Cidade de Barretos
1974 – Campeonato Paulista
1978 – Taça Jubileu TV Record
1989 – Taça Darci Reis
1993 – Campeonato Paulista
1993 – Torneio Rio-São Paulo
1994 – Campeonato Brasileiro
2009 – Taça Osvaldo Brandão
2020 – Campeonato Paulista
1926 – Taça Elixir de Cabo Verde Composto
1941 – Taça Duque de Caxias
1973 – Torneio Laudo Natel
1982 – Taça Derby
1984 – Taça Paulo Machado de Carvalho
1995 – Campeonato Paulista
1999 – Campeonato Paulista
2018 – Campeonato Paulista
Troféu Ramón de Carranza
Criado em 1955, o Troféu Ramón de Carranza é um tradicional torneio de verão sediado na cidade de Cádis, na Espanha, e disputado anualmente por quatro equipes. Até a década de 80, era considerado o mais importantes torneio internacional de clubes. Com 1,71m de altura, a taça ficou conhecida popularmente como “a taça das taças”.
O Palmeiras acumula seis edições disputadas (1969, 1974, 1975, 1976, 1981 e 1993). Além de ser o clube que mais vezes representou o Brasil na competição, é também o que mais títulos ganhou, junto com o Vasco, com três conquistas cada.
Na época conhecido mundialmente pelo seu futebol vistoso e vencedor, o Alviverde iniciou sua trajetória no Troféu Ramón de Carranza no ano de 1969, quando foi convidado pela primeira vez a disputar a 15ª edição do torneio. O Palmeiras debutou contra o Atlético de Madrid-ESP e, logo em sua estreia, fez uma partida épica. Depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar (gol de Cardoso), o jogo foi para os pênaltis. Chicão, o arqueiro alviverde, fez jus à excelente escola de guarda-metas palestrina e, após defender duas cobranças e ver outra ir para fora, levou o Palmeiras à final. No jogo decisivo, diante de 25 mil expectadores, o Verdão bateu o poderoso Real Madrid por 2 a 0, com gols de Zé Carlos e Dé.
A Sociedade Esportiva Palmeiras se tornava a primeira equipe brasileira a conquistar o certame, com a primazia de tê-lo conseguido logo na sua primeira participação. A delegação palmeirense foi recebida com festa, trazendo não só o caneco, mas o orgulho de ter representado o Brasil, mais uma vez, com tanta dignidade em solo estrangeiros.
Cinco anos mais tarde, em 1974, a esquadra de Palestra Italia foi novamente convidada para o torneio. Mas, desta vez, a imprensa europeia era unânime em apontar o Barcelona-ESP, comandado por Rinus Michels, e o Santos, de Pelé, como os postulantes inquestionáveis ao título. Assim como hoje, o Barcelona era muito temido, já que tinha dois dos melhores jogadores da época, os meio-campistas Cruyff e Neeskens, entre outros. A dupla holandesa havia deslumbrado o mundo com um futebol envolvente levando a “Laranja Mecânica” ao vice-campeonato da recém-terminada Copa do Mundo de 1974.
O Palmeiras tinha seis jogadores que disputaram aquela Copa pelo Brasil: Leão, Luís Pereira, Alfredo, Ademir da Guia, Leivinha e César. Leão, Luís Pereira e Leivinha como titulares, enquanto Alfredo, César e Ademir da Guia ficaram na reserva. A Seleção acabou sendo eliminada pela própria Holanda. Mas, contra o Barça, a história foi completamente diferente. O Divino, com seu estilo de jogo hipnótico, que forçava todos (até o adversário) a jogar em seu ritmo, foi o maestro da orquestra alviverde e mostrou a Zagalo – técnico da Seleção Brasileira em 74 – que, com ele em campo, o Brasil poderia ter vencido o fantástico Carrossel Holandês. Cruyff e Neeskens nem viram a bola.
O tão aguardado encontro entre Pelé e Cruyff ficou relegado à disputa do 3º lugar, pois, contrariando todas as apostas, o Santos caiu para o Espanyol-ESP, enquanto o Palmeiras superou os catalães pelo placar de 2 a 0, com gols de Leivinha e Ronaldo. Na decisão, Levinha e Luís Pereira balançaram as redes e, com o jogo terminado em 2 a 1, o Alviverde, que para muitos tinha ido à Espanha apenas para disputar a 3ª posição com o Espanyol, surpreendeu o mundo e se tornou bicampeão do Troféu Ramón de Carranza. Já o Santos de Pelé terminou em 4º lugar, após ser goleado por 4 a 1 pelo mesmo Barcelona que o Palmeiras havia vencido na véspera.
No ano de 1975, o Palmeiras novamente foi à cidade de Cádis, mas, dessa vez, como o atual campeão do torneio, a equipe a ser batida. Os clubes que participaram daquela oportunidade foram Real Madrid (ESP), Real Zaragoza (ESP), Dínamo de Moscou (RUS) e Palmeiras. No primeiro jogo da semifinal, o Verdão enfrentou o Real Zaragoza. Ademir da Guia marcou o único gol palmeirense na vitória por 1 a 0, garantindo a equipe de Palestra Italia na grande final, em que enfrentaria outro espanhol, agora da capital. Novamente, era a forte equipe do Real Madrid liderada por Breitner e Nester – ambos campeões da Copa do Mundo de 74 pela Alemanha – que estava no caminho do Palmeiras. Os espanhóis haviam vencido o Dínamo de Moscou na outra semifinal por 2 a 1.
Comandado por Dino Sani, o Alviverde foi a campo com Leão; Eurico, Luís Pereira, Arouca e João Carlos; Édson (Didi) e Ademir da Guia; Edu, Leivinha (Mario), Itamar e Nei. O Palmeiras inaugurou o placar após bela trama no ataque. Leivinha deixou Edu na cara do gol, que não perdoou: 1 a 0 Verdão. Leivinha partiu do meio de campo para ampliar o marcador com uma bela jogada individual: 2 a 0. Em seguida, o centroavante Itamar, sozinho na pequena área, só teve o trabalho de testar para o fundo das redes: 3 a 0. Os madrilenhos ainda diminuíram com gol de Breitner, mas não foi suficiente para impedir o triunfo alviverde. De forma consecutiva, o Palmeiras quebrou mais uma vez a hegemonia europeia e trouxe a taça para casa.
A partida marcou também o limiar da gloriosa Segunda Academia. O título de 1975 foi determinante para as despedidas de Luís Pereira e Leivinha, que, devido a mais uma campanha vitoriosa em solo hispânico, acabaram sendo negociados com o Atlético de Madrid, pelo qual se tornaram ídolos. Considerado o maior zagueiro da história do Palmeiras, inclusive o beque com o maior número de gols vestindo a camisa alviverde, Luís Pereira foi convidado a trabalhar na equipe colchonera quando encerrou a carreira e, até hoje, mora em Madrid e trabalha no time B do Atlético.
Para Leivinha, o Troféu Ramón de Carranza de 1975 também tem um significado especial. Ao se transferir para o futebol espanhol, o meia conseguiu realizar um grande sonho de seu avô. “Aconteceu tudo muito rápido. Lembro que fomos contratados pelo Atlético já no avião de volta para o Brasil. Assim que chegamos, tivemos que pegar outro vôo para a Espanha para assinar o contrato. O Carranza de 75 foi muito importante na minha vida, porque, quando pequeno, eu tinha feito uma promessa com meu avô, que era espanhol, que um dia eu jogaria na Espanha. Graças a esse título consegui cumprir minha palavra com ele. Até fui lá na terra dele, tirei fotos e dei para ele depois. Ele ficou muito feliz”, declarou.
O retrospecto palmeirense na história do quadrangular europeu é favorável. Em 12 jogos, o Verdão tem sete vitórias, dois empates e três derrotas. O maior goleador do Palmeiras no torneio é Edu Bala, com cinco tentos. E como não poderia faltar nesta lista, Ademir da Guia é o jogador que mais defendeu as cores palestrinas em edições do Troféu Ramón de Carranza, acumulando sete jogos disputados (1969, 1974, 1975 e 1976).
Campeão das Cinco Coroas
No início da década de 1950, o Palmeiras alcançou um feito até então inédito no futebol paulista ao conquistar cinco títulos consecutivos em competições oficiais. Essa sequência impressionante de troféus foi imortalizada pela crônica esportiva e pelos torcedores da época como a campanha das “Cinco Coroas”, em que cada joia representava uma conquista palmeirense.
O primeiro troféu foi a Taça Cidade de São Paulo de 1950, após vitória por 3 a 2 sobre a Portuguesa de Desportos e empate em 2 a 2 contra o São Paulo. O segundo caneco veio no Campeonato Paulista de 1950: com 22 jogos, 13 vitórias, 6 empates, 3 derrotas, 45 gols marcados e 22 gols sofridos, o Verdão não deu chances para os seus tradicionais concorrentes e faturou o título no empate em 1 a 1 com o São Paulo (gol de Aquiles), que ficou eternizado como o Jogo da Lama.
A terceira taça palmeirense foi a conquista do Torneio Rio-São Paulo de 1951. Na decisão, o Palmeiras superou o seu arquirrival Corinthians, impondo-lhe duas derrotas. Na primeira partida, no estádio do Pacaembu, o Verdão venceu por 3 a 2, gols marcados por Liminha, Aquiles e Homero (contra). No segundo encontro, novamente no estádio do Pacaembu, nova vitória alviverde, dessa vez pelo placar de 3 a 1, com gols de Aquiles e Jair Rosa Pinto (2).
O quarto triunfo foi o bicampeonato da Taça Cidade de São Paulo, em 1951, com goleada sobre o Santos por 6 a 2 e vitória sobre o São Paulo por 3 a 2. Já a quinta e mais importante conquista palmeirense foi o Torneio Internacional de Clubes Campeões, também em 1951. Numa campanha fantástica, o Palmeiras superou na primeira fase o Olympique de Nice, da França, e o Estrela Vermelha, da extinta Iugoslávia, perdendo apenas para a Juventus, da Itália. Nas semifinais, em dois jogos, superou o Vasco da Gama, e nas finais, também em duas partidas, faturou a taça com uma vitória por 1 a 0 e um empate em 2 a 2 contra a mesma Juventus de Turim, para delírio de um Maracanã lotado e levando mais de um milhão de pessoas às ruas do Brasil.
Campeoníssimo
Durante o Campeonato Paulista de 1942, o jornal A Gazeta Esportiva, com a anuência da Federação Paulista de Futebol (FPF), colocou em disputa o Troféu Campeoníssimo para apurar qual seria o melhor time da competição entre o Trio de Ferro, formado por Palmeiras, Corinthians e São Paulo.
O clube que tivesse o melhor desempenho nos clássicos de turno e returno dentro do estadual seria aclamado campeão e exaltado como a equipe “Campeoníssima do Futebol Bandeirante”, incluindo a posse de um bronze artístico em forma de jogador de futebol em tamanho real.
Palmeiras, Corinthians e São Paulo também jogavam o seu prestígio e popularidade para obter tal honraria, oferecida pela crônica esportiva nos confrontos diretos entre as equipes. Se os clássicos, por si só, já criam uma grande mobilização, o troféu em disputa gerou um fator a mais para os tradicionais rivais.
A campanha palestrina apontou os seguintes resultados: no primeiro turno, Palmeiras 2×1 São Paulo e Palmeiras 1×1 Corinthians. No segundo turno, Palmeiras 3×1 São Paulo e Palmeiras 1×3 Corinthians. Os concorrentes perderam pontos entre si (no primeiro turno, São Paulo 3×3 Corinthians; no segundo, Corinthians 2×4 São Paulo) e, com isso, o Verdão ficou com a taça.
Campeão do Torneio Início do Campeonato Paulista e do Campeonato Paulista, o troféu Campeoníssimo fechou o ano palmeirense de 1942 com chave de ouro e imortalizou essa alcunha entre torcedores e imprensa, que passaram a associar o termo ao Alviverde Imponente.
Campeão do Século
Nenhum clube brasileiro coleciona tantas glórias e ostenta uma história tão vitoriosa quanto o Palmeiras. São diversas conquistas estaduais, interestaduais, nacionais e internacionais que, inclusive, renderam ao Verdão o título de “Campeão do Século 20” segundo a revista Placar e os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
Fundado em 1914, o Palestra Italia levantou sua primeira taça já em 1920, contra o então tetracampeão Paulistano. Treze anos depois, com o Torneio Rio-São Paulo de 1933, tornou-se o primeiro campeão interestadual do Brasil e, de quebra, o primeiro campeão da era profissional do futebol brasileiro.
Em 1951, um ano após a Copa do Mundo, o Brasil sediou o primeiro campeonato internacional de clubes campeões da história. E como não podia deixar de ser, quem levantou o troféu foi o Palmeiras, agora já com o novo nome e com a bandeira verde-amarela estampada no peito.
O início dos campeonatos nacionais no país coincidiu com as Academias de Futebol dos anos 60 e 70. Foram seis títulos brasileiros ao todo (feito igualado apenas pelo Santos de Pelé) e um futebol de classe e toque de bola que encantou o mundo da bola e fez do Palmeiras o primeiro clube a ter a honra de representar a seleção brasileira.
A década de 1990 rendeu mais conquistas de Paulista, Rio-São Paulo e Brasileiro, mas foi coroada mesmo com o título da Copa Libertadores de 1999, o único que faltava na extensa galeria alviverde e que sacramentou o Palmeiras como grande campeão do primeiro século de futebol no Brasil.
Neste novo milênio, agora tendo como palco principal uma arena moderna e imponente, o Verdão segue sua trajetória gloriosa, orgulhando a sua apaixonada torcida e provando, cada vez mais, “que de fato é campeão”.
Campeonato Brasileiro – 1972
Com mudanças em relação ao time da Primeira Academia de Futebol da década de 1960, Ademir da Guia e Leivinha comandaram o primeiro título nacional da segunda era de craques, que, assim como a primeira, encantou até torcedores dos principais rivais. Ademir e César Maluco mantiveram a regularidade, Leivinha chegou comendo a bola e Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Zeca, Edu Bala e Nei se tornaram unanimidades. Em 30 jogos do Brasileiro, o esquadrão só vivenciou a derrota em quatro oportunidades. Foi a quinta vez que a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou o país.
Na primeira etapa do Campeonato Brasileiro, 26 agremiações foram divididas em quatro grupos de sete ou oito equipes que jogaram todas contra todas em turno único, classificando-se para a segunda fase as quatro mais bem colocadas de cada chave. Com 14 vitórias, 8 empates e apenas 3 derrotas, o Verdão avançou sem maiores dificuldades, caindo no grupo B, junto com São Paulo, América-RJ e Coritiba. O primeiro jogo já quase custou o campeonato – uma derrota por 2 a 0 frente ao São Paulo obrigou os comandados de Oswaldo Brandão a vencerem os outros dois adversários e torcerem por um tropeço do rival. Graças aos 3 a 1 no América-RJ e aos 3 a 0 no Coritiba, aliado a uma derrota são paulina, o Alviverde avançou à semifinal.
Com a vantagem do empate, já que detinha a melhor campanha geral, o Alviverde segurou um 1 a 1 contra o Internacional do zagueiro Figueroa e, na final, nem o ataque comandado por Jairzinho foi capaz de furar a defesa palmeirense – Botafogo e Palmeiras ficaram no 0 a 0 em um Morumbi com quase 60 mil espectadores. O melhor time do torneio confirmou o favoritismo e conquistou seu quinto Brasileiro, sendo o primeiro título no âmbito nacional da Segunda Academia.
Campanha:
Jogos: 30 (16 vitórias, 10 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 46
Gols sofridos: 19
Jogo decisivo:
Palmeiras 0x0 Botafogo
Campeonato Brasileiro – Final
Data: 23/12/1972
Local: Morumbi (São Paulo)
Árbitro: Agomar Martins (RS)
Público/Renda: 58.287/Cr$ 649.445,00
Palmeiras: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu (Zé Carlos, 28 do 2°) e Ademir da Guia; Edu Bala (Ronaldo, 25 do 2°), Madurga, Leivinha e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
Botafogo-RJ: Cao, Waltencir, Brito, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir Vicente (Ferretti, intervalo). Técnico: Sebastião Leônidas.
Campeonato Paulista – 2008
Depois de vencer a Copa dos Campeões de 2000, o Verdão amargou um jejum de títulos que durou até maio de 2008, quando a equipe goleou a Ponte Preta por 5 a 0, no Estádio Palestra Italia, registrando a maior diferença de gols em uma final de Paulistão na era do profissionalismo. Vanderlei Luxemburgo, tricampeão estadual pelo próprio Palmeiras e comandante na última conquista paulista em 1996, foi o responsável por guiar os atletas rumo a mais esta façanha.
As 20 equipes participantes da edição de 2008 se enfrentaram em turno único, sendo que as quatro primeiras avançaram para as semifinais. O clube terminou esta fase com o melhor ataque e com o mesmo número de pontos do líder Guaratinguetá, com destaque para as vitórias diante de Corinthians (1×0) e São Paulo (4×1). Na etapa eliminatória, o adversário foi justamente os são-paulinos, que venceram a primeira partida por 2 a 1 graças a um gol de mão do atacante Adriano; Alex Mineiro descontou. Na semana seguinte, Léo Lima abriu o placar em chute de fora da área e, após bela assistência de Wendel, Valdivia selou a classificação palmeirense para final.
Apenas a Ponte Preta estava no caminho entre o Palmeiras e a taça, porém, nem atuando em seus domínios, os campineiros conseguiram fazer frente ao Palmeiras – no Estádio Moisés Lucarelli, o lateral Leandro cobrou escanteio para Kléber Gladiador, que não perdoou e garantiu a vantagem para o embate de volta. Quase 30 mil palmeirenses lotaram o Palestra Italia e presenciaram os tentos de Ricardo Conceição (contra), Valdivia e Alex Mineiro (três vezes), que sacramentaram a conquista. Coroando a campanha, Alex ainda se tornou o artilheiro isolado da competição, tendo ido às redes em 15 oportunidades.
Campanha:
Jogos: 23 (15 vitórias,4 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 45
Gols sofridos: 18
Jogo decisivo:
Palmeiras 5×0 Ponte Preta
Campeonato Paulista de 2008 (Final – 2º jogo)
04/05/2008
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 27.927
Cartões vermelhos: Deda (PPR) e Diego Souza (PAL)
Árbitro: Cleber Wellington Abade (SP)
Palmeiras: Marcos (Diego Cavalieri); Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre, Martinez, Diego Souza e Valdivia; Kléber (Denílson) e Alex Mineiro (Lenny). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Ponte Preta: Aranha; Eduardo Arroz, César, João Paulo e Vicente; Deda, Ricardo Conceição, Elias (Giuliano) e Renato Cajá; Luís Ricardo e Leandro (Wanderley). Técnico: Sérgio Guedes.
Gols: Ricardo Conceição contra (19’ do 1ºT-PAL), Alex Mineiro (33’ do 1ºT-PAL), Valdivia (27’ do 2ºT-PAL), Alex Mineiro (30’ do 2ºT-PAL) e Alex Mineiro (32’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1996
Campanha:
Jogos: 30 (27 vitórias,2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 102
Gols sofridos: 19
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×0 Santos
Campeonato Paulista (14ª rodada do 2º turno)
02/06/1996
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 27.000
Árbitro: Oscar Ruiz (COL)
Cartão vermelho: Edinho
Palmeiras: Velloso; Cafu, Sandro Blum, Cléber (Cláudio) e Júnior (Elivélton); Amaral (Marquinhos), Galeano, Djalminha e Rivaldo; Müller e Luizão. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Santos: Edinho; Cláudio, Sandro, Narciso e Marcos Adriano; Gallo, Baiano, Jamelli e Robert (Camanducaia); Macedo (Nando) e Giovanni. Técnico: Orlando Lelé.
Gols: Luizão (6’ do 1ºT-PAL) e Cléber (34’ do 2ºT- PAL).
Campeonato Paulista – 1994
Campanha
Jogos: 30 (20 vitórias, 7 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 63
Gols sofridos: 22
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Santo André
Campeonato Paulista de 1994 (29ª rodada)
12/05/1994
Estádio Bruno José Daniel. Santo André-SP
Público: 10.839
Árbitro: Renato Marsiglia (RS)
Palmeiras: Fernández; Cláudio, Tonhão (Alexandre Rosa), Ricardo (Amaral) e Roberto Carlos; César Sampaio, Rincón, Mazinho e Zinho; Edílson e Evair. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Santo André: Sílvio; Marcão, Agnaldo, Correia e Cipó; Candeias, Marcos Paulo (Zinho), Marquinhos, Jorginho e Rizza; Claudinho. Técnico: Jair Picerni.
Gol: Evair (19’ do 1Tº).
Campeonato Paulista – 1993
A parceria firmada com a multinacional Parmalat um ano antes rendeu seu primeiro grande fruto logo diante do maior rival – após contratações de peso, o Verdão formou uma verdadeira seleção e faturou o troféu estadual de 1993 quebrando um tabu de quase 17 anos de sofrimento. Mazinho e Zinho foram adquiridos em 1992, mas Antônio Carlos, Roberto Carlos e Edmundo foram comprados exclusivamente para este Paulistão. Estes craques se juntaram à Velloso, César Sampaio e Evair, formando um time quase imbatível. Pior para o Corinthians. O torneio contou com 30 equipes que disputaram o título por intermédio de duas fases, a primeira com todas as agremiações e a segunda com as oito mais bem classificadas. Na etapa inicial, os times foram divididos em dois grupos – um continha os 16 melhores do ano anterior e o outro os 12 piores somados aos dois clubes recém-promovidos da segunda divisão. Alocado no primeiro bloco, o Verdão liderou esta etapa com folga, terminando com 19 triunfos, 6 empate e 5 derrotas. O desempenho credenciou o Verdão a disputar, em turno e returno, com Guarani, Rio Branco e Ferroviária uma das vagas para a final. Vencendo todos os compromissos diante de campineiros, americanenses e araraquarenses, o Alviverde garantiu, com facilidade, a presença na finalíssima. A vítima na quebra do tabu foi justamente o Corinthians, que, antes de cruzar com os palestrinos, eliminou São Paulo, Santos e Novorizontino. Porém, com apenas 13 minutos de decisão, Neto cobrou falta para a área e Viola completou, abrindo o placar para os corintianos. Na comemoração, o atacante imitou um porco, fato que irritou a torcida e foi usado por Vanderlei Luxemburgo para motivar seus atletas para partida de volta. O Palmeiras voltou com outra postura para o histórico embate do dia 12 de junho, realizando uma partida quase perfeita. Com pouco mais de meia hora de jogo, Evair protegeu bem a bola e serviu Zinho, que, de perna direita, colocou os palmeirenses na frente. O regulamento previa que qualquer vitória, independentemente da diferença de gols, levaria o prélio para prorrogação, mas, para não deixar dúvidas, o Matador tratou de ampliar, após pela jogada de Mazinho. Edílson ainda teve tempo de marcar o terceiro, levando o confronto para o tempo extra. Atordoado, o adversário não conseguiu reagir e Evair anotou novamente – Ricardo cometeu pênalti e o camisa 9 converteu com a maestria que lhe era familiar. O sofrimento chegou ao fim e uma nova era começou. A Era Parmalat. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 38 (26 vitórias, 6 empates e 6 derrotas)
Gols marcados: 72
Gols sofridos: 30
Palmeiras 4×0 Corinthians
Campeonato Paulista (Final – 2º jogo)
12/06/1993
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 104.401
Árbitro: José Aparecido de Oliveira (SP)
Expulsões: Ezequiel (COR), Henrique (COR), Tonhão (PAL) e Ronaldo (COR)
Palmeiras: Sérgio; Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel Frasson, Edílson (Jean Carlo) e Zinho; Edmundo e Evair (Alexandre Rosa). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo; Leandro Silva, Marcelo Djian, Henrique e Ricardo; Ezequiel, Marcelinho Paulista e Neto; Paulo Sérgio, Adil (Tupãzinho) (Wilson) e Viola. Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Zinho (36’ do 1ºT), Evair (29’ do 2ºT), Edílson (38’ do 2ºT) e Evair (9’ do 1ºT da prorrogação).
Campeonato Paulista – 1976
Muitas vezes lembrado como o último título de Ademir da Guia e a derradeira conquista da Academia, o título estadual de 1976, entretanto, merece outros destaques. Como, por exemplo, os 28 jogos disputados com apenas uma única derrota, o recorde de público do Estádio Palestra Italia ou os primorosos lances protagonizados por Divino e companhia. Na primeira fase do torneio, 18 equipes jogaram em turno único, divididas em três grupos, nos quais as quatro melhores avançaram. Alocado no grupo C, o Verdão teve nove triunfos, sete empates e uma derrota, avançando como líder. Na segunda etapa, as 12 agremiações restantes se enfrentaram para, em pontos corridos, definir o campeão. O Alviverde largou com quatro vitórias seguidas e não deixou mais da ponta, brigando com XV de Piracicaba, Guarani, Botafogo, América e São Paulo. Na antepenúltima rodada, o Palmeiras foi até o Morumbi, onde enfrentou justamente os rivais são-paulinos. O time da casa precisava desesperadamente da vitória, porém Ademir logo tratou de eliminar o adversário, marcando aos três minutos de jogo e garantindo o 1 a 0. No penúltimo compromisso, uma igualdade diante dos piracicabanos dava o título ao clube, fato que levou 40.283 palmeirenses ao Estádio Palestra Italia, um recorde que permanece até os dias atuais. Não decepcionando a torcida, Edu Bala levantou a bola na área e Jorge Mendonça marcou o tento da conquista. Na semana seguinte, os palestrinos ainda enfrentaram o Corinthians só para cumprir tabela – Jorge Mendonça marcou duas vezes, encerrando a participação esmeraldina com mais um êxito. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 28 (17 vitórias, 10 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 39
Gols sofridos: 18
Palmeiras 1×0 XV de Piracicaba
Campeonato Paulista de 1976 (Segunda fase – 10ª rodada)
18/08/1976
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 40.283
Árbitro: Romualdo Arppi Filho (SP)
Palmeiras: Leão; Valdir, Samuel, Arouca e Ricardo Longhi; Pires e Ademir da Guia; Edu Bala, Jorge Mendonça, Toninho e Nei. Técnico: Dudu.
XV de Piracicaba: Doná; Volmil, Fernando, Elói e Almeida; Muri e Vágner; Pitanga, Nardela (Capitão), Benê (Paulinho) e João Paulo. Técnico: Dema.
Gol: Jorge Mendonça (39’ do 1ºT).
Campeonato Paulista – 1974
Sem seus principais atletas no início da temporada por causa da Copa do Mundo, o Palmeiras fracassou no Campeonato Brasileiro e na Libertadores da América. Mas quando os craques voltaram, o clube faturou mais um Paulistão e aumentou o jejum do Corinthians que já durava quase 20 anos. Servindo a seleção brasileira, Leão, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Ademir da Guia, Levinha e César Maluco desfalcaram o Verdão durante boa parte do ano, mas chegaram a tempo de calar um Morumbi com mais de 100 mil corintianos. A fase final do estadual de 1974 reuniu 14 equipes de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, Santos, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto, São Paulo e Sorocaba, que se enfrentaram em ida e volta, sendo que os campeões de cada turno fizeram a final. Dividindo atenções com título do Troféu Ramón de Carranza, disputado na Espanha, o Verdão terminou a primeira parte do certame na quinta colocação. Já no segundo turno, o Alviverde enfrentou o maior rival na última rodada, precisando da vitória para garantir a última vaga na finalíssima. O resultado foi um show: 4 a 1 – Leivinha, Brito (contra), Nei e Dudu anotaram; Peri descontou. Com a vitória, o Palmeiras enfrentou o próprio Corinthians nas finais, um adversário pressionado pela seca de títulos, porém confiante pela qualidade de seu elenco. No Pacaembu, Edu Bala abriu o placar logo no primeiro ataque do duelo e Lance empatou na sequência, deixando os times em iguais condições para o segundo jogo. Quatro dias depois, o Morumbi recebeu mais de 100 mil corintianos, porém foi a minoria quem festejou – aos 24 minutos da segunda etapa, Jair Gonçalves levantou a bola na área, Leivinha ganhou de cabeça e ajeitou para Ronaldo, de pé direito, calar a multidão. O 1 a 0 garantiu o 17º Paulista para a sala de troféus do Palestra Italia. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 28 (15 vitórias, 11 empates e 2 derrotas)
Gols Marcados: 40
Gols sofridos: 20
Palmeiras 1×0 Corinthians
Campeonato Paulista de 1974 (Final – 2º jogo)
22/12/1974
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 120.522
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschillia (SP)
Palmeiras: Leão; Jair Gonçalves, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha, Ronaldo e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
Corinthians: Bullice; Zé Maria, Brito, Ademir e Vladimir; Tião e Rivellino; Vaguinho, Lance, Zé Roberto (Ivan) e Adãozinho (Pita). Técnico: Sílvio Pirillo.
Gol: Ronaldo (24’ do 2°T-PAL).
Campeonato Paulista – 1972
A renovação de atletas mais experientes por jovens promessas não mudou o estilo de jogo cadenciado e ofensivo da Academia de Futebol do Palmeiras, mantendo a qualidade e o protagonismo da equipe mesmo durante a transição de gerações. Entre este título estadual e o de 1966, a troca foi grande – Valdir de Moraes deu lugar a Émerson Leão no gol, Djalma Santos e Ferrari deixaram as laterais para as entradas de Eurico e Zeca, enquanto, no ataque, Julinho Botelho, Servílio, Ademar Pantera e Rinaldo passaram o posto para Edu Bala, Leivinha, César Maluco e Nei. Junto com as equipes da capital, as melhores agremiações de Araraquara, Campinas, Piracicaba, Santos, São José do Rio Preto e Sorocaba disputaram o Paulistão de 1972 em pontos corridos, turno e returno. Após 21 rodadas, mais de trinta gols marcados e apenas oito sofridos, o Verdão chegou invicto ao último confronto do certame, precisando de um empate para garantir o troféu. O adversário foi justamente o São Paulo, vice-líder, em um Pacaembu lotado. Com um time superior, o Alviverde dominou a primeira etapa, com direito a bola tirada em cima da linha pela zaga são-paulina, e grandes chances de Leivinha e César Maluco arrematadas para fora. No segundo tempo, Ademir da Guia esbanjou dribles e passes, enquanto no setor defensivo Luís Pereira e Alfredo Mostarda seguraram Toninho Guerreiro, artilheiro do torneio. O Palmeiras conquistou seu 16º título paulista e, pela sexta vez, sobre o rival do Morumbi. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 22 (15 vitórias e 7 empates)
Gols marcados: 33
Gols sofridos: 8
Palmeiras 0x0 São Paulo
Campeonato Paulista de 1972 (22ª rodada)
03/09/1972
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Público: 41.974
Árbitro: Oscar Scolfaro (SP)
Palmeiras: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu (Madurga) e Ademir da Guia; Edu Bala (Fedato), Leivinha, César Maluco e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
São Paulo: Sérgio; Pablo Forlán, Samuel, Arlindo e Gilberto; Edson e Pedro Rocha; Paulo, Terto, Toninho Guerreiro (Zé Carlos) e Paraná (Wilson). Técnico: Alfredo Ramos.
Campeonato Paulista – 1966
A primeira geração da Academia de Futebol já tinha vencido o Paulistão de 1963 e o Rio-São Paulo de 1965 antes de faturar mais um campeonato estadual, desta vez em 1966, e impedir um novo tri do Santos de Pelé (a equipe da Baixada havia sido campeã em 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965). Com um Ademir da Guia mais experiente, o Palmeiras conquistou seu 15º Paulistão e, com isso, tornou-se o maior vencedor da história do torneio à época. Disputado em pontos corridos, em turno e returno, o certame reuniu 15 clubes das cidades de Bauru, Bragança Paulista, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba e capital. Comandado por Mário Travaglini, o Verdão disparou na liderança e chegou ao antepenúltimo jogo, diante do Comercial, com condições de encaminhar o troféu de maneira antecipada, esperando, apenas, um tropeço do Santos no dia seguinte. O palco do duelo foi o Estádio Palma Travassos, em Ribeirão, porém o embate começou com um grande susto – o atacante Paulo Bim abriu o placar para os donos da casa. Mas a Academia logo mostrou que o gol sofrido foi um mero fruto do acaso, virando o marcador ainda no primeiro tempo, graças aos gols de Gallardo e Ademar Pantera. Com mais tranquilidade na segunda etapa, os tentos saíram naturalmente – Gallardo (duas vezes) e Servílio deram números finais ao confronto. Bastava, então, torcer para que o Santos não vencesse a Portuguesa no dia seguinte, no complemento da rodada. E foi o que aconteceu. Derrotado por 1 a 0, o Alvinegro Praiano viu acabar as esperanças de igualar o número de pontos dos palmeirenses, que festejaram mais uma conquista. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 28 (20 vitórias, 3 empates e 5 derrotas)
Gols marcados: 65
Gols sofridos: 31
Palmeiras 5×1 Comercial
Campeonato Paulista de 1966 (26ª rodada)
07/12/1966
Estádio Palma Travassos. Ribeirão Preto-SP
Público: 16.108
Árbitro: Ethelvino Rodrigues (SP)
Expulsos: Rinaldo (PAL) e Jorge (COM)
Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Zequinha e Ademir da Guia; Gallardo, Servílio, Ademar Pantera e Rinaldo. Técnico: Mário Travaglini.
Comercial: Rosan; Ferreira, Jorge, Píter e Nonô; Amauri e Jair Bala; Peixinho, Luís, Paulo Bim e Carlos César. Técnico: Alfredinho.
Gols: Paulo Bim (21’ do 1ºT-COM), Gallardo (33’ do 1ºT-PAL), Ademar Pantera (45’ do 1ºT-PAL), Gallardo (25’ do 2ºT-PAL), Servílio (33’ do 2ºT-PAL) e Gallardo (45’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1963
O Campeonato Paulista de 1963 foi o primeiro título de uma geração que ficaria conhecida como Academia de Futebol – apelido ganho devido à cadência e ao talento dentro de campo, dando verdadeiras aulas de como se deve praticar o esporte. O esquadrão alviverde foi o único capaz de impedir o decacampeonato estadual do Santos de Pelé entre 1960 a 1969 e, além deste título de 1963, ainda faturou outro Paulistão, um Torneio Rio-São Paulo e três Campeonatos Brasileiros. A conquista inicial desse elenco multivencedor veio sob a batuta de um jovem Ademir da Guia, amparado pela experiência dos ídolos Djalma Santos, Valdemar Carabina e Julinho Botelho. Nenhum dos principais rivais foi páreo para este verdadeiro esquadrão (1 a 0 no Santos, 5 a 2 no Corinthians e 1 a 0 no São Paulo), além de destacáveis goleadas frente a Jabaquara (5×0), São Bento (5×1) e Portuguesa (5×1). Disputado em pontos corridos, o Verdão chegou à penúltima rodada do certame precisando de uma vitória simples, diante de um Noroeste sem maiores pretensões, para sagrar-se campeão. Para não depender do resultado dos vice-líderes são-paulinos, o técnico Sílvio Pirilo colocou seu time pressionando os bauruenses desde o início, porém os rivais do interior resistiram bravamente durante toda a primeira etapa. Mas após o intervalo a história foi outra – Servílio (duas vezes) e Julinho vazaram a defesa adversária, garantindo o 14º título Paulista para a sala de troféus do Palestra Italia. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 30 (22 vitórias, 6 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 67
Gols sofridos: 28
Palmeiras 3×0 Noroeste
Campeonato Paulista de 1963
11/12/1963
Estádio do Pacaembu. São Paulo
Público: 37.023
Árbitro: Anacleto Pietrobom (SP)
Palmeiras: Picasso; Djalma Santos, Djalma Dias e Vicente; Zequinha e Valdemar Carabina; Julinho Botelho, Servílio, Vavá, Ademir de Guia e Gildo. Técnico: Sílvio Pirilo.
Noroeste: Evaristo; Aracito, Virgílio e Gualberto; Romualdo e Gildésio; Daniel, Araras, Zé Carlos, Lourival e Aílton. Técnico: Balbino Simões.
Gols: Servílio (14’ do 2ºT-PAL), Julinho Botelho (17’ do 2ºT-PAL) e Servílio (43’ do 2°T-PAL).
Campeonato Paulista – 1959
Após oito anos sem festejar um título oficial, a torcida palmeirense lotou o Estádio do Pacaembu para testemunhar a histórica vitória do Verdão sobre o Santos de Pelé, no terceiro jogo extra da decisão do Paulistão de 1959. As finais tiveram tanta qualidade técnica e equilíbrio que renderam ao torneio o apelido de Supercampeonato Paulista. Com dois empates e uma vitória, o Alviverde comemorou sua 13ª conquista estadual. Reunindo 20 equipes da capital e do interior, o torneio foi disputado no sistema de pontos corridos, em turno e returno. Com 29 vitórias em 38 jogos, O Palmeiras acumulou grandes goleadas sobre Guarani (6×0), Comercial de São Paulo (6×1), Nacional (7×1), Comercial de Ribeirão Preto (5×1), América (4×0), Taubaté (5×0) e Ponte Preta (6×1). Além de triunfar sobre as equipes menores, os principais rivais também sofreram com a força palestrina (2 a 0 no São Paulo e 3 a 0 no Corinthians), além do show aplicado nos santistas (5×1). Apesar da goleada sofrida, o Santos era um verdadeiro esquadrão, tendo vencido três dos últimos quatro Campeonatos Paulistas. Nesta edição, terminou os turnos com o mesmo número de pontos dos palmeirenses, forçando uma série de jogos de desempate. As forças se equivaliam tanto que os dois primeiros embates acabaram em igualdades. No terceiro duelo, o Santos contou com a volta do atacante Pagão, desfalque nas primeiras partidas, e o reforço logo deu resultado – foi dele o passe para Pelé abrir o placar. Ainda no primeiro tempo, a defesa adversária vacilou e a bola sobrou nos pés de Julinho Botelho. O ponta-direita não perdoou e deixou tudo igual. No início da segunda etapa, Romeiro acertou uma bomba em cobrança de falta e deu números finais ao Supercampeonato de 1959. Foi o terceiro Paulistão conquistado sobre o adversário da Baixada, repetindo os feitos de 1927 (Palestra Italia 3×2 Santos) e 1947 (Palmeiras 2×1 Santos). Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 41 (30 vitórias, 7 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 112
Gols Sofridos: 36
Palmeiras 2×1 Santos
Campeonato Paulista de 1959 (3º jogo de desempate)
10/01/1960
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Anacleto Pietrobom (SP)
Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo, Romeiro e Nardo. Técnico: Oswaldo Brandão.
Santos: Laércio; Urubatão, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.
Gols: Pelé (14′ do 1ºT-SAN), Julinho Botelho (43′ do 1ºT-PAL) e Romeiro (3′ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1950
Faturando a segunda das Cinco Coroas, o Palmeiras foi campeão estadual pela 12ª vez e novamente sobre o São Paulo, repetindo as conquistas de 1933 (Palestra Italia 1×0 São Paulo da Floresta), 1940 (Palestra Italia 4×1 São Paulo), 1942 (Palmeiras 3×1 São Paulo) e 1944 (Palmeiras 3×1 São Paulo). Os são-paulinos estavam praticamente com o tricampeonato inédito em mãos, porém uma série de tropeços aliada à liderança de Jair Rosa Pinto e um heroico gol do atacante Achilles levaram o Verdão ao título. Reunindo as 12 melhores equipes das cidades de Campinas, Piracicaba, Santos e São Paulo, o campeonato foi disputado por pontos corridos, em turno e returno. Com destaque para as goleadas diante de Guarani (4×0) e Nacional (6×0), o Alviverde chegou às últimas rodadas precisando de muita sorte para ficar com o título – em uma época na qual as vitórias rendiam dois pontos, o rival do Morumbi liderava a tabela com três de vantagem e precisava de apenas dois triunfos simples para levantar o troféu. O Palmeiras fez sua parte, vencendo XV de Piracicaba (1×0) e Portuguesa Santista (3×0), enquanto o São Paulo perdeu para Ypiranga (1×2) e Santos (1×2). Na última rodada, ambos se enfrentaram no Pacaembu, em uma tarde na qual a chuva castigou tanto o gramado que o embate foi batizado de Jogo da Lama. A vantagem do empate era palmeirense, mas quem começou melhor foi o adversário – Teixeirinha abriu o placar logo no início, enquanto a linha média composta por Rui, Bauer e Noronha segurou a criação ofensiva do Verdão e garantiu a vantagem mínima até o intervalo. Foi neste instante que o genial Jair Rosa Pinto fez a diferença, pois, usando de sua liderança dentro do grupo, deu uma das maiores duras já testemunhadas pelos vestiários do estádio municipal. E deu certo, já que, no começo da etapa derradeira, Jair começou a jogada e entregou a bola nos pés de Achilles: o atacante não desperdiçou e acabou com as esperanças do tricampeonato são paulino. Em entrevista ao site oficial do clube, o responsável pelo gol do título definiu seu feito como “a coisa mais importante” que fez na vida. Campanha: Jogo do título:
Jogos: 22 (13 vitórias, 6 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 45
Gols sofridos: 22
Palmeiras 1×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1950 (22ª rodada)
28/01/1951
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Alwin Bradley (ING)
Palmeiras: Oberdan; Turcão e Oswaldo; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Sarno; Lima, Canhotinho, Achilles, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
São Paulo: Mário; Savério e Mauro; Rui, Bauer e Noronha; Dido, Remo, Friaça, Leopoldo e Teixeirinha. Técnico: Vicente Feola.
Gols: Teixeirinha (4’ do 1ºT-SPA) e Achilles (15’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1947
O título paulista de 1947 ficou marcado por ser o primeiro de muitos conquistados pelo técnico recordista de vitórias pelo clube, o mito Oswaldo Brandão. Com quase 350 triunfos à frente do time palestrino, 17 deles neste Paulista, o comandante faturou o 11º estadual da história alviverde e, pela segunda vez, a conquista esmeraldina foi sobre os santistas, repetindo o feito de 1927. Assim como nos regulamentos anteriores, o Campeonato Paulista teve 11 agremiações, sendo disputado por pontos corridos, em turno e returno. Vencendo todos os rivais e com oito triunfos consecutivos (3×0 Portuguesa Santista, 3×0 Juventus, 1×0 Santos, 2×0 Portuguesa, 1×0 Nacional, 3×1 Corinthians, 4×3 São Paulo e 7×1 Comercial de São Paulo), o Palmeiras chegou à penúltima rodada dependendo só de suas próprias forças para ficar com o troféu. No compromisso que valeu o título, o clube visitou os santistas na Vila Belmiro, porém nem o caldeirão da Baixada conseguiu frear o esquadrão palmeirense – o zagueiro Turcão abriu o placar logo no início e o atacante Arturzinho ampliou antes do término da primeira etapa. O ponta-direita Odair ainda diminuiu de pênalti, mas a reação dos donos da casa parou por aí. Com quatro pontos de vantagem sobre os corintianos, os palmeirenses não foram mais alcançados, assim Oswaldo Brandão e seus comandados puderam, enfim, comemorar a conquista. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (17 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 51
Gols sofridos: 16
Palmeiras 2×1 Santos
Campeonato Paulista de 1947 (19ª rodada)
28/12/1947
Estádio Vila Belmiro. Santos-SP
Árbitro: Francisco Kohn Filho (SP)
Expulso: Arturzinho (PAL)
Palmeiras: Oberdan; Caieira e Turcão; Zezé Procópio, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Arturzinho, Oswaldinho, Lima e Canhotinho. Técnico: Oswaldo Brandão.
Santos: René; Dinho e Expedito; Nenê, Dacunto e Alfredo; Odair, Zeferino, Adolfrizes, Antoninho e Leonaldo. Técnico: Abel Picabéa.
Gols: Turcão (14’ do 1ºT-PAL), Arturzinho (37’ do 1ºT-PAL) e Odair (5’ do 2ºT-SAN).
Campeonato Paulista – 1944
O Campeonato Paulista de 1944 foi composto por 11 equipes e disputado no sistema de pontos corridos, em turno e returno. O Palmeiras fez uma campanha sólida, com destaque para as goleadas por 4 a 1 diante do Corinthians e por 5 a 1 sobre a Portuguesa e o Comercial da capital. Porém, o triunfo mais saboroso veio na antepenúltima rodada, contra o São Paulo. Adversário direto na briga pelo título (estava um ponto atrás do Verdão), o Tricolor defendeu a tese de que o médio palestrino Dacunto, por ter sido excluído da partida anterior contra o Juventus (na época, não havia cartão vermelho), não poderia atuar no jogo seguinte. Embora a situação não constasse no regulamento, a pressão de bastidores exercida pelos são-paulinos fez com que fosse instaurado um Tribunal de Penas Desportivas, que decidiu suspender o argentino. A ausência de Dacunto abriu espaço no time para o jovem Waldemar Fiume, que ajudou o Palmeiras a vencer o rival por 3 a 1 (dois gols de Caxambu e um de Villadoniga; Pardal descontou). Na comemoração, a torcida palmeirense deixou o Pacaembu cantando “Com Dacunto ou sem Dacunto, eu ganho! Com Dacunto ou sem Dacuto, o São Paulo é defunto!”. Era uma paródia da marcha carnavalesca “Eu brinco”, composta por Pedro Caetano e Claudionor Cruz naquele mesmo ano, cuja letra original dizia: “Com pandeiro ou sem pandeiro, eeê, eu brinco”. Com três pontos a mais que o Tricolor faltando duas partidas para cada, o Verdão despachou o rival da disputa ao bater o Jabaquara por 2 a 0 no Parque Antarctica (gols de Villadoniga e Dacunto). O Corinthians, com dois pontos a menos, torcia por um tropeço palmeirense em seu último jogo e, ainda assim, precisava vencer o São Paulo em seu último compromisso para forçar um jogo-extra. Mas a vitória do Palmeiras por 1 a 0 diante do Santos na Vila Belmiro (gol de González) acabou com o sonho alvinegro, que ainda foi goleado pelo São Paulo em seu último jogo e terminou em terceiro. O Verdão era campeão paulista pela 10ª vez, a primeira jogando o campeonato todo com o nome de Palmeiras. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (15 vitórias, 2 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 50
Gols sofridos: 19
Palmeiras 1×0 Santos
Campeonato Paulista de 1944 (20ª rodada)
08/10/1944
Estádio da Vila Belmiro. Santos-SP
Árbitro: João Etzel (SP)
Palmeiras: Oberdan; Caieira e Osvaldo; Og Moreira, Dacunto e Gengo; Gonzalez, Villadoniga, Caxambu, Lima e Jorginho. Técnico: Bianco e Ventura Cambon
Santos: Joel; Jaú e Gradin; Nenê, Albertinho e Antero; Claudio, Antoninho, Otacilio, Eunapio e Motinha. Técnico: Jorge de Lima.
Gols: Gonzalez (12’ do 1ºT-PAL)
Campeonato Paulista – 1942
Em meio à Segunda Guerra Mundial e às fortes pressões políticas exercidas tanto pela opinião pública quanto pelo presidente Getúlio Vargas, os atletas palestrinos foram obrigados a superar todas as dificuldades fora de campo para faturar o 9º título estadual da história do clube, justamente sobre o São Paulo, agremiação que mais incentivou a perseguição aos italianos. Em menos de um ano, o Palestra Italia foi obrigado a mudar de nome duas vezes e quase perdeu seu próprio estádio, mas nem assim o talento e a valentia do time de Oberdan, Junqueira, Og Moreira, Echevarrieta e companhia foi superado. Em março de 1942, as críticas sobre todas as instituições que tinham quaisquer relações com os países do Eixo na Segunda Guerra se tornam insustentáveis. O Germânia virou Pinheiros, o Hespanha virou Jabaquara e o Palestra Italia virou Palestra de São Paulo. A primeira competição oficial com a nova nomenclatura foi justamente o Paulistão deste mesmo ano, disputado por outras 10 equipes, em pontos corridos, turno e returno. No entanto, ao longo do torneio, as autoridades não se deram por satisfeitas e exigiram a extinção da palavra “Palestra”. Com medo de pesadas sanções governamentais, o clube cedeu e decidiu pela nova alcunha de Sociedade Esportiva Palmeiras. O Palestra de São Paulo deixou o campeonato na liderança, com 16 vitórias, dois empates e nenhuma rodada, enquanto o Palmeiras fez seu primeiro jogo contra o São Paulo e valendo o título. Ironicamente, o triunfo garantiu a taça logo no primeiro jogo da história do Palmeiras e em cima de um dos adversários que mais pressionou as raízes italianas do clube. Quando o time entrou em campo no dia 20 de setembro de 1942, a expectativa era de ser recebido como o traidor da pátria, sob vaias e talvez até pedradas. A solução foi adentrar o gramado do Pacaembu com a bandeira brasileira e um legítimo representante nacional, o Capitão do Exército Adalberto Mendes, acalmando, assim, o público presente no estádio. Dentro das quatro linhas, o Verdão abriu o marcador aos 20 minutos com Cláudio, mas Waldemar de Brito empatou logo na sequência. Antes do intervalo, Del Nero ampliou e Echevarrieta fez o terceiro no começo do segundo tempo. Quatro minutos após o gol argentino, o são paulino Virgílio foi expulso ao derrubar Og Moreira na área, fato que deixou os rivais tão revoltados com a marcação da penalidade que decidiram abandonaram a partida. Os palmeirenses ficaram livres para comemorar mais um título estadual – a nomenclatura era outra, porém a tradição e a qualidade se mantiveram as mesmas. O Palestra, que morreu invicto, viu o Palmeiras nascer campeão! Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (17 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 65
Gols sofridos: 19
Palmeiras 3×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1942 (19º rodada)
20/09/1942
Estádio do Pacaembu, São Paulo-SP
Árbitro: Jaime Janeiro Rodrigues
Expulsão: Virgílio
Palmeiras: Oberdan; Junqueira e Begliomini; Zezé Procópio, Og Moreira e Del Nero; Cláudio, Waldemar Fiúme, Villadoniga, Lima e Echevarrieta. Técnico: Del Debbio.
São Paulo: Doutor; Piolin e Virgílio; Lola, Noronha e Silva; Luizinho Mesquita, Waldemar de Brito, Leônidas da Silva, Remo e Pardal. Técnico: Conrado Ross.
Gols: Cláudio (19’ do 1º-PAL), Waldemar de Brito (23’ do 1ºT-SPA), Del Nero (43’ do 1ºT-PAL) e Echevarrieta (14’ do 2ºT-PAL)
Campeonato Paulista – 1940
Ao vencer o São Paulo por 4 a 1, o Palestra conquistou seu oitavo torneio estadual e o primeiro da história do Pacaembu, local onde o Verdão foi o protagonista na inauguração e até hoje é o principal vencedor. Na primeira partida do novo campo, um triunfo sobre Coritiba por 6 a 2. Na semana seguinte, um 2 a 1 no Corinthians garantiu o primeiro troféu do estádio, a Taça Cidade de São Paulo. Depois deste, foram mais quase 30 títulos no local, com destaque para três Torneios Rio-São Paulo, três Campeonatos Brasileiros e sete Paulistas. O primeiro destes Campeonatos Paulistas foi justamente no mesmo ano de 1940, certame disputado por 11 equipes, no sistema de pontos corridos, em turno e returno. Com goleadas diante de Juventus (4×0), Comercial de São Paulo (5×0) e Ypiranga (5×1), o Alviverde chegou à última rodada com 14 vitórias, três empates e apenas duas derrotas. Porém, se perdesse o derradeiro duelo frente aos são paulinos, poderia ver a Portuguesa alcançá-lo no número de pontos, forçando uma sequência de jogos extras. Mas esta hipótese esteve longe de se concretizar, pois, antes dos 15 minutos de bola rolando, o ponta-esquerda Pipi inaugurou o marcador, e antes do término da etapa inicial, o avante Echevarrieta ampliou para o Palestra. Os comandados de Caetano de Domenico voltaram do intervalo com a mesma volúpia apresentada no começo do embate e o artilheiro argentino marcou novamente, seguido pelo gol do ponta-esquerda Luizinho Mesquita; Hemédio diminuiu. Este título ficou marcado por ser o último com a nomenclatura original de fundação, pois, a partir de 1942, o clube se tornou Palestra de São Paulo e, posteriormente, Palmeiras. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (15 vitórias, 3 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 53
Gols sofridos: 19
Palestra Italia 4×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1940 (20ª rodada)
08/12/1940
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Elpídio Fiorda (SP)
Palestra Italia: Gijo; Carnera e Junqueira; Garro, Oliveira e Del Nero; Luizinho Mesquita, Canhoto, Echevarrieta, Lima e Pipi. Técnico: Caetano de Domenico.
São Paulo: Pedrosa; Juarez e Squarza; Felipelli, Lola e Orozimbo; Mendes, Jofre, Hemédio, Remo e Paulo. Técnico: Ramón Platero.
Gols: Pipi (14’ do 1ºT-PAL), Echevarrieta (44’ do 1ºT-PAL), Echevarrieta (9’ do 2ºT-PAL), Luizinho Mesquita (17’ do 2ºT-PAL) e Hemédio (42’ do 2ºT-SPA).
Campeonato Paulista – 1938 (Extra)
O Palestra Italia venceu o Corinthians na final da edição extra do Campeonato Paulista em 1938, torneio realizado pela LFESP (Liga de Futebol do Estado de São Paulo), entidade associada à CBD e organizadora do estadual do mesmo ano, que teve como intuito manter as equipes em atividade já que o Paulistão ficou quase seis meses paralisado em virtude da Copa do Mundo. Foi o bicampeonato Extra do clube, que havia vencido o Sírio por 1 a 0 na final da primeira edição disputada em 1926. O certame contou com 12 times que se enfrentaram em ida e volta dentro de grupos com quatro agremiações cada, sendo que apenas o líder avançou de fase. Diante de Hespanha (atual Jabaquara), São Paulo e Ypiranga, o Verdão acumulou cinco vitórias e uma derrota, ficando com o primeiro lugar. Na semifinal, o adversário foi o São Paulo Railway (atual Nacional de São Paulo) e, após um empate (1×1) e uma vitória (3×0), o Palestra chegou à final diante do maior rival. Em um duelo muito nervoso, ambas as equipes não conseguiram transpassar as defesas adversárias, deixando a definição do título para o segundo jogo. Na tarde do dia 18 de setembro de 1938, a história foi outra – logo aos 16 minutos, o avante Barrilote abriu o placar para os palestrinos. No início da segunda etapa, Rolando ampliou a vantagem, levantando ao delírio o público que compareceu em peso ao Estádio Palestra Italia. Teleco ainda descontou, mas nada que tirasse o brilho do bicampeonato Paulista Extra do Verdão. Desta vez sobre os corintianos. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 10 (7 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 21
Gols sofridos: 7
Palestra Italia 2×1 Corinthians
Campeonato Paulista Extra de 1938 (Final – 2º jogo)
18/09/1938
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbitro: José Alexandrino (SP)
Palestra Italia: Jurandyr; Carnera e Junqueira (Begliomini); Ruiz, Goliardo e Del Nero; Filó, Luizinho Mesquita, Barrilote, Rolando e Mathias III. Técnico: Ramón Platero.
Corinthians: José I (Faustino); Miro e Carlos; Jango (Munhoz), Brandão e Tião; Lopes, Servílio (Carlito), Teleco, Carlinhos e Wilson. Técnico: Del Debbio.
Gols: Barrilote (16’ do 1ºT-PAL), Rolando (9’ do 2ºT-PAL) e Teleco (25’ do 2ºT-COR).
Campeonato Paulista – 1936
Na primeira final estadual envolvendo Palestra e Corinthians, os italianos levaram a melhor em uma disputa de três jogos. Com duas vitórias e um empate, o Verdão conquistou o sétimo Paulistão de sua história, o quarto em cinco anos (1932, 1933, 1934 e 1936). Novamente rachado, o torneio teve duas ligas disputadas de forma paralela, uma patrocinada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF) e outra dissidente, apoiada pela Federação Brasileira de Futebol. Indo contra a tendência mundial, a CBD era defensora da manutenção do amadorismo no esporte, entrando em colisão ideológica com a principal entidade organizadora dos Campeonatos Paulistas até então, a APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos). Visando enfraquecê-la, a CBD criou a LPF (Liga Paulista de Futebol) e, sendo a entidade oficial do Brasil na FIFA, atraiu as principais equipes, como Palestra Italia, Corinthians e Santos. Já equipes como a Portuguesa e o Ypiranga optaram por permanecer na liga favorável ao profissionalismo. O torneio organizado pela LPF foi disputado por pontos corridos e em dois turnos, sendo que o campeão de cada um deles se credenciou para disputar a final. Os corintianos conquistaram a primeira metade de maneira invicta, mas, depois de incríveis seis derrotas, viram o Verdão levar o segundo turno. Nas finais, o Palestra se mostrou muito superior psicologicamente – no primeiro jogo, assistiu ao rival abandonar o campo aos 31 minutos do segundo tempo, após Frederico garantir a vitória palestrina por 1 a 0. Já no Parque São Jorge, segurou um nervoso 0 a 0. E no terceiro e último embate, precisou de 10 minutos para garantir o triunfo e o título – Luizinho e Moacyr marcaram; Filó descontou. Campanha: Jogo decisivo
Jogos: 24 (17 vitórias, 4 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 71
Gols sofridos: 16
Palestra Italia 2×1 Corinthians
Campeonato Paulista (LPF) de 1936 (Final – Terceiro Jogo)
09/05/1937
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 18.000
Juiz: Antônio Sotero de Mendonça (SP)
Palestra Italia: Jurandyr; Carnera e Begliomini; Tunga, Dula e Del Nero; Frederico, Luizinho, Niginho, Moacyr e Gino Imparato. Técnico: Matturio Fabbi.
Corinthians: José I; Jaú e Jango; Brito, Brandão e Munhoz; Filó, Lopes, Teleco, Rato I e Carlinhos. Técnico: Antônio Pereira e Neco.
Gols: Luizinho (1’ do 1°T-PAL), Moacyr (10’ do 1ºT-PAL) e Filó (16’ do 2ºT-COR).
Campeonato Paulista – 1934
No mesmo dia no qual completou 20 anos de fundação, o Palestra Italia venceu o Atlético Paulista na penúltima rodada do campeonato estadual e entrou para o seleto grupo de times que conseguiram conquistar três títulos paulistas em sequência, juntando-se a São Paulo Athletic, Paulistano e Corinthians. Mantendo a base dos anos anteriores e se reforçando com os irmãos Aymoré e Zezé Moreira, o clube conquistou o sexto Paulistão de sua história. Em um torneio relativamente curto – disputado em pontos corridos, por oito equipes que se enfrentaram em turno e returno –, não houve tempo para errar. O time palestrino engatou grandes goleadas diante do Ypiranga (7×1 e 5×0), Sírio (6×0 e 4×0) e do rival Santos (5×0), chegando à penúltima rodada com 11 vitórias e um empate. Era preciso um triunfo simples sobre o penúltimo colocado para ficar com o título, fato que se mostrou mais difícil do que o imaginado quando o primeiro tempo acabou em 0 a 0. As palavras do técnico Humberto Cabelli surtiram efeito no intervalo, pois o time voltou diferente para a segunda etapa. Gabardo abriu o placar aos 5 minutos e, logo na sequência, Gutierrez e Lara ampliaram. Zuta ainda diminui para os donos da casa, mas nada que tirasse o brilhantismo da equipe com o melhor ataque, melhor defesa e detentora do artilheiro do campeonato – Romeu Pellicciari, com 13 gols em 14 jogos. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 14 (12 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
Gols marcados: 45
Gols sofridos: 8
Palestra Italia 3×1 Atlético Paulista
Campeonato Paulista de 1934 (13ª rodada)
26/08/1934
Estádio Antônio Alonso. São Paulo-SP
Juiz: Victor Carratu (SP)
Palestra Italia: Aymoré; Carnera e Junqueira; Zezé Moreira, Dula e Tuffy; Álvaro, Elísio Gabardo, Romeu Pellicciari (Gutierrez), Lara e Vicente. Técnico: Humberto Cabelli.
Atlético Paulista: Rossetti; Pinheiro e Pedro; Antunes, Del Popolo e Atílio; Guilherme, Zuta, Heitor, Del Vecchio e Jaime.
Gols: Elísio Gabardo (5’ do 2ºT-PAL), Gutierrez (13’ do 2ºT-PAL), Lara (19’ do 2ºT-PAL) e Zuta (32’ do 2ºT-APA).
Campeonato Paulista – 1933
O quinto Campeonato Paulista do Palestra, o segundo em sequência, ficou marcado por ser o primeiro da era profissional do futebol. Com jogos que valiam pontos tanto no torneio estadual quanto para o Rio-São Paulo, o Verdão sagrou-se campeão vencendo o São Paulo da Floresta e ainda aplicou a maior goleada da história dos clássicos diante do Corinthians.
Com oito equipes participantes – Corinthians, Palestra Italia, Portuguesa, Santos, São Bento da capital, São Paulo, Sírio e Ypiranga –, o certame foi disputado no sistema de pontos corridos e em dois turnos. Mas, tão marcante quanto o título, a partida disputada na tarde do dia 5 de novembro marcou a maior goleada do Alviverde sobre os corintianos. Liderados por Romeu Pellicciari e Gino Imparato, os palestrinos marcaram implacáveis oito gols e não sofreram nenhum; Romeu (quatro vezes), Elísio Gabardo e Imparato (três vezes) anotaram.
Na última rodada, o adversário foi o São Paulo da Floresta. O lotado Estádio Palestra Italia, recém-reinaugurado, assistia a um 0 a 0 que teimava em continuar no placar. Até que, na metade da segunda etapa, o decisivo Avelino deixou sua marca – o ponta-direita, que neste mesmo ano marcou na reabertura do Parque Antártica (6 a 0 contra o Bangu), deixou sua marca novamente e a vitória alviverde.
Campanha:
Jogos: 14 (12 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
Gols marcados: 48
Gols sofridos: 13
Jogo decisivo:
Palestra Italia 1×0 São Paulo da Floresta
Campeonato Paulista de 1933 (14ª rodada)
12/11/1933
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 35.000
Juiz: Alzemiro Ballio (SP)
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Elísio Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Luiz Imparato. Técnico: Humberto Cabelli.
São Paulo da Floresta: José; Sílvio e Iracino; Rafa, Zarzur e Orozimbo; Luizinho, Armandinho, (Friedenreich), Valdemar de Brito, Araken Patusca e Hércules.
Gols: Avelino (24’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1932
Apesar de vencer os Campeonatos Paulistas de 1920, 1926 e 1927, a consolidação futebolística do Palestra Italia ocorreu mesmo nos anos 30, com um título do Rio-São Paulo e mais cinco troféus estaduais. A primeira destas conquistas foi a de 1932, com direito a 100% de aproveitamento e maior goleada em clássicos diante do Santos.
Naquele ano, em decorrência da Revolução Constitucionalista, o torneio sofreu quatro meses de paralisação, forçando seus organizadores a encurtarem a disputa, realizada em turno único entre as 12 agremiações participantes. Com vitórias sobre Sírio (4×0), São Paulo da Floresta (3×2), São Bento de São Paulo (2×1), Internacional (3×1), Juventus (3×1), Atlético Santista (7×0), Ypiranga (4×2) e Corinthians (3×0), o Alviverde chegou à antepenúltima rodada precisando de um triunfo simples para levantar a taça.
Em mais uma tarde inspirada de Romeu Pellicciari, artilheiro desta edição de Campeonato Paulista, o Palestra venceu a Portuguesa por 3 a 0 – dois gols dele e um de Avelino. Porém mesmo com o título garantido, o Verdão não diminuiu seu ímpeto e nos seus últimos dois compromissos, goleou o Germânia por 9 a 1 e o Santos por 8 a 0, sendo esta a maior goleada em clássicos entre palestrinos e santistas.
Campanha:
Jogos: 11 (11 vitórias)
Gols marcados: 49
Gols sofridos: 8
Jogo decisivo:
Palestra Italia 3×0 Portuguesa
Campeonato Paulista de 1932 (9ª rodada)
20/11/1932
Estádio da União Artística e Recreativa Cambuci. São Paulo-SP
Juiz: Antônio Sotero de Mendonça (SP)
Palestra Italia: Nascimento; Loschiavo e Junqueira; Tunga, Goliardo e Adolfo; Avelino, Sandro, Romeu Pellicciari, Lara e Luiz Imparato. Técnico: Humberto Cabelli.
Portuguesa: Valdemar; Raposo e Machado; Pixo, Barros e Xaxá; Teixeira, Dimas, Russinho, Pasqualino e Luna.
Gols: Avelino (24’ do 1ºT-PAL), Romeu Pellicciari (34’ do 1ºT-PAL) e Romeu Pellicciari (11’ do 2ºT-PAL).
Outras conquistas
Campeonatos Oficiais
Torneio Início do Campeonato Paulista: 1927, 1930, 1935, 1939, 1942, 1946 e 1969
Taça Cidade de São Paulo: 1945, 1946, 1950 e 1951
Campeonato Brasileiro – Série B: 2003 e 2013
Torneio Laudo Natel: 1972
Títulos Honoríficos
Campeão do Século
Campeão das Cinco Coroas
Ranking IFFHS
Torneios Internacionais
Troféu Ramón de Carranza: 1969, 1974 e 1975
Torneio de Guadalajara: 1959 e 1963
Torneio Euro-América: 1991 e 1996
Torneio Cidade de Manizales: 1962
Torneio Quadrangular de Lima: 1962
Torneio de Florença: 1963
Copa IV Centenário do Rio de Janeiro: 1965
Torneio Internacional João Havelange: 1966
Copa da Grécia: 1970
Copa do Atlântico: 1972
Copa Kirin: 1978
Torneio Brasil-Itália: 1994
Torneio Lev Yashin: 1994
Troféu Naranja: 1997
Florida Cup: 2020
Torneios Interestaduais
Torneio de Fortaleza: 1938
Torneio dos Campeões (Inauguração do Pacaembu): 1940
Torneio Quadrangular São Paulo-Rio: 1952
Torneio Quadrangular do Recife: 1955
Torneio do Café: 1984
Torneio Maria Quitéria: 1997
Torneios Estaduais
Torneio Roberto Ugolini: 1959 e 1960
Títulos Estaduais
Troféu Tuffy-Fried: 1940, 1942, 1943, 1944, 1945 e 1947
Taça dos Invictos: 1934, 1972, 1973 e 1989
Taça Piratininga: 1963, 1965 e 1966
Troféu Fair Play FPF: 1996, 2004 e 2007
Taça Ballor: 1926 e 1927
Taça A Gazeta Esportiva: 1947 e 1979
Troféu Campeoníssimo: 1942
Troféu José Maria Marin: 1987
Troféu Athiê Jorge Couri: 1993
Taças e Troféus
Internacionais
Taça Guarany: 1922
Copa Atilio Narâncio: 1923
Troféu Estevão Ronai: 1929
Taça Fanfulla: 1929
Taça J. Dias Caputo: 1929
Taça das Missões: 1947
Troféu Malmöe: 1949
Taça Peñarol: 1951
Taça México: 1952
Taça Ribeiro de Carvalho: 1952
Taça Presidente da República: 1952
Troféu Valentin Suarez: 1956
Taça Adhemar de Barros: 1960
Troféu João Mendonça Falcão: 1962
Taça Saprissa: 1964
Taça Independência Brasil-Uruguai: 1965
Copa Brasil-Japão: 1967
Troféu Cidade de Barcelona: 1969
Taça Centenário da Imigração Italiana: 1975
Taça Osaka: 1975
Troféu Ademir da Guia: 1982
Troféu Cidade de Lima: 1985
Troféu Oviedo: 1989
Troféu América: 1991
Taça Lazio: 1992
Taça Reggiana: 1993
Copa Nagoya: 1994
Taça Jinan: 1996
Taça Chengdu: 1996
Taça Dalian: 1996
Taça da Amizade-Copa Reebok: 1997
Troféu Julinho Botelho l DirecTV: 2014
Interestaduais
Taça dos Campeões RJ-SP: 1926, 1934, 1942, 1944 e 1947
Taça dos Campeões SP-BA: 1937 e 1948
Taça Jornal do Comércio: 1918
Troféu Falchi: 1918
Taça Dr. Benedicto Montenegro: 1920
Troféu Rio de Janeiro: 1920
Taça Dr. Machado Lima: 1921
Taça City: 1922
Taça Orminda O’Valle: 1923
Taça King: 1924
Taça Vasco da Gama: 1924
Taça Palestra Italia: 1925
Taça Colônia Gaúcha: 1926
Taça Fiat: 1926
Taça Sul América: 1927
Troféu Palestra Italia: 1928
Taça Vasco-Palestra: 1928
Taça Flamengo: 1929
Taça Conde Francisco Matarazzo: 1929
Taça A.A. das Palmeiras: 1930
Troféu Lineu Prestes: 1930
Taça ANEA: 1933
Taça Revanche: 1934
Taça Dante Delmanto/Taça Prefeito Dr. Guilherme: 1934
Taça Fluminense: 1934
Taça Prefeitura de Poços de Calda: 1934
Taça Porto Alegre: 1936
Taça Palestra Italia: 1937
Taça Aniversário: 1937
Taça da Bahia: 1937
Taça Conde Francisco Matarazzo: 1938
Taça Chapeo Mangueira: 1938
Taça Nerone: 1938
Taça Máquinas Tonnanin: 1939
Troféu Leader Sportivo: 1940
Taça Belo Horizonte: 1945
Taça Armando Albano: 1946
Troféu Rio Grande do Sul: 1946
Taça 7 de Setembro: 1947
Taça Mito: 1948
Taça O Esporte: 1951
Taça Santos: 1952
Taça Aniversário de São Manuel: 1957
Troféu Jornal dos Sports: 1961
Taça Rio Grande do Sul: 1965
Taça Cidade de Curitiba: 1966
Taça Julio Botelho: 1967
Taça Apucarana: 1967
Taça Governador de Góias: 1973
Taça Cidade de Goiânia: 1975
Taça Governador de Goiás: 1997
Taça River: 2002
Troféu Cem Anos de Paulo Coelho Neto: 2002
Estaduais
Taça Competência: 1920, 1926, 1927 e 1932
Taça Caetano Giusti: 1931
Festival da APEA: 1927 e 1932
Taça Piracicaba: 1926
Taça Savoia: 1915
Festival Estadual de Taubaté: 1916
Festival Ludovico Bacchiani: 1916
Taça Cruz Vermelha Italiana: 1916
Taça Pró-Ospedale: 1916
Taça Estrela: 1917
Festival Santos-Pró Pátria: 1917
Taça Amyris: 1917
Taça José Castellano: 1917
Troféu Café Java: 1917
Taça Henrique Catalano: 1917
Taça Luciano: 1917
Taça Comendador Caetano Pepe: 1917
Torneio de Outono: 1918
Taça Caridade: 1918
Taça Nociti: 1918
Taça Campinas: 1918
Taça Diário Popular: 1918
Taça Touring: 1918
Taça Initium: 1918
Festival da Liga Nacionalista: 1918
Taça Stadium Paulista: 1918
Troféu América Paulista: 1918
Taça Colonia Italiana (Sudan): 1918
Taça de Prata: 1918
Taça Cruz Vermelha: 1918
Taça Confraternização dos Povos: 1919
Taça Circolo Italiano Uniti: 1919
Taça Castelões: 1919
Taça Falci: 1919
Taça Estádio Paulista: 1919
Taça Beirute: 1919
Taça Gabrielle D’Annunzio: 1919
Troféu Comércio de São Carlos: 1919
Taça Montenegro: 1919
Taça Henrique Mortari: 1919
Taça Cruz Vermelha Brasileira: 1919
Taça Olavo Bilac: 1919
Taça Pinoni: 1919
Taça Piero Roggieri: 1920
Taça Holmberg Bech: 1920
Taça São Paulo Sportivo: 1920
Taça Mendicidade: 1920
Taça Charitas: 1920
Taça J. Ferreira Santos: 1920
Taça Matarazzo: 1920
Taça Unioni dei Viaggiatori Italiani: 1921
Taça Catalani: 1921
Taça Societa Italiana di Mutuo Soccorso: 1921
Taça Giuseppe Verdi: 1921
Taça Mogyana: 1921
Taça Casa Roque de Marco: 1921
Taça Societá Italiana di Beneficenza: 1922
Taça Picchetti: 1922
Taça Itapira: 1922
Taça Concórdia: 1922
Taça Botafogo: 1922
Taça General Caviglia: 1922
Taça Carlos Gomes: 1922
Taça Piracicaba: 1922
Taça Zezé Leone: 1923
Taça Mariano Procópio: 1923
Taça Agnello Castellano: 1924
Taça Maternidade de São Carlos: 1924
Taça David Picchetti: 1924
Taça Cavalheiro De Vivo: 1924
Taça Itália: 1924
Taça Centenário de São João da Boa Vista: 1924
Taça Amilcar Barbuy: 1924
Taça Elpídio de Paiva Azevedo: 1924
Taça Palmeiras: 1924
Taça Guazzelli: 1924
Taça Altivez: 1924
Taça Conde Matarazzo: 1924
Taça São Bento: 1925
Taça Delphim Braga: 1925
Taça Automovel Clube: 1925
Taça Il Piccolo: 1925
Taça APEA: 1925
Taça Prefeitura de São Paulo: 1925
Taça Guaraná Espumante: 1926
Taça Kfouri: 1927
Taça Sociedade Italiana Cesare Baptisti: 1927
Taça Umberto Delboni: 1927
Taça A Preferida: 1927
Troféu Lúcio Veiga: 1927
Taça Nerone: 1927
Taça Municipalidade: 1927
Taça Marquez de Pinedo: 1928
Taça Luiz Paiva Azevedo: 1928
Taça Caridade: 1928
Taça Botucatu: 1928
Taça Prefeitura de Jaú: 1928
Taça Luso-Italiana: 1928
Taça Carlo del Prete: 1928
Taça Rampla Juniors: 1929
Taça Ramos de Azevedo: 1929
Taça Amizade: 1930
Taça Presidente Hoover: 1930
Taça Dr. Júlio Prestes: 1930
Taça Humberto I: 1930
Taça Neon Brasil: 1930
Taça Luiz Astorri: 1931
Taça Pinon Hauzer: 1931
Taça 14 de Julho (Aniversário do Syrio): 1931
Taça Diário Nacional: 1931
Taça Saponácio Radium: 1931
Torneio Estadual Pró-Estádio: 1931
Troféu A Bola: 1932
Taça Giuseppe Garibaldi: 1932
Taça O Dia: 1933
Taça Jundiaí: 1933
Taça Filizolla: 1934
Taça União: 1935
Taça de Campeões SP-Santos: 1935
Taça Prefeitura Municipal: 1937
Taça Cidade de Birigui: 1938
Troféu Getúlio Vargas: 1938
Taça Embaixatriz Maria Lojacono: 1938
Torneio do Luzitano: 1939
Taça Cidade de Amparo: 1939
Taça Carlo Nicolino: 1939
Taça Anita Pastore D’Angelo: 1940
Taça Sabato D’Angelo: 1940
Taça Sudan: 1940
Taça Lourenço Betti: 1941
Taça Alviverde: 1941
Taça Pinto de Castro: 1941
Taça Cavalheiro Ernesto Giuliano: 1941
Taça Valvula Hidra: 1942
Taça Vida Esportiva Paulista: 1942
Taça Taquaritinga: 1942
Taça Nossa Senhora das Dores: 1943
Taça Choque Rei: 1944
Taça Aniversário do Fortaleza de Sorocaba: 1945
Taça A Semana Inglesa: 1945
Troféu Antonio Feliciano: 1945
Taça A Favorita: 1945
Taça Nicola Avallone: 1946
Taça Nicola Mazziotti: 1946
Taça Alfaiataria De Callis: 1946
Taça Comércio de Batatais: 1947
Taça Comercial: 1948
Troféu Bixio Ciocci: 1948
Troféu Centenário de Barretos: 1954
Troféu Carvalho Pinto: 1959
Taça Jubileu de Prata da TV Record: 1978
Troféu Paulo Machado de Carvalho: 1984
Troféu José Maria Marin: 1984
Troféu Diário Popular: 1985
Copa Jornal da Tarde: 1986
Copa Darcy Reis: 1989
Taça Pedreira: 2002
Taça Cidade de Jacutinga: 2002
Taça 177º Aniversário de Rio Claro: 2002
Troféu 90 Anos – Taubaté/Palmeiras: 2004
Taça 125 Anos do Corpo de Bombeiros: 2005
Taça Oswaldo Brandão: 2009
Troféu Gustavo Lacerda Beltrame: 2010
Troféu Clássico da Saudade: 2024
Outras Categorias
Palmeiras do Nordeste
Campeonato Baiano: 2002
Campeonato Baiano – 2º Divisão: 2001
2º Turno do Torneio Seletivo: 2000
Taça Estado da Bahia | Troféu Mario Sérgio Pontes de Paiva: 2003
Palmeiras B
Troféu Algisto Lourenzatto: 2000
Torneio Internacional da Índia: 2001
Torneio China-Brasil | Troféu Cristal: 2004
Troféu Centenário Estudiantes de La Plata: 2005
Troféu Blumenau: 2005
Troféu Nereu Ramos: 2005
Torneio Internacional de Bellinzona: 2007
Troféu Cidade de Taiyuan: 2011
Segundo Quadro
Campeonato Paulista: 1917, 1919, 1920, 1922, 1923, 1926 (extra), 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934 e 1938 (extra)
Amador
Divisão Extra da Federação Paulista de Futebol: 1943, 1944, 1945, 1947, 1948 e 1959
Campeonato Amador da Cidade de São Paulo: 1944, 1945 e 1947
Campeonato Amador do Estado de São Paulo: 1945 e 1947
Aspirantes
Campeonato Paulista: 1952 (Misto), 1956 (Misto), 1958, 1959, 1963 (invicto), 1989
Sub-20
Campeonato Brasileiro: 2018, 2022 e 2024
Copa do Brasil: 2019 e 2022 (invicto)
Supercopa do Brasil: 2022
Copa São Paulo: 2022 (invicto) e 2023 (invicto)
Campeonato Paulista: 1976, 1977, 1992, 1998, 2002, 2004, 2009, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021 e 2023
Campeonato do Estado (Juvenil A): 1976 e 1977
Copa Santiago: 2018 e 2020 (invicto)
Copa Belo Horizonte: 1998 e 2002
Supercopa São Paulo: 1995
Copa Internacional Ipiranga (Copa RS): 2018 (invicto)
Torneio Internacional de Bellinzona-SUI: 2016 e 2017
Terborg Toernooi-HOL: 2018, 2019 e 2023 (invicto)
CEE Cup-TCH: 2018 (invicto), 2019 (invicto), 2022 (invicto) e 2023 (invicto)
Aesch Turnier-SUI: 2019 (invicto)
ICGT Toernooi-HOL: 2022 (invicto) e 2023 (invicto)
Copa Bengué: 2015
Sub-17
Mundial de Clubes: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Campeonato Brasileiro: 2022 e 2023
Copa do Brasil: 2017, 2019, 2022 e 2023 (invicto)
Supercopa do Brasil: 2019 e 2022
Campeonato Paulista: 1926, 1927, 1936, 1941, 1944, 1952, 1955, 1960, 1961, 1966, 1972, 2011, 2018 e 2022
Torneio Início do Campeonato Paulista: 1964
Torneio Brasileirinho: 2005
Copa Rio Juvenil: 2011
Torneio FAM CUP – Série Ouro: 2022 e 2023
São Paulo Cup: 2015
Festival TSFC: 2022 (invicto) e 2023 (invicto)
International Cup de Arapongas: 2013
Ecuador Youth Cup-EQU: 2024
Torneo Internacional de Fuerzas Básicas-MEX: 2023 e 2024
Aspire Tri-Series U-17-QAT: 2014
Scopigno Cup-ITA: 2017 e 2018
SNAF Mondial Cup-FRA: 2019
Copa Nacional Buh: 2022
Sub-16
Future Cup International Youth Tournament Sub-16-CHN: 2017
Saitama International Football Festival Sub-16-JAP: 2018
Copa Cidade de Blumenau: 2017
Torneio Paulista: 2016
Sub-15
Nike Premier Cup: 2017 e 2021 (invicto)
Copa Votorantim: 2018 (invicto)
Copa Brasil: 2012 (invicto)
Campeonato Paulista: 1957, 1959, 1960, 1965, 1985, 2016, 2017, 2019, 2021, 2022 e 2023
Taça São Paulo de Futebol Infantil: 1978, 1981 e 1991
Marveld Tournament-HOL: 2023
Aldeia Cup: 2023 (invicto)
Copa 2 de Julho: 2019
Torneio Brasil-Japão: 1999, 2008, 2010 e 2017
Festival TSFC: 2022 e 2023
We Love Football Sub-15-ITA: 2018 e 2019
Evergrande Cup U15 International Football Championship-CHN: 2019
Jeju International Youth Football Tournament-COR: 2019 (invicto)
Sub-14
Campeonato Paulista: 2023
Campeonato Brasileiro Mirim: 2018 (invicto)
Copa Umbro: 2021 (invicto) e 2023
Encontro de Futebol Infantil Pan-Americano (EFIPAN): 1983, 1984, 2017 (invicto), 2018 (invicto) e 2020 (invicto)
Club America Cup-EUA: 2024 (invicto)
Paulista Cup: 2017 e 2022 (invicto)
Conmebol Magic Cup: 2022
Dani Cup: 2018
Aldeia International Cup: 2022
Torneio Brasil-Japão: 2019 (invicto)
Festival Desportivo Brasil: 2019 (1ª edição – invicto) e 2019 (2ª edição – invicto)
Tokyo U-14 International Youth Football Tournament-JAP: 2018 (invicto), 2019 (invicto) e 2023 (invicto)
Sub-13
Libertadores Sub-14: 2022 (invicto) e 2024 (invicto)
Campeonato Paulista: 1994, 2016, 2018 (invicto), 2022 (invicto) e 2023 (invicto)
Liga de Desenvolvimento CBF: 2021 (invicto) e 2024 (invicto)
Burchalkin Cup-RUS: 2024 (invicto)
Laranjeiras Cup: 2024 (invicto)
Copa Integração: 2023 e 2024
Copa de Futebol Cidade Verde: 2017
Copa Ouro: 2017 e 2019 (invicto)
Copa Cidade de São Ludgero: 2017, 2019 (invicto), 2022 e 2023 (invicto)
Taça Brasil de Campo Bom: 2019 e 2020 (invicto)
Mito HollyHock Cup U-13-JAP: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Funroots Cup-JAP: 2019 (invicto)
Sub-12
Paulista Cup: 2022
IberCup: 2020 (invicto), 2022 (invicto) e 2024 (invicto)
Copa de Futebol Cidade Verde: 2019 (invicto) e 2020 (invicto)
Sanca Cup: 2019 (invicto), 2023 (invicto) e 2024 (invicto)
Torneio Internacional de Avanhandava: 2018
Copa PUMA Toreros-JAP: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Hainan Qiongzhong International Cup-CHN: 2019 (invicto)
Carpesol International Challenge-JAP: 2019 (invicto)
Laranjeiras Cup: 2023 (invicto)
Sub-11
Campeonato Paulista: 2008 (invicto), 2015, 2016, 2017 (invicto) e 2023 (invicto)
Bellmare International Cup-JAP: 2016 (invicto), 2017 (invicto), 2018 (invicto) e 2024 (invicto)
Copa Cidade São Ludgero: 2024 (invicto)
GO Cup: 2018 (invicto), 2019 (invicto), 2023 (invicto) e 2024 (invicto)
Laranjeiras Cup: 2024 (invicto)
Copa Ouro: 2019 (invicto)
Dani Cup: 2019 (invicto)
Leme Cup: 2019
Sanca Cup: 2023 (invicto)
Sub-10
IberCup: 2018 (invicto), 2019 (invicto), 2022 (invicto), 2023 (invicto) e 2024 (invicto)
Dani Cup: 2019 (invicto) e 2022 (invicto)
Laranjeiras Cup: 2023 (invicto) e 2024 (Invicto)
Sanca Cup: 2023 (invicto) e 2024
GO Cup: 2023 (invicto) e 2024 (invicto)
Copa Buh: 2023 (invicto)
Sub-9
IberCup: 2024 (invicto)
Dani Cup-SP: 2023 (invicto)
Dani Cup-BA: 2023 (invicto)
Sub-7
IberCup: 2024 (invicto)